Mente aberta.
Não perdemos tempo e começamos com um beijo matinal e, isso sim, é um bom dia.
Sabíamos que seria hoje, a qualquer momento.
Trocamos olhares, no café da manhã, enquanto levamos a xícara do saboroso líquido à boca, e encostamos nossos pés, sob a mesa.
Ela, como sempre, estava radiante. Vestia um vestido verde muito claro e, interessantemente curto, com um leve decote. Linda, mostrava através de seu sorriso, o quanto estava feliz.
Enquanto recolhíamos a louça do café, nossos dedos se tocavam, quase sem querer. Porém, via-se nela, que algo parecia estar incomodando. Talvez a preocupação de deixar-me fazer isso, e eu entendia.
Comigo, não era diferente. Confesso estar muito apreensivo. Tinha um certo receio de não fazer direito. Afinal, era minha primeira vez. Mas ambos sabíamos que era inevitável. Sabíamos também que, a partir desse momento, estaríamos mais próximos, que faríamos outras vezes e a responsabilidade dela, era maior. Afinal, era mais experiente. Tinha que me deixar relaxado e permitir que descobrisse o quanto isso iria ajudar-me.
Nossos comentários eram curtos e diretos, como que evitando o que queríamos falar. Tenho certeza que ela percebeu minha tensão e então, procurava deixar-me mais descontraído, evitando falar no assunto.
Enquanto escutava a água da torneira cair, sobre os pratos que ela enxaguava, me dirigi ao local onde tudo se daria e fiquei a esperá-la.
Após alguns minutos observando tudo e imaginando por onde começar, ela chegou, silenciosamente, e me abraçou por trás, falando bem baixinho.
— Vamos agora? — Estremeci.
Confirmei que estava pronto, virando-me, ficando em frente a ela e tocando seus lábios, levemente.
Então me afastei e retirei um lençol azul, que também aguardava sua primeira vez. Havia comprado há dois dias e esperava esse momento para deixá-lo pronto.
Ela encostou ao meu lado e entregou-me o vestido, que já estava em sua mão.
— Coloque ele ali, sem enrolar.
Foi-me passando peça por peça de suas roupas, enquanto eu olhava, um pouco constrangido, e depois fiz o mesmo. Peguei as minhas e coloquei sobre as dela.
Olhamo-nos, novamente, e ela falou:
— Feche a porta, por favor. Pronto. Agora, podemos começar.
Com um nervosismo aparente, ergui minha mão e ela me corrigiu.
— Aí não, só depois. Primeiro aqui, mas, com cuidado. É muito sensível.
Então, apertei bem de leve o botão iniciar, e a lavadora de roupas funcionou.
O que!?
Você pensou que fosse...
Oras! Você só pensa... Naquilo...
Como é difícil a vida para um homem.