Vamos lá... Está preparado para isso? Então
bora lá.
Recentemente fui questionado
por que parei de lutar pela causa? Ops...
A inclusão nunca saiu da minha
pauta, mas o tempo deturpou um pouco isso. Nem poderia ser diferente, já que
faço compras, vou (ia) a cinemas, visito pessoas, trabalho (tenho uma casa para
pagar) e acima de tudo vivo.
Não é o caso de deixar para lá,
principalmente porque necessito disso. O problema é só porque estou ficando
velho, com mais dificuldades de locomoção e de saco cheio da hipocrisia. Nada
mais que isso.
Não quero lutar por direitos,
eles já são meus. Aí vem alguém que diz, "mas temos que fazê-los serem
respeitados. Ora, me respeite você. Lutei tanto e você vai votar em ladrões
pela cor de sua bandeira, sua procedência, porque acha sua arrogância louvável
ou porque ele está contra isso ou aquilo... me poupe.
A minha verdade, e não precisa
segui-la ou aceitar, é que trocam 6 por meia dúzia. Sempre.
Existem departamentos,
conselhos, partição, grupos, canais, páginas... todos oficiais, todos
especialistas, todos dedicados em defender "a causa". Isso me causa
enjoo. Tenho que engolir isso quando vou estudar, votar, trabalhar ou mesmo
tomar uma cerveja num bar. Existem programas disso ou daquilo, que representam
diversidades, sempre em busca de um tratamento justo. Justo é respeitar o bem
senso.
A solução é única, faça
acontecer e pronto.
Não dê emprego pensando em
engajamento ou diversidade, dê pensando ser uma pessoa capaz, profissional,
dedicada e muito mais esforçada. É horrível ouvir que é uma correção
social. Nossa cultura é tão atrasada que cota ainda é vista como um primeiro
passo. Já os demos há muito e nada mudou. O segundo passo, sempre é discutível.
Empatia não é me carregar nos
braços e sim perguntar o que preciso para ultrapassar por mais aquele
obstáculo. Não é criar um grupo ou programa para "cultuar" essa
importante tendência que poderá lhe abrir mercados, mas sim reconhecer que
podemos muito mais.
Precisamos de ajuda sim, com
obstáculos (imposto por aquele que hoje pensa “no que podemos fazer?"),
com tecnologia me nos auxilie e não substitua, com líderes empáticos e não
carreiristas de resultados.
Está bom, vou parar por aqui.
Até porque quem lerá? Quem se preocupará em fazer algo em relação a tudo isso?
Ah... desculpem... sou
deficiente físico, sim. Isso só altera se você leu e pensou... eu sabia.
E eu, só estou velho.