sábado, 17 de janeiro de 2015

Que chuva heim...

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Essa é a Jackie... Hehehe
Chegaram as minhas férias! Uhuuuuu! Mas tá um calor... Meu Deus!
E foi isso que resolvi me refrescar, mas como? 
Por aqui já temos racionamento de água. O culpado? Nem vou falar nada de governos, porque eles nunca fizeram nada mesmo. Caracas! Falei. Agora já foi.
Bem, tinha que dar um jeito. Ir para o litoral, sem chances, todo mundo foi pra lá. Um caos. 
Nada de piscina no fundo do quintal. Também, era bem provável que o Twoo meu cachorrinho, mas parecido com um pequeno cavalo, entrasse primeiro e ai não ia ter jeito. 
Comprei mais dois ventiladores. Jogadores de ar quente, isso sim. Aliviou, mas não resolveu. 
O chuveiro virou meu melhor amigo. A cada período era necessário uma refrescada. Até que começou a faltar água.
Na TV dizia a todo o momento que ia chover, Fechava o tempo fazia um enorme barulho, parecia que ia acabar o mundo e nada. O noticiário só falava de quebra de recordes de seca. "Nunca na história ficamos assim, com as represas secas.". Que calor.
No sábado fechou o tempo novamente, agora cai. Caiu.
Primeiro veio uma ventania sem fim. Eu fiquei apavorado, achei que o vento levaria o telhado inteiro do calabouço, é como Jackie chama nosso refúgio nesse final de ano. Ano passado levou seis telhas e tive que correr pra salvar as coisas lá dentro. Mas não levou nada dessa vez. Então chegou a chuva.
Puxei uma cadeira e sentei ao lado de Jackie vendo essa maravilha cair. E caiu, caiu, caiu... Caracas, não tinha mais fim.
A água era tanta que começou a invadir o calabouço. Saímos correndo pegar rodos, baldes e vassouras. Mas não vencíamos chuva Jackie e seu filhote, ficaram tentando impedir a invasão enquanto eu corri abri uma valeta alternativa para desviar a chuva. 
Lá estava eu, no meio da chuva, com uma enxada cega, cavando um caminho para desviar a água do calabouço e sogrinha com uma vassoura empurrando a água valeta abaixo. Nunca abri uma valeta tão grande e tão rápido em minha vida. E isso encharcado até os ossos. E a chuva? Aumentava...
Foi uma luta enorme, mas conseguimos a água parou de invadir nosso calabouço e começou a escorrer pela valeta.
Eu estava todo encharcado e sujo de barro, pelos tombos que levei. Mas consegui. E foi nesse momento que a chuva parou. Parece que esperou eu terminar para acabar. Mas tudo bem, se vier outra vez, não terei problema.
Lá foi eu e Jackie tomar um banho e ..Surpresa! Tinha água, Depois fui ver TV.
Os noticiários só falavam das chuvas por todo estado. Ruas inundadas, pessoas isoladas escondendo da chuva, corredeiras que pareciam rios. Tudo certo, pelo menos não irá faltar mais água. Deve ter enchido com sobra as represas - Pensava assim quando ouvi...
"Apesar de toda essa chuva torrencial que caiu em São Paulo, foi fora da região das represas e elas continuam sem água."
Como pode alguém mandar tanta água, quase nos inundar, arrastar carros pelas ruas e errar o alvo assim? Acho que alguém lá de cima, do departamento de chuvas, terá que dar boas justificativas para o Chefe Maior. 
Que vacilo.

Coitado de São Pedro.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Niver do Rei

A gente sempre se espelha em alguém quando criança, por desconhecer o mundo e buscar segurança. Depois, já na adolescência, quando achamos que o mundo é nosso, buscamos referência em ícones, como cantores ou outros. Após essas fases, vem a fase de reforma deste mundo, que queremos firmar ser nosso. Achamos que podemos mudar isso ou aquilo, às vezes aquela referencia da adolescência continua ou trocamos por outro de maior "pegada".
Eu me encaixo em partes nisso tudo, na infância o pai geralmente é nossa referência, mas pulo essa parte. Na adolescência minha referência de vida era um homem que diziam ser gordo, desfocado e já estava ultrapassado, mas mesmo assim, o tomei por ídolo. Acho que tinha 12 anos.
O que realmente as pessoas não viam era que meu ídolo não era como os demais de seu ramo. De imediato me identifiquei com seu trabalho, interpretar músicas. Cheguei a tentar imitar seu corte de cabelo ou estilo de vestir, mas não deu certo, porém, o meu único disco, um compacto, com quatro músicas, era presença certa quase todos os dias na antiga vitrola de mamãe.
Além de seu estilo e suas interpretações, outro detalhe que me chamou minha atenção foi sua religiosidade e formação. Isso, tivemos em comum.
Esse homem que diziam ser velho, na época com 40 anos, passou dois anos me encantando. Eu recolhia tudo que podia sobre ele, como a grana naquela época era muito pequena, incentivava alguns amigos a comprar seus discos e pedia emprestado. Certa vez a mãe de um deles, foi até em casa buscar pessoalmente um LP que o colega me emprestara, pois estava difícil de devolver.
Depois desses dois anos de sintonia fina com meu ídolo, ele me decepcionou. Deixou-me só, aos 42 anos.
Foram dias ruins e fiquei sem direção, então busquei tudo que podia sobre ele, era como se eu quisesse guardar um pedacinho dele pra mim.
Os anos foram passando e nunca o esqueci. Com o avançar da tecnologia fui conseguindo todas as suas canções, muitas imagens, mas o que mais me aproximou dele foram sua história e dedicação a Deus.
Soube que ele relutou várias vezes com a mídia e os interesses comerciais, para gravar discos com musicas gospel. Os donos do dinheiro que só queriam faturar com suas canções de rock, dobraram-se a sua vontade e ele mostrou que sabia o que fazia. O sucesso repetia a cada vez mais.
Desde então... Trago sempre aos meus ouvidos, aquelas mesmas canções de mais de 35 anos atrás e não me enjoo. Algumas até repito constantemente. Tenho discos, vídeos, musicas digitais, posters, camiseta, sempre comigo e nunca deixo de lembrá-lo.
Não sei a quem você direciona suas referências, gostos ou simpatia. Não sei se tudo isso, você renova a cada novo lançamento ou surgimento de novos ícones. Eu não. Trago minha simpatia a este homem que já me deu muitas alegrias através de suas canções por muito tempo e repasso a todos que me cercam.
Parabéns Elvis.
Lembrem-se do Rei.
 
 
 
 
 

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

# 236 - Bruno Repezza

Pensamento Vivo - 236
 
"Não adianta desejar feliz ano novo se cometermos os mesmos erros do ano velho, que sejamos mais sábios, mais autocríticos e fazer as coisas por merecer, pelo menos é o que eu desejo pra mim"
 
Bruno Repezza