domingo, 30 de dezembro de 2012

sábado, 29 de dezembro de 2012

Aberto pra balanço


Lá se foi 2012...
Maias, Nostradamos e outros terão que achar outra data pra anunciar o fim do mundo, este resistiu bravamente e ainda estamos por aqui. Ainda bem.
Posso considerar que 2012 foi "O ano" para mim. Tudo nele deu certo... Talvez não tudo, quase tudo, digamos 90%.
O planejamento que fiz em dezembro de 2011 foi muito bem executado e os resultados muito gratificantes. Desculpe a expressão, força do hábito do trabalho, o que quis dizer é que tudo que pensei pra esse ano aconteceu. Do jeito e forma esperados. Muito bom, agora estamos abertos para balanço... Vamos lá.
No trabalho, se não atingi minha meta, cheguei perto e consolidei minha participação efetiva na área. O crescimento profissional também foi muito grande, projetos, aprendizados e o que mais gosto, auxiliar aos colegas. Valeu mesmo. Para 2013, mais aprendizado e crescimento, com o enriquecimento no curriculum de uma faculdade na área, desafio.
Com os amigos... Como é inevitável, aconteceram perdas significantes, mas Ele sabe o que faz e eu confio. No geral o ano também foi muito bom nesse quesito, mais novos amigos, menos desafetos, reconciliações, na média... Mais gente boa em minha volta. Preciso em 2013 rever os amigos mais próximos pessoalmente e matar muitas saudades.
Na rede mundial, a difícil internet. O melhor ano sem dúvida, 3G funcionando, ainda bem que não o joguei fora, amigos novos, muito queridos e importantes, mesmo quando não tive a altura de correspondê-los, saiba que não serão esquecidos, textos com melhor qualidade, essa eu também devo aos amigos. Nas compras sem nenhum susto, tudo com ótimos resultados, apesar de um hacker atrapalhar um pouco nas redes sociais... Foi muito bom. Ainda abri muitas perspectivas para 2013, nesse ano no blog foram mais de 10 mil visitações, quando esperava no máximo de 6 mil, muito obrigado aos amigos ocultos da net. Quero ultrapassar os 20 mil no próximo ano, sem fazer força pra chegar, apenas inovando e melhorando a qualidade das informações.
Não sei se realmente aconteceram tantas coisas boas em 2012 ou se aprendi a ver tudo com olhos otimistas, com empenho de campeão. Talvez tenha parado de reclamar e agido mais, pode ser isso. Como funcionou continuarei assim.
Próximos desafios?
Um livro,  talvez com a coletânea de minhas sandices escritas no blog em 2012. A casa nova, esta já está em andamento só falta os moveis... Mas já posso oferecer um chá, o café vem em 2013.  A "Facu" de Processos Gerenciais e quem sabe uma promoção ou mudança de ares, vai que...
Acho que enfim, meu triciclo motorizado ou Renha pode acontecer...  Quero sentir o vento tocar meu rosto novamente e escutar o ronco do motor. Bem, tenho mais chances agora em 2013, como nunca tive antes.
Família... Ah! Meus filhotes... Minhas princesas foram muito além das expectativas. No estudo, no comportamento... Tá a caçula é punk, oh geniosinho do pai... A outra... Caracas cresceu muito, ótima aluna, mas já tem gavião rondando meu quintal, enfim... Elas estão a cada dia, mais carinhosas e grandes, fazer oque. Os "caras", meus moleques, tivemos um ano de reconhecimentos e crescimento mútuo, mas foram incríveis... Os dois se superarão e provaram que posso confiar... São bons mesmos e em 2013 tem mais rock roll, pra curtirmos juntos. É nóis filhos.
Estamos abertos pra balanço...
Deixe comentários, escreva-me um e-mail, liguem-me, vamos fazer juintos os planos para 2013.
Obrigados a todos os amigos do blog, das redes e da net em geral.
Valeu...!
3... 2... 1. Fui!!!

FELIZ 2013






sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O Natal de Sofia

Ela era tão pequenina, que até dava medo de abraçar.

Tinha os cabelinhos castanhos com cachinhos e olhinhos verdes. Entrou na sala e ficou paralisada ao ver num canto, toda iluminada, a árvore de Natal.

Trazia na mão uma bonequinha de pano com um vestidinho verde, como o seu personagem favorito da televisão. Na boca, a pequena chupeta com motivos de pequeninos ursinhos azuis. Na outra mão, arrastava seu cheiroso travesseirinho, também de ursinhos, só que amarelos e com seu nome bordado em rosa. Presente da vovó.

Não havíamos acordado ainda, quando ela se levantou e silenciosamente foi à sala. Não sei quanto tempo ficou ali parada com os olhinhos fixos nas luzes e bolas da árvore de Natal. Quando entrei na sala e a vi de pijaminha vermelho e com a bonequinha dependurada na mão, foi à imagem mais linda que já tive de Natal.

Como era bonita e delicada, a minha filhinha.

Havíamos montado a árvore na noite anterior, enquanto Sofia dormia. Montamos em silêncio e colocamos os presentes ao seu pé. Neste ano, a montamos com todos os enfeites e adornos possíveis, todos muito atrativos, nossa árvore parecia enorme no final, então, cansados fomos dormir.

Fiquei parado ali, quieto, por alguns minutos observando-a sem que ela me notasse, então sai bem discretamente e fui chamar sua mãe.

Retornamos à sala em silêncio e lá estava Sofia, ainda parada observando todos os detalhes da árvore. Às vezes balançava a cabecinha, como que acompanhando o piscar das luzes, em outras agachava para tentar ver algum detalhe específico.

Muito devagar, silenciosamente fomos até o sofá, sentamos e ficamos a olhar seu encantamento com toda aquela novidade na sala.

Sofia foi agachando e aproximando da árvore, olhou os presentes e ignorou. Afastou-os para o lado, começou a entrar debaixo da árvore, sentando ao seu pé e olhando para o alto. Ainda não nos percebera.

Tirou a chupeta e colocou-a em um galho, como se fosse uma bola colorida. Sua pequena bonequinha também virou um pingente, em outro galho. Ajeitou seu travesseirinho ao pé da árvore, entre os presentes e deitou sobre ele. Dormiu.

Fiz movimento de levantar, mas minha querida segurou-me pelo braço, fez sinal para eu esperasse e saiu em seguida em direção ao nosso quarto.

Estava ainda admirando Sofia, ali dormindo, com seu respirar compassado, quando ela voltou com nossos travesseiros.... Entendi de imediato.

Com muito cuidado nos deitamos com Sofia no meio, na mesma posição entre os presentes e com a cabeça debaixo da árvore. Era realmente uma visão linda. Sofia sabia das coisas. Dormimos abraçados enquanto acariciávamos seu cabelinho.

Quando acordei no outro dia, lá estava eu... Só.

Olhei procurando por elas, mas não estavam ali... Ainda não. Teria que esperar por mais um ano até acontecer de verdade.... Foi um lindo sonho de Natal.

Foi assim que passei meu primeiro Natal com Sofia e sua mãe.

Já fiz minha cartinha com esse pedido ao bom velhinho. Agora...

Espero ansiosamente o próximo Natal, para quem sabe, realizar o sonho que tive.

Afinal, os pedidos de Natal sempre acontecem.


*Conto premiado no concurso de Antologia “Magia do Natal”, do site WebTV em 2020

 

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O Papato Patati de Manu

Adoro crianças, são autenticas e imprevisíveis...
Manu, do alto de seus três aninhos é uma garotinha muito esperta e rápida. E eu, um cara que não sabe comprar nem coisas pra si mesmo. Entramos numa saia justa tremenda neste Natal.
Em umas das visitas que recebi dos pais de Manu, captei a mensagem de qual seria seu presente predileto para esse Natal. Minha intuição nem precisou atuar. Pela primeira vez comprei um presente pra alguém na maior segurança. Uma boneca Barbie com vestidinho rosa. Quer coisa mais simples, comum e que agrada qualquer menina?
Chegou a noite de Natal e lá fui eu passar com os amigos e com a boneca de Manu, num caixa embrulhada com motivos de Natal bem infantil e feminina, orientação da excelente e atenciosa balconista que sacou, no ato, que era um presente especial.
Muita alegria na chegada, com abraços, beijos e carinhos de todos, principalmente de Manu. Estava com um lindo vestidinho verde água, com detalhes em vermelho. Uma bonequinha... Sorri ao pensar no rostinho dela, radiante, quando abrisse meu presente. Acho que estava mais ansioso que ela.
Brincamos muito, ela estava elétrica e só falava no Papai Noel... Às vezes a pegava no colo e ia até lá fora ver o pisca-pisca na fachada casa. Ela adora as cores se alternando. Então chegou a hora da entrega dos presentes e lá vamos nós, logicamente ela saltou do colo e correu a minha frente.
Começamos por ela, já que logo estaria com sono e apagaria no colo de alguém.
Esperta como ela só, olhou-me, pegou meu presente e foi até mim... - Tchu tchu... Traduzindo... Titio. Confirmei com um balançar da cabeça e ela começou a abrir o presente, falando... - Papato Patati. Papato Patati. Não entendi nada. Quando terminou de abrir o presente, olhou pra bonequinha, olhou pra mim e séria disse:
- Não é Papato Patati. Largou de lado a boneca e foi ao próximo presente.
Onde errei? Papato Patati? Não entendi nada.
Sua mãe, percebendo minha decepção, aproximou-se disfarçadamente e agradeceu pela linda boneca afirmando que Manu era assim mesmo, uma hora quer e outra não liga mais.
Perguntei o que seria o Papato Patati e fiquei sabendo que era uma sandalhinha plástica de uma dupla de palhaços da TV. Palhaços da TV... Como não pensei nisso? As crianças os adoram. Sempre as vejo assistindo e cantando suas canções. Que furo dei com Manu.
Levantei bem cedo, no dia 26 e parti para o centro. Não podia decepcionar Manu. Fui à busca do tal Papato Patati. Depois de horas em busca da sandália, achei-a. Parecia que todo mundo pensara em dar à famosa sandália as crianças, menos eu. Enfim a comprei e sai da loja todo orgulhoso com o Papato Patati na mão, como se fosse um troféu.
Fui direto a casa de Manu, que me recebeu com aquele sorriso de sempre e um abraço apertado. De imediato lhe entreguei o presente. Seus pais e meus amigos me olhavam como se reprovando da correria que fiz só por causa de uma sandalhinha e que não era necessário. Mas eu sabia que era importante pra Manu.
Ela foi logo abrindo o presente e quando chegou à caixa das sandálias, olhou-me e disse:
- Não é muneca. Largou as sandálias no chão e saiu correndo a brincar.
Eu e seus pais nos olhamos ainda em silêncio e não deu outra, caímos na risada... Essa é Manu.
E tem gente que ainda não gosta... Crianças são incríveis

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

sábado, 22 de dezembro de 2012

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Sabotagem do fim do mundo

Hoje é o dia do fim do mundo... Acabou?
Ainda não...
Bem, agora que acordei e ele ainda não acabou, vou aproveitar já que é meu último dia de vida por aqui e vou postar no Facebook, no MSN, no Orkut, mensagens aos meus amigos. Acho que enviarei alguns e-mails também. Pensei em deixar mensagens no Badoo e Twoo, mas já "elvis", "me auto deletei a mim mesmo", que chato, bem preciso seguir... Queria poder hackear um hacker, só pra ir embora realizado... Maletidos...
Ligar. Preciso pegar minha agenda velha pra não esquecer ninguém, os velhos amigos, os amigos velhos, os novos, parentes que participaram bem próximos de minha vida e outros que nem lembro agora. Só espero ter crédito suficiente e que a minha operadora, enfim faça valer seu nome e ainda esteja funcionando, complicado depender assim... Ah... Que vontade de passar um trote no Nagib, pedindo uma pizza que talvez nem venha a comer e muito menos a pagar... Rsrsrs
Será que ainda terei tempo?
Preciso falar com meus vizinhos... O Palmeirense roxo vai dessa mais feliz, porque não precisará ver os jogos da segunda divisão, brincadeira... Não posso esquecer-me daquele chato que vive me infernizando por causa do meu Santo André e o outro que adora contar vantagens de tudo, com certeza vai ter uma pronta pra essa despedida.
Do trabalho tenho apenas algumas despedidas e uns recados, espero que o mundo acabe mesmo, senão nem preciso vir na segunda bater meu cartão... Hum... Melhor não arriscar, vai que falhe... Não, melhor não falar com eles.
A parte da manhã já está indo embora, já é quase hora do almoço e eu ainda estou aqui. Ah!... Não posso esquecer, preciso saborear um bolinho caipira e outro de bacalhau, tomar uma Ice geladinha e uma breja, bem trincante com batatinhas. Vou ao Mercadão, será que dará tempo?
Acabou? Não...
Minha cidade é muito bonita e pena que o mundo vai acabar, mas mesmo no último dia do mundo com certeza terá um transito tremendo no centro, acho que as pessoas deviam mesmo é ficar em casa, com seus entes queridos... Todos abraçados, acariciando cabelos e beijando-se. Pra mim não dá mais tempo, estou muito longe, mas sei que os encontrarei em algum lugar.
Queria muito ver a lua e as estrelas antes do mundo acabar, na correria do dia a dia nem me lembrei de vê-las ontem... Podiam atrasar um pouco esse fim do mundo. Já que está demorando mesmo... Bem.... Já foi? Não... Ochê.
Inicio da tarde, eu ainda de pijama digitando aqui... Como meu filhote disse, assim não fazendo nada, chegaremos descansado, seja lá onde for.
Puxa! Como esqueci! Hoje tem bolo, aniversário da caçulinha, meu último “parabéns a você”, nem poderei gritar "Pra ela nada? Tudo!!!" Não teremos tempo pra tudo, a essa altura tudo será nada.
Bem, melhor eu vestir uma roupa mais adequada para o fim do mundo.
Quero estar na primeira fila pra vê-lo partir ou nos vermos partir.
Até agora nada, acho que os Maias não tinham uma noção exata do tempo, nem previram um horário exato. Não posso esperar até a meia noite.
Acho que agora já basta, vou me preparar, pensei que nem daria tempo de escrever essa minha última sandice ou será que não deu tempo e o mundo já acabou?
Feliz dia 21/12/12, o Dia do fim do mundo.
Acabou? Será que sabotaram o fim do mundo?
Vai vendo...





Parabéns pra você, Clarinha!

Há coisas que Deus nos dá de presente e, ás vezes, nem vemos ou sentimos.
Sempre adorei flores, mas só as noto quando já estão no vaso, no final de sua vida. Não as vejo desenvolvendo suas folhas, crescendo suas pétalas, tornando-se um botão e abrindo aos poucos.
Todo esse lento processo é simplesmente lindo e não percebo acontecer.
Imagine, a cada dia, você fotografando essa aventura. Juntando cada momento, criando um filme. Não apenas um filme que você fez, mas que viveu... Seria incrível.
Então... Não importa quanto tempo levou em dias, semanas ou anos... É um pedacinho de sua vida que está ali.
Mesmo não vivendo cada minuto dela, quando vê a flor linda, bela, formada, com um perfume único, sabe que mesmo sem estar vendo acontecer, você viveu no mesmo tempo, ainda que distante...
É assim que me sinto hoje, neste dia tão especial pra você e mais ainda pra mim, que a vi brotar de uma barriga, que a vi crescer, aprender a andar, a falar. Desenvolver-se como a minha flor. Te vi se transformar dia-a-dia e ficar assim... Lindinha. Uma filha querida, uma amiga especial.
Parabéns a você, filhota. E assim como Deus me fez seu jardineiro, e deu-me pra cuidar um jardim com 4 lindas flores, que Ele permita que seu perfume, como o seu jeitinho de menina alegre e sorridente, minha flor caçula, possa nos encantar e alegrar por muito, muito, muito mais anos.

Te amo.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Aconteceu

Surgiu do nada.
Como aquela estrada
que não liga a lugar algum
e que simplesmente aparece a nossa frente.
Diferente?
Pode ser ou não.
Pareceu um encanto crescente,
algo novo e forte.
Foi difícil entender.
Vem como uma avalanche
Só escutamos seu barulho e..
Sem chance, já foi.
Quando conhecemos alguém,
que te conhece também,
as coisas "piram".
Mudam e viram, sei lá.
O que estava ali distante,
está aqui. Vem sem ordem,
Sem autorização e assusta.
E é justa, sua chegada.
Sempre a buscamos, mas não avisamos
que nossa vida não está preparada.
Pra crescer, pra mudar.
A melhor coisa do ano,
Se não me engano...
Foi conhecer você.
O futuro ainda não foi escrito.
Somos papel e caneta
Temos a vontade de escrever
basta viver e as letras se juntarão
deixando uma mensagem.
Talvez, algumas imagens
que mostrarão,
a quem não acreditar,
que para amar, basta crer e viver.


Sou Freitas


sábado, 15 de dezembro de 2012

Eu vim aqui pra vencer.


Partindo do princípio que a disposição de encarar as coisas pelo seu lado positivo é considerada como otimismo, eu sou um otimista.
Não tenho medo de obstáculos ou desafios, acredito demais em superação e que as coisas mais difíceis sempre terminarão com um desfecho positivo. Mas nem sempre dá pra segurar uma onda...
Precisávamos demais que as coisas dessem certo naquele dia, afinal enfrentaríamos o Taubaté, mais conhecido como "Burro da Central". Um time de futebol complicado e que sempre nos dava um sufoco. Tínhamos um bom histórico contra eles e precisávamos de apenas um empate pra disputar a semifinal do Paulistinha. E foi então que tudo começou...
Primeiro o ônibus que pegamos pra ir ao estádio Bruno Daniel quebrou, mas não me desanimou. Viemos ao jogo pra vencer e venceríamos os vinte minutos de caminhada até o estádio. Estávamos em um número considerável de torcedores e partimos debaixo de um sol maravilhoso. Todos muito confiantes em direção à arena da vitória.
Pra entrar tivemos que enfrentar uma fila quilométrica. Não havia duvida, o estádio estaria lotado naquela tarde de domingo, em que também comemoraríamos a passagem para a semifinal.
Quando estávamos chegando próximo à bilheteria, veio o informe: Acabaram os ingressos. Foi uma bagunça só. O povo reclamando, gente exaltada, revoltada. Mas eu... Hahaha... Era só otimismo e alegria. Fui em direção aos cambistas. Que levaram de mim, o dobro do valor do ingresso. Não sobrou quase nada do meu dinheiro, apenas um pouco pra cervejinha. Um roubo. Mas eu estava dentro, ia ver meu Ramalhão despachar o time do Vale do Paraíba pra casa, isso que importava.
Já dentro do estádio, fui direto para o bar pegar uma cerveja e...  
- Acabou a gelada.
Como assim, acabou? Os organizadores estimaram um público bem menor e quem entrou mais cedo limpou tudo. Vai vendo... Mas não tem problema, vai uma cerveja quente mesmo, estamos em festa.
Mal dei uns cinco passos e um distraído trombou comigo. Lá se foi minha cerveja para o chão. Maleditos copos de papel. Mas vamos em frente, logo o jogo começa.
Foi nesse dia que conheci a turma do amendoim. Um grupo de velhinhos que em todos os jogos, se reúnem numa fileira, no meio da arquibancada e comentam os jogos, enquanto comem um monte de amendoim torrado Mania que tenho até hoje. Acho que virei um deles e nem percebi.
Lá estava eu, devorando o meu amendoim com o saquinho do meu lado direito, quando percebi que o velhinho ao meu lado também os comia, o fitei e ele me sorriu dizendo. 
- Acredito filho, hoje vamos ganhar de 2x0. Quer um amendoim?
Mas que velhinho folgado. Comendo meus amendoins e ainda me oferecendo como se fosse dele. Nada de stress. Deixei o coitado pensando assim e até aceitei pegar , sem esquecer-me de agradecer, é claro.
Começou o jogo e só dava meu Santo. Foi bola na trave, goleiro salvando gols, fazendo milagres, zagueiros apavorados chutando a bola pra longe e nada deles nos atacar. Seria de goleada, estava na cara. 
- “Apita o arbitro. Termina o primeiro tempo.” Anunciou o radinho de um dos velhinhos.
Já no inicio do segundo tempo, domínio total do Glorioso. Mas, de repente, tudo começou a mudar.
Primeiro, foi o tempo. Aquele sol agradável do inicio da partida, deu lugar para nuvens carregadas e começou a desabar uma chuva forte. Como estava na arquibancada, no meio do povo e não tinha pra onde ir, entrei bem.
Os velhinhos? Todos com capas de chuva. Apenas eu estava ali, despreparado, parecendo um pintinho molhado. Mas como o jogo estava bom pra nós, aguentei. Estava...
Naquele segundo tempo encharcado só deu o Taubaté que ao contrario de nós, soube aproveitar as chances que criaram e fizeram 1x0. 
Isso foi demais pros velhinhos que sumiram dali, foram embora e deixaram-me só. Eu tremia feito vara verde ao vento, de tanto frio, mas fiquei firme. Conseguiríamos empatar. Somos melhores. Dai pra frente os minutos voaram. Eles nos apertavam, pressionando em busca do segundo gol, mas eu sempre acredito e sabia que sairia um gol logo, logo. E saiu... Pra eles novamente. 2x0.
Aqueles velhinhos sabiam de tudo, foram embora na hora certa.
O juiz apitou o final do jogo.
Todo mundo foi embora e eu fiquei ali sem saber exatamente o que fazer, encharcado, com frio, decepcionado e sem meus amendoins.
Mas não desanimei. Eu sou um otimista. Levantei-me, sacudi feito um cachorro que volta da chuva e fui embora. Ano que vem a gente chega lá.
Era bom de previsões também. E não é que chegamos mesmo.
Acredito sempre.


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

E se os Maias estiverem certos?



Caracas!!!
E se realmente os Maias estiverem certos, em relação ao fim do mundo?
Nunca parei pra pensar muito nisso, mas de repente me veio a cabeça, cenas de alguns filmes como: Armagedon, O dia seguinte, 2012, Presságio. Um após o outro, como num trailler... Será?
Comecei então a refletir sobre o que eu faria.
Depois de muito pensar e imaginar as maiores sandices, resolvi perguntar a alguns colegas como agiriam diante de tal situação e foi surgindo de tudo...
Um colega disse que faria um filho, pois sempre quis e ainda não tem... E?... Não, não é uma boa ideia e nem daria tempo pra saber se deu certo, pouco tempo pra confirmar.
Outro numa vigem sem fim, disse que faria amor com a belíssima atriz Nathalia Dill. Muita vontade e pouca probabilidade... Não vai rolar.
Já uma colega mais sensível  queria viajar ao nordeste pra ficar com sua mãe, já bem velhinha. Muito emocionante e acho que devemos estar pertos dos nossos mesmo, mas com o preço absurdo das passagens aéreas e a concorrência pra fazer o mesmo, não acredito que ela conseguiria.
Alguém contra pergunta. Mas como seria o fim do mundo?
Existe uma infinidade de possibilidades e opções. A implosão dos gigantescos vulcões subterrâneos, o choque de algo enorme que venha do espaço, o hiperaquecimento global, o movimento das placas tectônicas causando uma sequencia sem fim de tsunamis, a explosão do núcleo da terra e por ai vai. É muito difícil sabermos. A lista de possibilidades da exterminação humana é extensa e variada.
Olhe só as loucuras...
"Se acabar em água, visto uma roupa de mergulho e morrerei fazendo pesca submarina. Se for com fogo, aproveito pra morrer comendo churrasco. Esse era gaúcho. Se o planeta explodir, quero ser lançado a Vênus. Terei gelo demais. É só levar uns limões e uma cachaça e estarei bem. Se for em Tsunami, agarro minha prancha. Posso morrer mas terei pego a maior de todas as ondas."
Depois eu é que tenho sandices...
Mas seria um desperdício acabar com os brasileiros. Eles são bem isso aí... Até na desgraça, acham um jeito de se divertir e tirar um humor. Mas, depois dessas respostas, desisti de perguntar aos colegas. São inspirados e criativos demais.
Mas, e se os Maias estiverem certos? O que eu faria? 
Meu filhote deu-me a dica. "Eu não faria nada... Já que vai acabar, quero ir de boa... Sem canseira, loucura ou stress."
Bem, como dizia meu filhote caçula... "Se tende, tende".
Subirei no alto de um prédio com meu velho amplificador Marshal, com o alto falante furado, o volume no máximo, e cantaria "All you need is love", como os Beatles. Lógico que estaria com a jaqueta jeans com o logo dos Rolling Stones nas costas, mostrando a língua para o mundo. No peito, exibiria a águia do Queen, enquanto canto "Suspicious Minds" de Elvis.
Nos vocais, meus quatro filhotes fazendo coro em "Missing You" e em "Jani's got a gun".
Já imagino a grande paz que estaríamos...
Sabe de uma coisa, independente dos Maias estarem certos ou não, vou sair, comprar novas cordas pro meu violão e relembrar minhas músicas prediletas.



quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O menino da bolha de plástico

O menino da bolha de plástico




Titulo original: The boy in the plastic bubble

Diretor: Randal Kleiser

Gênero: Drama

Lançamento: 1976

Elenco: John Travolta, Glynnis O'Connors




Sinopse: 
A adolescência já não é fácil para um jovem comum, imagine para Tod Lubitch que nasceu com uma deficiência rara no sistema imunológico e foi "condenado" a passar o resto de sua vida dentro de uma bolha de plástico onde poderia ter um sistema esterelizado e viveria a salvo de bactérias e vírus que para pessoas normais não representam risco, mas para ele, poderia levá-lo à morte.Assista este filme emocionante que marcou época, baseado em uma história real e que traz a intepretação brilhante do então novato John Travolta e um elenco de apoio que inclui a gahadora do Emmy (O Oscar da TV americana) por este filme, Diana Hyland! 
 
 
Opinião: 
Mais um clássico, outro que marcou minha adolescência e me apresentou o cara que seris o cara nos anos 80, John Travolta. Esse é daqueles filmes que apesar de ser um drama, nos faz refletir sobre quando nossa coragem deve aflorar. Um filme dirigido com sensibilidade e emoção por Randal Kleiser. Vale muito a pena é imperdível.

# 119 - John Wooden

Pensamento Vivo - 119


"Preocupe-se mais com seu caráter do que com sua reputação, porque seu caráter é o que você realmente é, enquanto a reputação é apenas o que os outros pensam que você é." 


John Wooden

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Não desejo mal a quase ninguém


Eu também posso não gostar e pronto! Tô de mal.
Quando se é criança é muito mais fácil, basta dizer que está de mal e já "elvis".
Comigo acontecia sempre isso, com meus amigos, com meus irmãos, na escola e em tudo que eu participava. Afinal sempre tem um chato pra discordar ou não aceitar o que você tem absoluta certeza, só pra te contrariar ou ainda alguém que te aborreça, amole ou provoque.
Antigamente era muito melhor, bastava cruzar os dedos, beijá-lo e dizer "tô de mal", nem importava se era mal com "u" ou com "ele". Só o que importava, era deixar bem claro ao desafeto, que nunca mais queria vê-lo na minha frente. Tudo bem que esse nunca mais, durava a eternidade de um ou dois dias ou um pouco mais que algumas horas.
Era muito simples, tudo sumia e esquecia-se tudo assim, do nada. Mas quando a coisa era muito séria, era necessário cruzar o dedo mínimo com o desafeto e ficar enfim "de paz".
Às vezes durava um pouco mais, coisa de semana, principalmente com irmão mais velho, no meu caso, mais véio mesmo. Eles sempre acham que podem tudo, basta a mãe e o pai saírem e ninguém mais se lembra do ato da princesa Isabel. Está abolida a abolição, eles sempre pensam que somos seus escravos.
Hoje tudo mudou. Se algo parecido acontece, não adianta mais cruzar dedos e beijá-los. Não tem efeito.
Em algum momento foi desativado essa magia, ninguém entende quando.
Se pisarem na bola com você ou vice-versa, o "tô de mal", se transforma em "você me paga", o esquecer, não mais existe.
Mesmo aquela sinceridade explícita demonstrada imediatamente, que não havíamos gostada de algo, foi-se. Agora o que predomina, é o fuzilamento de olhar, a cada piscar é uma rajada ou o boicote nas ações com o planejamento da desforra. Sem contar com o beijo cínico... Puro veneno.
Nós crescemos, evoluímos e vamos ano a ano tornando-nos mais vividos, experientes e quando percebemos... O que fizemos foi regredir.
Nas rodas do café, na mesa do almoço, na beira do muro, o tempo todo é isso... Aquela é uma Naja... Aquele é um Casca(vel), só falta o guiso. A coisa é tão envolvente que nós mesmos que criticamos tanto, nos vemos fazendo a mesma coisa, agindo igual.
A essa altura, depois de alguns anos, trocamos esse "tô de mal" pelo "ignorar", mas não percebemos que somos nós mesmos que começamos a ignorar tudo. Ignorar que somos maduros e que poderíamos relevar alguns comportamentos fora do que chamamos "padrão". Chegamos até a ignorar a nossa própria vida e passamos a cuidar da vida dos outros.
Não podemos mudar tudo e acho que nem devemos tentar faze-lo. As coisas são como são.
Eu particularmente sigo a frase da música de Lulu Santos, "Não desejamos mal a quase ninguém...".
Afinal, ninguém é de ferro.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Quem não arrisca não...


Como quase tudo que faço, relaciono a sempre à alguma música, pergunto...
Lembra-se da música "Cotidiano" de Chico Buarque? Aquela que diz... "Todo dia ela faz tudo sempre igual...", essa mesma.
Pois bem, esqueça... Não vá jogar fora o CD, pelo amor de Deus!!! É Chico Buarque, o "cara" da MPB.
Digo só da letra e isso é um convite a renovar. Deixar de lado a mesmice, a rotina e os vícios comportamentais. Como sou muito intuitivo, procuro ter isso como pratica "nada igual na farmácia do Pascoal", frase de um antigo livro, sobre a repetição comportamental.
Muitas pessoas tem medo de se arriscar, de encarar novos desafios, uns por medo, outros por acomodação, mas ambos deixam escapar oportunidades de descobrir seus talentos ocultos, de encontrar novos amigos ou até amores.
Se tiver uma boa disciplina e força de vontade, qualquer pessoa consegue sair da mesmice, isso porque geralmente, ela está instalada no subconsciente e reluta pra ficar por ali, quentinha e aninhada. Como nosso cérebro sempre está mais disposto a repetir do que criar ou inovar, a força de vontade faz a diferença.
Os doidos de plantão, digo os entendidos, afirmam que temos cerca de 60 mil pensamentos por dia, e depois eu é que tenho sandices, o que fazer com tantos pensamentos assim. Mas o maior problema não é pensar tanto, eles ainda afirmam que, de todo esse universo de pensamentos, mais de 90% são quase os mesmo que pensamos ontem, ou seja, repeteco. Por isso acho que temos tantos dejavu.
Se estou indo em uma direção e de repente mudo e arrasto quem me acompanha, foi justamente pra fazer diferente. Não sou doido não, apenas gosto de inovar e não ser repetitivo.
Volta e meia é importante tirar o controle do piloto automático e ter sua vida nas suas próprias mãos, parar de deixar que a conduzam. É claro que também as vezes pagamos um preço maior com esses lampejos de "aqui quem manda sou eu", mas é um preço calculado. Sabemos que quando nos arriscamos de inicio algumas coisas demoram a responder, porém quando conseguimos, não há prazer maior.
Se quiser que algo aconteça de diferente em sua vida, pare de se repetir, faça você diferente e terá boas chances. Ouça mais músicas...
Se ainda não jogou o CD do Chico fora, ou não o tem, que absurdo, compre-o já, e escute essa música, é muito sugestiva para começar 2013 de forma diferente, mas continue com o beijo de hortelã, pois é tudo de bom. Não entendeu? 
Escute essa música.


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O garoto que podia voar


O garoto que podia voar


Titulo original: The boy who could fly

Diretor: Nick Castle

Gênero: Aventura

Lançamento: 1986

Elenco: Lucy Deakins, Jay Underwood, Fred Savage




Sinopse: 
Após a morte dos pais, num acidente de avião, garoto se fecha e não conversa com ninguém. Ele vive com o tio alcoólatra e é tratado como autista. Na escola, porém, se torna amigo de uma bela jovem, que conquista sua confiança e o faz "voar" sobre a cidade.

 

Opinião: 
Um filme que marcou minha adolescência  sensível e meigo. Deixa uma mensagem bonita sobre o que podemos fazer quando cremos e lutamos pra expandir nossas fronteoras. Muito especial esse filme.