sábado, 27 de fevereiro de 2021

Entendimento

 

Vamos lá... Está preparado para isso? Então bora lá.

Recentemente fui questionado por que parei de lutar pela causa? Ops...

A inclusão nunca saiu da minha pauta, mas o tempo deturpou um pouco isso. Nem poderia ser diferente, já que faço compras, vou (ia) a cinemas, visito pessoas, trabalho (tenho uma casa para pagar) e acima de tudo vivo.

Não é o caso de deixar para lá, principalmente porque necessito disso. O problema é só porque estou ficando velho, com mais dificuldades de locomoção e de saco cheio da hipocrisia. Nada mais que isso.

Não quero lutar por direitos, eles já são meus. Aí vem alguém que diz, "mas temos que fazê-los serem respeitados. Ora, me respeite você. Lutei tanto e você vai votar em ladrões pela cor de sua bandeira, sua procedência, porque acha sua arrogância louvável ou porque ele está contra isso ou aquilo... me poupe.

A minha verdade, e não precisa segui-la ou aceitar, é que trocam 6 por meia dúzia. Sempre.

Existem departamentos, conselhos, partição, grupos, canais, páginas... todos oficiais, todos especialistas, todos dedicados em defender "a causa". Isso me causa enjoo. Tenho que engolir isso quando vou estudar, votar, trabalhar ou mesmo tomar uma cerveja num bar. Existem programas disso ou daquilo, que representam diversidades, sempre em busca de um tratamento justo. Justo é respeitar o bem senso.

A solução é única, faça acontecer e pronto.

Não dê emprego pensando em engajamento ou diversidade, dê pensando ser uma pessoa capaz, profissional, dedicada e muito mais esforçada. É horrível ouvir  que é uma correção social. Nossa cultura é tão atrasada que cota ainda é vista como um primeiro passo. Já os demos há muito e nada mudou. O segundo passo, sempre é discutível.

Empatia não é me carregar nos braços e sim perguntar o que preciso para ultrapassar por mais aquele obstáculo. Não é criar um grupo ou programa para "cultuar" essa importante tendência que poderá lhe abrir mercados, mas sim reconhecer que podemos muito mais.

Precisamos de ajuda sim, com obstáculos (imposto por aquele que hoje pensa “no que podemos fazer?"), com tecnologia me nos auxilie e não substitua, com líderes empáticos e não carreiristas de resultados.

Está bom, vou parar por aqui. Até porque quem lerá? Quem se preocupará em fazer algo em relação a tudo isso?

Ah... desculpem... sou deficiente físico, sim. Isso só altera se você leu e pensou... eu sabia.

E eu, só estou velho.

 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Ressabiado

Não sei se com vocês também é assim, mas eu ando meio... ressabiado.
De manhã até a noite, qualquer horário que ligo a televisão, o assunto é Covid19 ou política.
De política nem quero falar, cada um tem o argumento que mais lhe agrada para defender um lado ou atacar o outro.
Já de pandemia...
Está igual a política.
Temos três vacinas, cada qual com seu percentual de "eficácia", o governo compra as três e cogita mais duas e eu nesse mundo vacinal, nem sei o que aplicaram em mim.
Tem gente, médicos conceituados, que defendem tudo isso, mas do outro lado tem os que "alertam" que tudo isso está sendo exagerado, guiados para criar o caos, para interesses de outros.
Remédios preventivos, defendidos e atacados, com um vigor assustados.
Penso: E se esses "lados" baixassem um pouco a guarda e conversassem, acredito que chegaríamos a um comum do bem.
Lembro: Ano que vem é de eleições... Eles também lembram disso.
Com certeza pediram o VAR da política, para mostrar o que fizeram ou não.
Então melhor esquecer, colocar a máscara, ficar em casa e agradecer por mais um dia.



domingo, 7 de fevereiro de 2021

Pedidos aleatório a quem possa atender

Por favor...,

Fazei-me que procure mais, 

pois não sei onde guardei e nem sei se perdi;

Ajudai-me a entender,

pois só eu não ri e até disso riram;

Fortalecei-me entre os amigos, 

já que só eu corri ao banheiro, devolver a cerveja;

Protegei-me do forte,

pois não sabia que ela era casada(não que eu...);

Orientai-me que me ache, 

pois já que nem sei o que faço aqui;

Enfim, ensinai-me, 

já que errei de novo na ortografia e concordância.

E assim... Foi.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

A máquina de café


 E
ra o ponto de encontro no começo da tarde.

O primeiro a chegar até a máquina foi ele, o Saile.

Chegou bem confiante, parou em frente ao café, colocou as mãos na cintura e balançando nas pontas dos pés, ficou observando as opções.

Esticou o braço, foi com seu indicador até um dos botões e retornou rapidamente. Com certeza não pegaria isso. Afastou-se um pouco. 

Diante de sua dúvida outro colega chegou e escolheu um item. O cheiro gostoso parece que o fez decidir. O colega voltou para seu trabalho com o copo a mão e ele ficou ali olhando até ele sumir de sua visão. 

Pensou mais um pouco e ariscou novo avanço com seu dedo. Chegou até relar no botão, mas novamente recolheu sem selecionar algo, balançando a cabeça negativamente.

Chegaram mais dois amigos e ele se afastou deixando-os pegar algo. Provavelmente para ver o que pegariam, aí quem sabe se decidisse.

Enquanto os dois colegas conversavam, ele ficou observando um café fresquinho cair no copo. Isso o ajudou a decidir. O problema que o outro escolheu um chocolate cremoso, que encheu o espaço com seu cheiro e ele mudou a opinião.

Parecia que as opções oferecidas estavam tornando sua decisão complicada.

Agora se aproximaram três colegas, conversando entre si e gargalhando. O cumprimentaram e cavalheiro, permitiu que elas tomassem sua vez. Um gentleman.

Ficou ali ao lado, sorrindo a cada vez que alguma delas virava-se para ele. Esperou calmamente cada uma pegar sua opção e quando a última se afastou da máquina, parou a energia no prédio.

Ele meio sem jeito se aproximou do bebedouro ao lado da máquina e comentou com as meninas.

- Está muito calor pra tomar café, não é? Melhor uma água fresquinha.

- Mas o bebedouro também é elétrico.

Discretamente e sem graça, colocou seu copo vazio sobre a máquina e saiu de fininho.

Depois de uns 10 passos em direção a seu setor, a energia voltou.

Ele olhou para a máquina, depois para as meninas que também o olhavam e voltou a sua mesa.