sexta-feira, 28 de março de 2014

Como baixar vídeo aula

Com certeza você deve ficar muito parecido com a figura quando quer ver um vídeo ou vídeo aula e cai sua net ou a página não tem download. Com o Mozilla Firefox é possível e muito fácil baixar os vídeos das aulas assistidas na facu...

Se não for um usuário do Mozilla, poderá baixá-lo com facilidade, através de vários sites, basta procurá-lo no Google.
Depois de instalar o Mozilla Firefox, precisará baixar também um complemento. Utilize o caminho abaixo.


Depois de instalar o complemento ele pedira para reiniciar o Mozilla Firefox. Faça-o.
Quando reabrir o Mozilla, procure no alto do lado direito e encontrará um botão novo. São três esferas coloridas que ficam girando ou mesmo paradas em cinza.
A cada vez que for ver um vídeo e der o play, elas começarão a girar, coloridas, e aparecerá ao seu lado uma pequena seta preta. Quando isso acontecer é porque ela detectou um vídeo e então você poderá clicar na seta. Aparecerá o nome do arquivo (vídeo) que está sendo executado. Colocando o cursor sobre ele aparecerá algumas opções selecione download e clique.
Ele abrirá a janela para você escolher onde quer salvar.
Pronto.
A partir desse momento ele começa a baixar o vídeo.

Ao lado das esferas coloridas aparecerá uma barra com o tempo do download, quando terminar de preenchê-la pode assistir ao vídeo.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Falando com a TV

Fala sério.... Tem muita gente maluca por aí, além de falar com aparelhos eletrônicos, acreditam que eles respondem...

Já contei aqui como meu primo se comporta, quando assiste aos filmes de luta, em Filmes de ação, mas não é o único na família.

Assistir jogo do Palmeiras com meu padrasto era uma aventura a parte ou, às vezes, até teste cardíaco.

Assim que era ligado o televisor para assistir um jogo do Palmeiras, o silêncio imperava dentro de casa. Se fosse Palmeiras x Corinthians então, comentar algo que não fosse a favor do time palestrino, poderia ser risco eminente de vida.

Tudo começava logo de manhã, com o anuncio:

- Hoje, de tarde, tem jogo do Palmeiras na TV.

Traduzindo: A TV é minha nesse horário e os Corintianos próximos, favor se mandar.

Ele sentava de frente para a TV, colocava os cotovelos nos joelhos e fixava os olhos naquela caixa retangular. Eu ficava calado ao seu lado, sem perguntar nada e concordando com tudo.

Se o juiz errava, bem assim dizia ele, contra o Palmeiras, pronto. Ficava nervoso e não parava de se mexer. Falava mal do juiz, orientava o lateral a passar a bola para o meia, e se o lateral passasse a bola como ele orientou, elogia: "Isso! Tá vendo como é fácil, vai, vai...". Mas se ele errava...

- Burro! Como pode esse cara jogar no Palmeiras. Você não viu a marcação? Não pode ser.

Acho, que ele esperava que o jogador lhe pedisse desculpas pelo erro. Mas se esse mesmo jogador marcasse o gol, ele além de vibrar muito, olhava para mim e dizia: "Tá vendo como o cara é craque?".

Eu nem era doido de lembrá-lo, que esse era o mesmo jogador que ele não colocaria no time.

Mas em casa, não era só meu padrasto que agia assim.

Minha mãe assistindo TV, entregava o vilão toda vez que ele entrava em cena numa novela.

- Olha ele aí, minha filha. Ele tá roubando... 

Acho que ela acreditava que a atriz iria ouvi-la e pegaria o gatuno no flagra. 

Quantas vezes a ouvi falando para a atriz que o cara gostava dela, chamando-a de boba, por gostar do cara errado. Até se levantar bruscamente do sofá reclamando, ao ficar inconformada, com o comportamento de certo ator, seu preferido. Levantava-se, chegava perto da TV e apontando o dedo para o ator dizia:

- Não acredito que você fez isso. Não vê que essa aí é uma safada?

Com mamãe, até dava para pedir calma e relaxar, mas com meu padrasto...

Certa vez, aguardando carona até a rodoviária, fiquei sentado os noventa minutos do jogo, torcendo para o Palmeiras vencer e assim eu pudesse ir embora. O Palmeiras perdeu.... Até ele se acalmar para poder dirigir e me dar a carona, levou o mesmo tempo.

 

Imaginem esses dois assistindo algo em comum.... Indescritível.

 


quarta-feira, 19 de março de 2014

terça-feira, 18 de março de 2014

Fantasma na garupa

Meu Tio era abusado... Abusado e valente são as palavras certa para ele.

Quando pequeno, gostava de ir a casa da Tia porque sempre tinha um causo novo para ouvir. Recentemente perdemos a Tia, mas tanto ela como os causos sobre o Tio jamais serão esquecidos.
Conta-se na família que ele sempre foi de sair casa pra visitar os amigos e só voltava tarde da noite. Naquela redondeza e naquela época, diziam ser muito perigoso. Não como hoje, por causa da violência, mas pelos perigosos e misteriosos  acontecimentos que rondavam a região.
Numa dessas noites um dos amigos de meu Tio, companheiro de prosas e causos, o lembrou para não ir embora muito tarde, afinal a mulher da estrada estava aparecendo na trilha que ele pegava para voltar, sempre depois das zero hora. Como a cidade ficava um pouco longe, era recomendado que saísse mais cedo e assim evitar qualquer encontro.
Foi só o amigo falar e o Tio, valente ou abusado como diziam, levantou-se dizendo que não acreditava naquilo e que essa história era bobagem, exagero.
Os amigos se entre olharam e disseram;
- Amigo, não zombe não. Lá naquela trilha, perto da cruz que marca onde a mulher foi morta, muitos já a viram e se molharam todo.
- Dizem que ela sobe nas carcundas dos cavalos e faz os coitados sentá de tanto peso. - Disse outro.
- Fantasma pesado? Nunca ouvi falar disso. Pois eu vou lá hoje e quero ver isso de perto.
O homem era abusado mesmo e muito corajoso. Naquela noite, ele fez como havia falado. Ficou de prosa com os amigos e ignorou seus conselhos. Quando viu que já chegava o horário que devia sair, para chegar ao tal lugar perto da meia noite, lá foi ele montado em seu cavalo.
Já andava há algum tempo pelo caminho, que tinha como companhia só a lua bonita, cheia e os grilos barulhentos, quando percebeu que já chegava perto da cruz, onde a mulher aparecia. Parou o cavalo, retirou o relógio do bolso e viu as horas. Era quase meia noite. 
Afroxou as rédeas, soltou o cavalo e seguiu em frente.
De repente seu cavalo começou a relinchar e sair de traseira. Parecia que alguém estava puxando ele para baixo, pelo rabo. Quando voltou sua cabeça para trás, pra ver o que acontecia, deu de cara com uma mulher toda de branco e pálida, feito um fantasma. Ela estava sentada em sua garupa e sorria. 
O Tio não perdeu tempo. Rapidamente sacou seu punhal e o atravessou na boca, prendendo-o com os dentes.
Naquele mesmo momento o cavalo conseguiu se recompor e ele saiu em disparada pela estrada, sem olhar pra trás.
Se meu Tio se molhou como os outros que a viram, eu duvido. O homem era valente mesmo.
Hoje fico pensando como ficou a cara dos seus amigos, quando ele voltou à cidade no dia seguinte e contou sua aventura.
Ah! Aqueles sim, devem ter se molhado todo, só de ouvir a história e até imagino meu Tio, sentado num banco, rindo enquanto contava essa aventura.
Eita Tio valente.

E se a Tia contou, eu acredito.


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quinta-feira, 6 de março de 2014

Quando o sol se pos

Quando o sol se pôs,
olhava distante o horizonte,
mesmo que distante
vi sua tentativa de ficar.
A noite teimosa insistia
em sufocar o dia. 
Mas o sol laranja ao fundo,
lutava com todas suas forças,
pra mudar o sentido do mundo
e então permanecer.
Luta de enlouquecer,
que disputava minha torcida.
Seria a noite vencida,
seria a lua despedida?
Eu não tinha como saber.
E o sol forte, imperioso, 
que manda com energia, 
sairia ele vitorioso?
Mas a noite insistiu firme
trocou o sol pelas estrelas
e enfim, o sol então derrotou.
Triste vi o fim dessa disputa,
que manteve o caminho da vida...
E então, a lua então voltou.
Porém, como tudo é perfeito,
criados pela mão divina,
os dois novamente se enfrentariam
poucas horas depois.
Novamente ficarei triste
pela vitória do sol enfim,
pois entre sol e lua não tenho escolha,
quero-os perto de mim.


Sou Freitas

quarta-feira, 5 de março de 2014

terça-feira, 4 de março de 2014

Ciça e Lelé


Algumas pessoas que conhecemos por nossa passagem neste mundo, por muitas vezes nos impressionam muito assim foi esse casal especial, que conheci há muito tempo atrás..
Aquela criança quando chorou ao chegar no mundo, jamais poderia imaginar ser protagonista de uma história de amor, no mínimo diferente.
A família estava alvoroçada, acabara de nascer ali, naquele seco sertão nordestino, uma linda menina que soltava um choro comovente, a pleno pulmões. Seu choro misturava-se com o de sua mãe, mulher forte, de fibra e ao mesmo tempo frágil, com um corpo pequeno fraco. Era um cenário de alegria e felicidade. Seu nome foi escolhido por um jovem, filho de um amigo e vizinho da família. Ele sempre ajudava aquela família com as criações. Seria Cecília, como aquela música que ouvira na capital, em um pequeno radio a pilha. Era um sucesso  de uma dupla estrangeira, que lhe agradou demais.
O jovem rapaz, nos seus 16 anos, deu também a Cecília, o apelido que ela levaria por toda sua vida, Ciça.
Ele era conhecido por todos os moradores da região como Lelé, apelido que ganhou quando criança, depois de tanta peraltice. Diziam os mais velhos, que ele era meio lelé da cabeça, e assim ficou.
Depois de um mês, do nascimento de Ciça, Lelé, que todos os dias ia ver a menina, foi pego de surpresa por um convite do pai da pequenina.
- Lelé, eu mais a Dona Senhora, minha esposa, queremos que você batize Ciça, lá igreja de São Francisco. Você vai ser o padrinho de Ciça.
Foi um choque para Lelé, jamais esperava algo assim, até porque geralmente quem batizava era alguém mais velho e da família. Todos sorriam e aguardavam a resposta, quando a surpresa se inverteu.
- Obrigado seu Geraldo e dona Senhora, mais não posso não.
Ninguém entendeu nada, e ficaram boquiabertos quando o rapaz pegou seu velho chapéu de palha, que estava sobre a cômoda da sala, pediu licença e saiu da casa.
Daquele dia em diante, a família de Ciça foi se afastando da de Lelé e este nunca mais foi visitar Ciça. Parecia diariamente no trabalho com as criações, ajudando seu Geraldo, mas não voltou a casa para ver a menina. Seu Geraldo, algumas vezes até tentou puxar prosa, para entender o que aconteceu, mas Lelé desconversava e fugia do assunto.
Assim foi por muitos anos. Enquanto Ciça ia crescendo, Lelé se transformava em um homem e foi viver na capital. Por lá ele estudou e progrediu. Trabalhava numa empresa estrangeira, que exportava grãos para o mundo todo. Começou como carregador de sacas e aos poucos foi melhorando, até chegar a supervisor de sua área. Não voltou mais para sua cidade, todo mês enviava algum dinheiro para seus pais e até chegou mandar buscá-los para conhecerem sua casa e a capital.
Há quase 400 km dali, a imagem que se via, era de uma menina vistosa e cheia de energia, que crescia dia após dia, cuidando de cabras e de seus pais, já velhinhos. Começara também, a ir à escola da cidade vizinha e para isso andava quase 3 km toda tarde, voltando só no início da noite, sempre de carona com o homem do carro pipa, aquele que trazia água pra região.
Então, numa tarde de sexta-feira, Lelé recebeu uma ligação. Seu pai falecera. Preparou-se e voltou para sua cidade, para despedir-se do velho pai. Lelé agora era um homem maduro, com quase quarenta anos,  não casou ou constituiu família, sua vida era apenas trabalhar e enviar dinheiro aos pais. 
Quando chegou, viu que quase nada mudará na sua pequena cidade, tudo estava exatamente igual à antes. Ou quase tudo.
No velório de seu pai, recebeu os pêsames de muitos amigos de sua família. Até que entrou seu Geraldo. Ao seu lado vinha uma moça muito bonita, de cabelos longos e vestido, discreto num tom marrom. Era Cecília. Ele não a reconheceu de imediato, mas se interessou pela moça. Quando seu Geraldo veio em sua direção para cumprimentá-lo, percebeu que apesar de tanto tempo o homem não havia perdoado da desfeita que ele lhe fizera, mas apertou sua mão firmemente dando-lhe pêsames e o convidou a visitá-lo e jantar em sua casa depois do enterro.
Tudo ocorreu como esperado, Lelé enterrou seu pai, levou sua mãe até a velha casinha, agora reformada com o dinheiro que enviara, e deixou-a com a tia, que ainda ficaria por ali alguns dias para consola-la.
Antes de ir embora para capital, Lelé tinha que ir até a casa de seu Geraldo jantar, como prometera e assim o fez. Chegando lá foi recebido sem muita cerimonia e antes de sentar a mesa para o jantar, ficou na varando conversando com seu Geraldo e sua filha. Seu Geraldo contou-lhe da morte de Dona Senhora e de quanto tinha sofrido com isso, que até perderá as forças e sua filha é quem cuidava de tudo. Ali nasceu um encanto sem fim, da menina por aquele homem e parecia ser o mesmo, da parte dele também. Aquela não foi à única noite que Lelé foi jantar na casa de seu Geraldo, a partir daquele primeiro jantar vários convites foram feitos a Lelé que compareceu a todos. Todos os meses vinha da capital para ver sua mãezinha, que a morta também a levou cinco meses depois, até aquela noite de verão...
- Seu Geraldo, queria te pedir a permissão para namorar Ciça.
O espanto foi geral, até a moça não esperava por essa. Seu Geraldo o olhou fixamente e disse:
- Seu Lelé, o senhor rejeitou batizar a minha menina e acho que é um tanto velho para ela, então eu te digo que não. Não faria gosto de ver isso acontecer, mas é ela quem decide e se ela quiser, farei gosto.
Diante de tanta firmeza na maneira de falar do velho senhor, os presentes viraram a atenção para a moça, que ainda sem jeito pela surpresa respondeu:
- Aceito.
Quando os conheci, eu era apenas um jovem rapaz, que ficou encantado com essa história toda e que, a partir daquele dia, acreditou que o amor era possível, independente de qualquer condição, e é Deus, que cuida de nosso destino. Lelé e Ciça viveram felizes e contentes, sempre divulgando sua história a quem estivesse disposto a ouvir. O carinho entre eles era coisa bonita demais de se ver.
Lelé já partiu deste mundo e Ciça não sei por onde anda, mas deixaram saudades.



sábado, 1 de março de 2014

Quebra queixo, pururuca e o algodão doce.

Muitas coisas que no meu tempo de criança se perderam, mas a lembrança do Quebra Queixo me dá uma saudade...
Bastava sair à rua, que tudo acontecia. A molecada aproveitando o finalzinho das férias, mesmo com o calor que parecia insuportável e que, comparando com hoje, faz me pensar que era até fraco.
Logo cedo, íamos do campinho de jogar bola, pra frente da fábrica jogar bola de gude ou mesmo soltar pipa no morro da escola. Não havia fim na lista de brincadeira e jogos. As férias eram tudo de bom.
Mas naquela época havia também, sons que nos despertavam e atraiam nossa atenção, muitas vezes nos fazendo largar tudo, qualquer brincadeira e correr em sua direção. Um deles era meu preferido, o famoso Quebra Queixo.
Quando ouvia seu som, largava tudo, corria para casa pedir uns trocados para minha mãe e voltava na mesma velocidade, para comprar um pedaço daquela delícia. Pedaço sim... O homem os vendia em uma forma com o doce inteiriço, e com uma espátula tirava um pequeno pedaço, servido de um pequeno papel para ampará-lo. Então era momento de sentar na guia, ou sarjeta como queiram, e apreciar aquela delícia.
Hum... Ainda sinto o gostinho do cocô com açúcar. 
Essa a base daquele saboroso doce. Doce que levava esse nome de "quebra queixo", por que era um tanto duro, devido à composição do coco e açúcar. Virava um concreto, mas era muito bom. Era mordê-lo e esticar aquele fio de caramelo. Demais...
O homem era um nordestino que usava um pedaço de madeira com um ferro preso a ele em arco. Quando movimentava de um lado a outro, o ferro batia na madeira sem parar. Parecia uma matraca e tinha um efeito imediato.
Já a pururuca, nem faço a ideia do que era feito. Lembrava o couro de porco bem tostado com um sabor e cheiro muito marcante. Esse era comprar e ir comer em casa, senão já era. Era um tal de "Me dá um teco" daqui e dali, que eu ficava sem ele rapidinho. Esse era vendido por uma senhora que andava com um avental amarrado a cintura, com um cesto enorme na cabeça.
Mas acho que o mais disputado era o algodão doce. Esse tinha o poder de acabar com toda e qualquer brincadeira, mesmo. 
Era escutar aquela buzina, o saudoso "fon, fon", e todos ficávamos malucos. Era uma correria só.
O Tiozinho do Algodão, assim era tratado o vendedor, era um velhinho simpático que carregava um isopor, com dezenas de algodão doce dependurado. Lembro-me que era uma placa de isopor branco, já bem amarelado pelo sol, tendo nela espetados os algodões, sempre brancos, dentro de sacos transparente e fixados num espeto. Algumas vezes vinha com uma máscara de papel ou uma bexiga, colados na embalagem.
Se eles tinham controle de produção, selo de algum órgão de saúde, classificação de nutrientes ou de suas composições. É claro que não.
Mas nunca soube de algum caso de um moleque passar mal por comê-los.
Opa! Um som familiar na rua...
Droga... Era apenas o meu cachorro Twoo, arrastando uma lata.

Que saudade me deu agora...






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