sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Cartas de amor

Quando estávamos juntos, ela me enlouquecia de amor.... Então a deixei.

 

Quando recebi sua primeira carta de amor, apaixonei-me de imediato. Era linda dizia coisas simples, mas de uma forma linda e vibrante. Não soube ao certo quantas vezes li e reli, acho que duas ou três dezenas de vezes. Era incrível.

Pensei que seria a única, mas qual não foi minha surpresa quando chegou a segunda. Essa era mais singela e falava de coisas que um dia iriamos fazer juntos. Coisas como andar na praia de mãos dadas, no final da tarde. A parte que mais gostei, foi sua descrição de nosso primeiro beijo. Parecia que ela estava ali, na minha frente. Confesso que cheguei a fechar os olhos esperando seus lábios. 

Tinha que conhecê-la. Precisava conhece-la.

Era tudo mais lindo ainda. Cada palavra que escreveu para mim, virou realidade. Disputas pela última pipoca no parque da cidade, o rolar na grama num piquenique em frente ao lago, a praia e o beijo.

Para minha surpresa, ela continuou a escrever as cartas de amor. Minha ansiedade para recebê-las, era visível a qualquer pessoa e me recusava de sair as terças, pois sabia que elas chegariam. Sentava em frente ao portão e espera o carteiro chegar, e antes que ele a colocasse em minha caixa postal, eu já a tinha na mão.

O abraço no alto da roda gigante, com o deitar de sua cabeça em meu ombro, o tiro ao alvo nas bexigas a quatro mãos, o jogo de argolas, onde sempre juntávamos as mãos para arremessá-las, tudo.... Tudo estava escrito e acontecia com um amor fantástico. Sentia seu carinho através das palavras.

No dia seguinte saíamos e era tudo igual às cartas que escrevia. Minha paixão cresceu tanto, que começou a me sufocar. Precisava dela como o ar que respiro, seus beijos eram meu alimento, seus carinhos a proteção, tudo dela era insuportavelmente necessário para minha existência.

Três longos meses, nós ficamos juntos. Sempre abraçados e colados um ao outro, uma vez por semana. Eu queria mais, muito mais e as cartas continuavam semana após semana. Achei que enlouquecia de tanto amor, mas ela nunca me deixou levá-la até sua casa ou passou uma noite comigo. Sempre saíamos no meio da semana, nunca nos finais de semana. Não me importava, ela era minha, sabia que uma hora assumiríamos nosso amor.

Então, numa terça qualquer, o carteiro não veio. Fiquei até o início da noite e ele não apareceu. Apavorado entrei em casa e procurei seu telefone. Liguei, mas ninguém atendeu. Saí como estava e fui em busca de sua casa, sabia que algo havia acontecido. Nunca tinha feito isso, mal sabia seu endereço ao certo. Raciocinei, pensei, juntei todas as dicas que ouvira nesses três meses e consegui achar sua rua.

Andando com o carro lentamente, olhava casa por casa para tentar descobri-la. Fui e voltei pela rua umas cinco vezes e então a achei.

Numa casa branca, no fim da rua, a vi saindo ao portão. Ela olhava no sentido contrário a mim e a noite ocultava-me atrás do volante. Quando coloquei a mão na maçaneta para abrir o carro, outro carro parou no seu portão. Ela sorridente foi de encontro ao carro e foi recebida por duas crianças que saíram do automóvel correndo para abraçar e beija-la. Do outro lado do carro desceu um homem com pacotes na mão e caminhou até ela. Ele a abraçou e a beijou ternamente, e então escutei uma das crianças chamá-la de mamãe.

Entendi tudo. Por isso tanto mistério. Tínhamos um amor por cartas e um dia por semana para se tocar. E era só.

Muito triste, dei partida no carro e passei por eles sem ser notado. Doía vê-los ali, tão felizes, então acelerei e fugi sem rumo. Para tentar acalmar minha dor, liguei o som do carro para ouvir música qualquer e quem sabe enganar a dor. Mas dos altos falantes do carro saiu a voz suave e gostosa de Paula Toller e os Abóboras Selvagens cantando, "Alice não me escreva esta carta de amor..."

Seu nome também era... Alice.... Acho que esse foi nosso fim.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Quem nasceu primeiro?


Mais alguns famosos, que podem terem sido separados no berçário, em algum canto qualquer do mundo, segundo o site Whiplash.net.

A pergunta que fica no ar é... Quem nasceu primeiro?

1 - Seria o Kiko, o quinto elemento dos The Beatles ou ele enfim acho seu irmão mais velho, Kicoisafeia?

Kiko do Chaves x Paul McCartney


2 - No caso abaixo, nem precisa de DNA, o nariz já basta pra desconfiar que alguém pulou o muro. Sobre, quem nasceu primeiro, vai na moeda.

Alice Cooper x Emerson Fitipaldi



3 - Caracas!!! Esses dois não tem como negar cara de um, focinho de outro. Os óculos eles  pegaram emprestado para foto. 

Bono (U2) x Robin Willians



4 - Ah, não... Ai já é sacanagem... Como fizeram isso com o Alice Cooper? Mas que se parecem... É fato.

Gretchen x Alice Cooper


quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A morte e vida de Charlie

A morte e vida de Charlie

Titulo original: Charlie St, Cloud

Diretor: Burr Steers

Gênero: Drama/Romance

Lançamento: 2013

Elenco: Zac Efron, Amanda Crew, Charlie Tahan



Sinopse: 


No Filme Online A Morte E Vida De Charlie, Os irmãos Charlie (Zac Efron) e Sam (Charlie Tahan) formavam uma dupla e tanto, mas um trágico acidente os separou. Apesar disso, Charlie conseguiu manter contato com ele após a morte e tornou-se um cara estranho e recluso, abandonando seu futuro para trabalhar no cemitério da pequena cidade. Anos mais tarde, Charlie reencontra uma jovem da escola (Amanda Crew) e passa a sentir por ela uma forte atração. Agora, ele precisa decidir entre manter a promessa que fez ao irmão de nunca mais o abandonar, ou seguir o desejo de seu próprio coração e dar um novo rumo para a sua vida.


Opinião: 

Nota 7 - Um drama leve e gostoso de assistir, até tenta surpreender, mas é muito comum. Vale a pena ver.


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Nem todo dia é perfeito

Estava muito bom assim, sentindo o vento no rosto...

Respirei bem fundo e deixei o ar e o cheiro do mar invadir meu pulmão. Parecia até que com o ar, entrava em meu corpo um pouquinho do mar, o seu sabor...
Dei um passo rumo a ele...
O vento aprecia acariciar meu rosto, primeiro levemente, mas quando dei mais um passo afrente, parecia me apalpar sentindo na minha pele todos os anos que passei ali. Que vivi vendo tudo que ele me oferecia.
Uma gaivota deu um voo rasante e soltou um barulho agudo, como se cobrasse sua comida, que, aliás, também foi minha por tantas vezes. Peixes saborosos. Assados, cozidos, com molho branco ou vermelho. Como era gostoso desfiá-lo e deixar derreter na boca seu sabor.
Mais um passo a frente e parecia que eu estava flutuando sobre as ondas. Seu som era continuo e firme. Sorri levemente ao lembrar-me das ondas quebrando-se em minhas pernas, na beira da praia, enquanto observava os minúsculos siris se enfiando dentro da areia.
Outro passo e senti falta de firmeza onde pisava. Não como quando caminhava na areia e a água atingia meus pés, descalços, levando um puco de grãos debaixo de meus pés, dando a impressão que afundaria. Ás vezes até perdia o equilíbrio, abria os braços e me recompunha.
Como adora acordar muito cedo e sair no convés do navio para ver o sol nascer. Sentir os primeiros raios forçando-me a cerrar os olhos pelo seu brilho. Não como agora, neste horário, com ele forte, me atingindo direto e queimando minha face. Forçando minha garganta, irritar-se com a sede. Não me lembro de quando foi meu último gole de água, muitas vezes substituída pelo gosto amargo do rum. Na verdade ele nos ajudava mais. Matava nossa sede, nos dava coragem e animava. Não era só eu, era toda a tripulação.
Acho que esse era o último passo... Senti o nervosismo de quem estava ali, mas eu estava calmo. Mesmo sabendo que essa seria a última vez que passaria por ali.
Então ouvi a voz do capitão e os demais:
- Vamos logo com isso.
- É... Anda logo, jogue esse pirata da prancha. Os tubarões estão com fome.
Então ouvi o tchibum...
- Homem ao mar... 
E todos cantavam:

-How, how, how... E uma garrafa de rum.
- How, how, how... E uma garrafa de run.

domingo, 26 de janeiro de 2014

# 213 - Mário Lago

Pensamento Vivo -213

Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo. Nem ele me persegue, nem eu fujo dele. Um dia a gente se encontra. 

                                                        Mário Lago

sábado, 25 de janeiro de 2014

Dá um tempo...

Assistindo algumas matérias no jornal local, fiquei a refletir...

Para variar, nessa época alagou tudo em São Paulo, piscinões, córregos, rios, tudo enchendo, transportando e arrastando um monte de lixo para as ruas e casas. Coisa de dar dó mesmo.
Antes das chuvas o que víamos eram políticos disputando o comando e organização de bairros e vilas, agora, o que vemos é um empurrando para o outro. Ninguém assume nada.
Todo mundo sabe que em outubro, eles estarão de volta, com a maior cara de pau pedindo votinhos, e o pior, esse mesmo povo que hoje chora e lamenta, votam neles de novo.
Aquele dito cujo da FIFA, que falou muita bobagem da gente, veio aqui para o sorteio e foi tratado com um ilustre visitante, até uma modelo linda arrumou para deixá-lo mais feliz. Os que criticaram pelas besteiras e ofensas que disse, estavam todos lá, no sorteio da copa, aplaudindo o fulano.
O presidente norte-americano roda o mundo falando de paz, distribuindo sorrisos e recebendo Nobel durante o dia e a noite seu país vende armas para o mundo todo. Assim conseguem um bom argumento pra invadir algum lugar e pregar o desarmamento.
Gente colocando fogo em ônibus por causa das enchentes... Qual a relação nisso?
O mundo criticando o trabalho escravo, o trabalho infantil e correndo atrás da China em busca de dólares explorado pelo preço baixo da mão de obra, muitas vezes feitas em condições sub-humanas.
Para tudo isso e muito mais que não escrevo aqui para não ficar mais chateado, a solução é o tempo.
Tempo de mandatos para resolverem eternos problemas. Tempo para construírem estádios caríssimos, mas sem tempo para reformar um hospital. Tempo pra visitar vitimas de guerra que não tiveram tempo de escapar a tempo, dos disparos das armas que chegaram no “just in time” de ser utilizadas.
 Na verdade... A reflexão me ajudou a descobrir que...

O tempo, não é nada mais que uma mentira.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Não quero falar

Não importa mais...

É assim que defino, coisas que aos poucos vou deixando para trás. Coisas do passado, coisas que até tiveram uma certa importância ou que chegou a marcar, mas não importam mais.

Lembro-me que era muito importante para mim, que fiz sacrifícios, me desgastei, mas ficaram para trás.
Mas agora, não digo mais nada.
Mesmo que passei dias imaginando como falar, horas escolhendo palavras, ensaiando formas, não direi nem uma sílaba.
Assim trato as coisas que deixei pra trás. Coisas que já não me pertence mais, que joguei fora.
Ignoro, me desfaço, até disfarço e nem ligo.
Por que falar de algo que não existe? Algo que nem sei ao certo se existiram. Que já não está mais na memória... O que era que estávamos falando mesmo?
É isso... Não falo mais nada... Pronto
Tá dito.

E ainda tem gente que diz que só observa.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

# 212 - IRA!

Pensamento Vivo - 212 


 "Por isso hoje Estou tão triste Por que querer está Tão longe de poder?... E quem eu quero Está tão longe Longe de mim..."

IRA!

domingo, 19 de janeiro de 2014

Vai que chove!

Todo mundo tem amigos esquisitos, não sou diferente.
Já contei algumas presepadas que aconteceram comigo e também com meus amigos, mesmo que anônimos e nisso incluí meus brothers.
Bem, mas tenho alguns amigos que são "hors concours", únicos.
De dezembro para frente, é época de muito calor e numa proporção menor, chuvas. Menor, mas com uma força descomunal, que todo ano deixa um rastro de tragédias.
Jairo, ou Pedro, ou Zé, não importa o nome, ele é meu amigo e estava preocupado com as chuvas fortes que estavam caindo, mas principalmente com os raios e relâmpagos que as antecediam. Tinha pavor de tudo isso, então, fazia o possível para não sair em dias assim, ou, como tudo acontecia geralmente do meio para o final da tarde, evitava sair nesses horários.
Havíamos combinado de sair no sábado, antes do final do ano, para comemorarmos mas esse ano que deixaríamos para trás, nos encontraríamos no centro da cidade, para tomar chopp, relaxar e conversar. Além de Jairo, mais alguns amigos participariam, Toshibinha (colega de trabalho), Laranjinha (colega do bairro), mano véio, meu filhote e um sobrinho. Aos poucos foram chegando um a um, eram apresentados aos que não conheciam, enquanto a torre de chopp era colocada na mesa.
A conversa ia solta quando Jairo chegou e todos o olharam estranhamente. O cara trazia um boné enorme na cabeça, um guarda-chuva, daqueles que mais parecem guarda-sol de praia ou uma tenda de circo, blusa e uma mochila. Ninguém entendeu nada.
Foi só Jairo sentar e cumprimentar o pessoal começou a gozação.
- Jairinho, fala sério! Com um sol maravilhoso desse e você todo equipado assim...
- Tá maluco cara, que guarda-chuva é esse? É familiar, para carregar toda sua família de uma só vez?
A gozação comia solta, mas ele nem ligava. Jairo era a bola vez nas gozações.
Depois da terceira ou quarta troca de nossa torre de chopp, algumas porções e muitas conversas, aproximei-me de Jairo e perguntei:
- Jairinho, pode contar pra mim, porque vei assim véio, a metereologia disse que chuva agora só depois do Ano Novo. Faz pelo menos uma semana que não chove, e olhe só que sol lindo lá fora. Sei que você tem lá seus medos, mas acho que tá exagerando. Isso parece uma arma de tão grande.
- Sei não Berin, vai que chove?

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Questão de tempo

Questão de tempo

Titulo original: About time

Diretor: Richard Curtis

Gênero: Romance

Lançamento: 2013

Elenco: Domhnal Gleeson, Rachel McAdans,Bill Nighy



Sinopse: 



Ao completar 21 anos, Tim (Domhnall Gleeson) é surpreendido com a notícia dada por seu
pai (Bill Nighy) de que pertence a uma linhagem de viajantes no tempo.
Ou seja, todos os homens da família conseguem viajar para o passado, bastando apenas ir para um local escuro e pensar na época e no local para onde deseja ir. Cético a princípio, Tim logo se empolga com o dom ao ver que seu pai não está mentindo. Sua primeira decisão é usar esta capacidade para conseguir uma namorada, mas logo ele percebe que viajar no tempo e alterar o que já aconteceu pode provocar consequências inesperadas.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O cavaleiro solitário

O cavaleiro solitário

Titulo original: The lone ranger

Diretor: Gore Verbinski

Gênero: Ação, aventura

Lançamento: 2013

Elenco: Jhonny Deep, Armie Hammer, Tom Wikinson



Sinopse: 



Colby, Texas, 1869. John Reid (Armie Hammer) é um advogado que acaba de retornar à sua cidade-natal, onde vive seu irmão Dan (James Badge Dale), a cunhada Rebecca (Ruth Wilson) e o sobrinho Danny (Bryant Prince).

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Viver Juntos

Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho

Tomara 
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...


Vinicius de Moraes

domingo, 12 de janeiro de 2014

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Fugindo do hospital


Ah! Tempos difíceis... Ainda bem que estão distantes demais, porém, minha memória rebelde sem causa, tanto quanto os dedos tagarelas, me faz regredir e lembrar alguns desses momentos.
O ano era... Era... Não lembro, mas acho bonito começar assim, desculpe. Falha nossa. Mas não importa, digamos que há alguns anos atrás...
Era um domingo, onze da noite, eu tinha recebido naquela tarde um casal de amigos e minha mãe como visitas. Agora debruçado no beiral da varanda, vendo as luzes do bairro, observando os ônibus passando na avenida, pensava em como faria para fugir dali. Onde eu estava?
Hospital São Paulo, na Vila Mariana em São Paulo.
Estava internado ali já há quase três meses, aguardando uma cirurgia de correção. Toda segunda corria logo cedo na recepção da minha ala, para ver se minha cirurgia estava marcada e nada. Estava tão angustiado de ficar nessa condição que havia resolvido, se minha cirurgia não estivesse marcada para amanhã, eu fugiria do hospital. Eu estava enlouquecendo ali.
Geralmente as enfermeiras escreviam de noite, em um quadro negro na recepção, quais seriam as operações marcadas para o dia seguinte, então era só esperar todos dormirem, ir à recepção ver o quadro e se a minha não estivesse marcada, sairia de madrugada dali. Assim fiz.
Fiquei até as vinte de duas horas jogando damas com outro paciente, quando ele disse que ia dormir, me despedi e fui para meu quarto. Infelizmente dei de frente com uma das enfermeiras.
- Que faz aqui? Sabe que o horário de ficar fora de seu quarto é até às 20 horas.
- Desculpe, estava apertado e fui ao banheiro.
- Está certo, vá para seu quarto e para sua informação o banheiro é do outro lado.
Entrei no meu quarto e fiquei quieto, deitado, por mais uma hora. Ainda de pijama, levantei, desci da cama e fui andando silenciosamente pelo corredor. Sabia que as enfermeiras, eram sempre duas, ficavam na copa conversando, apenas de ouvido ligado nas campainhas de emergência dos quartos. Seria fácil ver o quadro sem ser notado.
Quando cheguei bem perto da recepção, percebi que alguém saia. Fui pego novamente em flagrante, agora pela outra enfermeira.
- O que você está fazendo aqui na recepção.
- Estava indo ao banheiro.
- Banheiro? Sei. Volte para seu quarto, não quero vê-lo por aqui de novo.
Enquanto me virava para voltar ao meu quarto, consegui passar os olhos pelo quadro negro e meu nome não estava lá. 
Fiquei mais algum tempo quieto, imóvel na cama, quando achei que já havia passado tempo suficiente, peguei minha sacola de coisas e sai do meu quarto para voltar pra casa,
Bem, quando atravessei a porta, lá estava a enfermeira na minha frente de braços cruzados, olhando-me firmemente.
- Está indo a onde, posso saber?
- Eu ia ao...
- Já sei, ao banheiro, não é senhor diarreia? Para sua cama e não levante mais.
Pelo tamanho enorme da enfermeira e sua determinação, o que eu podia fazer? Voltei e fiquei lamentando em minha cama até o nascer do dia, quando peguei no sono,
Parece que mal fechei meus olhos e escutei:
- Acorde senhor diarreia, tá na hora.
Confesso que até tentei abrir os olhos, mas estava com muito sono, por ter ficado a noite em claro. Ela chamou-me mais algumas vezes e até me chacoalhou, mas nada.
Quando enfim acordei, descobri que minha cirurgia fora cancelada e que estava com medicamentos para recuperar de algo.
Na troca de enfermeiras pela manhã, as novas que entraram marcaram meu nome no quadro e as que saiam alertaram quanto ao "senhor diarreia". Quando foram me preparar para a cirurgia e eu não acordava, informaram ao médico que preocupado, cancelou a cirurgia e pediu um check up, deixando-me em observação.

Resumindo, fiquei mais uma semana esperando uma nova oportunidade, tomando soro e medicamentos pela veia e sem comer direito, só porque dormi demais.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Dr. House

Dr. House

Titulo original: House, M.D.

Diretor: David Shore, Liz Friedman, David Foster

Gênero: Drama

Lançamento: 2004 - 2012

Elenco: Hugh Laurie, Jesse Spencer, Olivia Wilde



Sinopse: 



Um médico dissidente anti-social que se especializou em medicina diagnóstica faz o que for preciso para resolver casos intrigantes que vêm o seu caminho usando seu time de médicos e sua inteligência. A série segue a vida de anti-social, dor assassino viciado, médico espirituoso e arrogante.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Fogos de artifícios.

Não sou muito adepto a fogos de artifícios. Eles são muito bonitos e fantásticos, mas, sua beleza é proporcional ao perigo que causam.
Esse ano, eu contrariei os demais, quanto a comemoração do Natal e Ano Novo. Por um pequeno probleminha, mais uma vez no meu dedão do pé esquerdo, preferi ficar em casa para me poupar de futuras dores.

sábado, 4 de janeiro de 2014

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Apenas Palavras... - Meu 2º Livro

Enfim, mais um livro...
Nunca pensei que em tão pouco tempo, conseguiria realizar o sonho de publicar um livro e muito menos, de fazê-lo por duas vezes.
No primeiro, "Cinquenta anos, já?", foi o desejo de comemorar meu cinquentenário de uma forma totalmente inusitada, ou mesmo, intencionada.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Uma noite do barulho

Estava tão distraído com meus escritos, que quando percebi já havia escurecido.
Até ai, sem problemas. Pelo menos eu achava que não tinha, até perceber que esqueci a porta da sala aberta até àquela hora.
Resmungando comigo mesmo pelo esquecimento, fechei-a imaginando a invasão de pernilongos e de como a noite seria difícil.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014