sexta-feira, 26 de junho de 2015

O meu Long Play do ZZ Top

Na minha época, dizer que estava morcegando, era estar com o radar ligado, só observando o que acontecia ao redor, apreciando o movimento. Hoje o significado mudou.
Desde sei lá de quando, três anos mais ou menos, descobri uma radio online muito show, uma comunicação incrível. Era o dia todo com o melhor do rock, quando a internet permitia. Foi assim...
Estava eu morcegando pela internet, buscando algo sobre rock, quando dei de cara com a MorcegãoFM. 
No início, confesso que achei que era apenas mais uma radio rock, engano meu. Era é a radio rock.
Desde meus tempos da 97FM, com Ciro Bottini, magrelão com cabelos longos e um óculos tipo garrafão ou mesmo com a RBR-Berin, uma loucura que até hoje não entendo como fiz aquilo, eu não ouvia uma radio rock que me prendesse a atenção. Então pensei porque não contar pros "véios" de plantão.
Bastou mostrar pra um ou outro amigo que a coisa se alastrou.
Hoje todo mundo por aqui, é só Morcego
E por falar na antiga 97FM, rock do bom, os caras que trabalhavam nela, naquela época, já não batiam bem dos pinos e comecei a imaginar como estariam eles agora.
Certa vez, estava eu por lá, na rádio,  consertando o KS dos caras, um aparte, KS era um tipo pabx, uma central telefônica, véio pacas, voltando... Estava eu lá, labutando, quando o Ciro disse que ia rolar naquele momento, o sorteio para quem havia ligado durante seu horário. O prêmio seria de um LP do ZZ Top, um clássico. Eu precisava entrar no estúdio, para consertar seu ramal e ele não saia do ar. E então ele começou...
- Vamos lá, vamos ver quem é o sortudo que vai levar essa sonzeira do ZZ Top.
Arrisquei e acenei de fora da sala de som, sinalizando que precisava consertar seu ramal e ele mostrou-me o dedo do meio e fez sinal pra que entrasse e ficasse em silêncio. Então, de repente olhou-me ali, ao seu lado, me encarando. Eu ali parado, com uma chave de fenda na mão e a mala de ferramentas na outra. Empurrou a cadeira para tras e perguntou baixinho pelo meu nome,
- É Freitas.
- Então vamos lá gente... Vamos ao sorteio, que eu quero ir embora... Atenção, sorteando... E o ganhador é... é... O Freitas, daqui mesmo, de Santo André. Meu chapa você tem até o final do expediente comercial pra retirar sua preciosidade. Valeu gente, fique com o som do Marillion que eu já fui.
Ainda parado ali, sem saber o que acontecia, vi ele jogando o LP na minha direção, larguei tudo na hora fazendo o maior barulho e agarrei o disco voador. Ele soltou o som do Marillian e chamou-me:
- Vamos tomar um café, depois você conserta essa merd...
O pessoal já estava todo na porta do estúdio para ver o que tinha acontecido, de onde veio aquele barulho todo
Tempos bons eram aqueles. Ouvia o Ciro todos os dias, aquela era a radio, a minha preferida.
Num dia desses rodando canais, vi o cara novamente, o Ciro, totalmente desfigurado daquele maluco da 97FM. Já não tinha cabelos longos e muito menos os óculos garrafão, mas a voz era a mesma. É lógico... São outros tempos, mas na boa...
Ainda prefiro o apresentador maluco dos anos 80.

Também fui!

Pra quem quer ouvir rock do bom...


domingo, 21 de junho de 2015

Ganhar dinheiro na internet - I

Aprovado! Esse paga mesmo.
Existem dezenas de sites de pesquisas na internet para você ganhar algum dinheiro e por experiência própria, sei que realmente é possível.
Responder essas pesquisas, além do premio ou pagamento, nos dá a oportunidade de  conhecer muitas coisas que o mercado deverá lançar breve.
Essas pesquisas são uma forma de empresas e outros segmentos,conseguirem nossas opiniões sobre as necessidades do mercado e sobre  produtos ou serviços. Assim conseguem melhorá-los ou como melhor apresentá-los.
Você não ficará milionário respondendo pesquisas, mas se for aplicado, conseguirá ganhar uma grana significativa que poderá ajudar seu orçamento.
Normalmente, basta se inscrever e começar a receber as pesquisas por e-mail. Quando respondidas o até o final do questionário, você ganha pontos e esses podem ser convertidos em dinheiro ou prêmios.
A seguir 2 sites que participo e que realmente já recebi um bom dinheiro.

1. GlobalTestMarket

O melhor na minha opinião, Você acumula 1150 pontos e troca por U$ 50. Poderá receber um cheque em sua casa, o que levará 6 semanas depois que solicitar o pagamento ou receber até em 10 dias pela Paypal. Quando não conseguir completar as pesquisas, ganhará cupons para concorrer ao sorteiro de vários prêmios, por trimestre. Você também pode ganhar pontos indicando outros participantes.
A Global paga no prazo, direitinho e você pode receber via Paypal.




2. The Panel Station

Este paga U$ 6,50 por cada 3200 pontos, que você poderá conseguir respondendo apenas duas pesquisas. Mas não pensem que é fácil assim, você tem que completar o questionário inteiro, o que não é sempre possível. Seu pagamento é pela Paypal.




Se quiser saber de dicas ou mais informações entrem em contato, por comentário ou e-mail. Em breve divulgarei outros.
Boa sorte

ademirdefreitas@hotmail.com

segunda-feira, 1 de junho de 2015

De Nagoya à Recife... Parando em Tuvalu.

Quando apareceu aquele concurso nos jornais, destinados apenas `à brasileiros, japoneses e descendentes, muitos pensavam que poucos se inscreveriam, mas Recife pegou fogo. Foram 30,os concorrentes inscritos na cidade. Uma grande disputa sobre qual país seria campeão foi crescendo.Apareceram representantes dos dois paises,com direito até a comitivas vindas direto de Tóquio, Japão.
Depois de algumas seletivas, chegou o dia da final. Havia festa em todo canto do Recife, com bandeirolas e cantoria de cada país. Chegou ao ponto das torcidas desfilarem e cantarem vitória pelas ruas. Via-se o Maracatu, Samurais, Gueixas, tudo que relacionasse aos dois países na cidade. Uma febre tomou conta de Recife.
- Boa tarde! Sou o apresentador da incrível final dessa disputa culinária entre Brasil e Japão.
- Passamos da segunda fase e entramos na penúltima. Nesta fase, a melhor comida levará seu autor a disputa do prêmio principal. - Anunciou o anfitrião a todos os dez participantes classificados  e a toda imprensa brasileira e nipônica presente.
Tinham classificados vários cozinheiros brasileiros, japoneses e descendentes, todos especialistas na gastronomia de seu país de origem. A competição consistia em fazer o prato mais saboroso entre as culturas ou uma inovação que tivesse como base, a cultura dos países participantes: Brasil e Japão. Por isso o título do concurso era: "Do Brasil ao Japão em colheradas".
- Os competidores não podem repetir os pratos feitos até essa fase e deverão entregar seus novos pratos para avaliação, em trinta minutos. O júri apreciará cada um deles e sinalizará os três melhores. Depois passaremos direto para a final, onde os jurados apresentarão o vencedor. E... Vamos á cozinha!
Todos correram para as suas devidas cozinhas, instaladas na praia de Boa Viagem, com tudo que os mestres cucas precisavam. Como todo espaço era aberto e exposto ao público e aos jurados, ficava mais difícil para os competidores, porém muitos já tinham partes de seu prato semi pronto, mas tudo preparado ali mesmo, de frente para o mar.
Lá foram os competidores ao fogão e aos poucos foram sendo depositados os pratos diante dos jurados. Esses foram experimentando, classificando e eliminando um a um.
- Este fora, né. - Dizia um jurado representante do Japão.
- Vixe! Mas que coisa de doido. Este tá dentro. - Dizia um representante brasileiro.
- Hummmm... Muito bom, "Dentlo!"
- Mas que coisa mais saborosa, sô. Pode botá esse como bom.
Assim foi, prato a prato. Os jurados selecionaram cinco  e decidiram reunirem-se para discutir, saborear novamente os prato e então decidir quais seriam os três finalistas.
- Atenção! Atenção, senhores e senhoras. Os jurados chegaram a decisão e aqui na minha mão estão os três classificados... Vamos a eles...
- O primeiro, é um representante do... Japão! - E ouviram-se vários aplausos e gritos, todos em concordância pela perfeita escolha. - Aproxime-se meu amigo, venha até aqui para que todos o vejam.
O representante japonês era um homem bastante maduro e conhecido internacionalmente como um grande cozinheiro, ganhador de vários prêmios.
- Muito bem, muito bem...  O segundo é o representante do... Brasil! - O mundo veio abaixo, um brasileiro estaria na final. Um feito muito comemorado entre gritos, aplausos e até fogos. Não paravam de gritar Brasil, Brasil.
O brasileiro também era um homem mais vivido, já com certa idade, mas também um renomado cozinheiro, conhecido em todo país e mundo afora.
- Calma meus amigos, ainda temos o terceiro classificado. Ele é o representante do... Do... Esperem um minuto, por favor.
Diante o espanto de todos os presentes, o anfitrião foi até os jurados, mostrou a ficha de classificação, discutiu e voltou ao microfone para anunciar.
- Então, o terceiro é o representante do... Tuvalu!
Este era um jovem, muito pequeno, mas tão minúsculo, que mal perceberam sua presença entre os competidores.
Todos que se preparavam para aplaudir ficaram parados e começaram a perguntarem um para o outro se aquilo estava certo. Tuvalu? Existia um país chamado Tuvalu?
- Tuvalu?
Mesmo sem entender bem ao certo o que acontecia todos vibraram e lá foram os três para saber qual o prato que seria escolhido e quem seria o vencedor.
Os três classificados aproximaram da mesa de jurados, que tinham três placas com os números da classificação que deveriam levantar e mostrar para cada participante. Todos ficaram em silêncio para ver qual a placa que levantariam e para quem seria destinada.
Os jurados estavam muito confusos, ameaçavam levantar uma placa e baixava imediatamente. Sinalizavam para os concorrentes, mostrando aos demais e voltavam a discussão. Foi assim durante quase vinte minutos, quando a plateia começou a ficar impaciente e a fazer bastante ruídos, pedindo a decisão. Ouviam-se ao fundo gritos de Brasil e Japão. Então um jurado italiano mais exaltado,  levantou-se, pegou uma placa que estava virada para a mesa, para que ninguém a visse e olhou novamente para os demais jurados dizendo:
- Já que ninguém decide e que ninguém consegue afirmar qual o prato ganhador... Digo eu. Como eu, todos os meus companheiros estão em dúvida e acham que houve um empate. Eles têm razão. Ficou muito difícil decidir diante dos três pratos tão saborosos, então eu dou o meu voto de desempate. E ele vai para o representante do... Tuvalu!
Não houve aplausos, não houve reações. Todos estavam parados e só pronunciavam... Tuvalu? Todos esperavam como ganhador o Brasil ou o Japão, ninguém sequer sabiam onde ficava Tuvalu.
Diante de tanto silêncio o apresentador pegou o microfone e aproximou do jovem que parecia um tanto assustado.
- Tudo bem, senhoras e senhores, eis aqui o ganhador. Qual é o seu nome?
- É...
- Calma rapaz, sei que está emocionado, mas diga para nós sabermos qual é o nome do campeão.
Ainda assustado, mais pelo silêncio do que pela vitória, com um sotaque meio confuso disse:
- Sebastião Matsuyama da Silva.
- Sebastião Matsuyama? Você é mesmo de Tuvalu, certo? Você é descendente de qual país?
- Sim, nasci em Tuvalu. Meu pai é Alcides da Silva, daqui de Recife, Brasil... - Houve então uma explosão de gritos e aplausos interrompendo o vencedor. - Brasil, Brasil. - Os fogos foram de novo lançados ao céu, explodindo multicores. via-se por todos lado brasileiros abraçando-se e japoneses, sem reação, sem entender nada.
- Ok, ok... Por favor, silêncio... E sua mãe? - Perguntou o apresentador pedindo calma insistentemente a plateia.
- A minha mãe? É Kaye Matsuyama, de Nagoya, Japão. - Nova explosão de gritos e aplausos se deu. E os gritos de Nippon e Japão, chegaram a todos os ouvidos presentes. Agora era a vez dos japoneses pularem e gritarem.
- Filho de brasileiro com Japonesa, que nasceu em... Tuvalu? Quem diria... O prêmio principal vai para os dois países! Quero dizer três! Como foi isso?
- Meus pais estavam viajando em férias, quando minha estava já de quase nove meses. Mamãe queria que eu nascesse no Japão e papai insistiu que fosse no Brasil, como não chegaram em acordo resolveram passar o restante das férias em uma ilha. e escolheram Tuvalu.
Todos então comemoraram juntos, brasileiros e japoneses. Todos abraçados e sorridentes.
- Que história... Quem diria. E qual foi o seu prato, campeão?
- Sashimi de bode.
- Sashimi de que?
- De bode.
- Isso existe? Não pode ser... Isso não existe senhores jurados... - Questionou o apresentador surpreso.
- Eu fiz, senhor. Usei tempero brasileiro com japonês e a carne ficou macia demais.
O apresentador sem palavras olhou para os jurados, que se levantaram em uma perfeita “Ola mexicana” e mostraram o sinal de positivo.
Diante de uma plateia eufórica de ambos os países, que já comemoravam e gritando Brasil e Japão, o apresentador levantou o braço do ganhador, gritando emocionado.
- Viva o Japão! Viva o Brasil! Viva o...

- Da onde você é mesmo?