quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Então é Natal...


2019, já está indo para a casa do chapéu.
Ops, essa é outra postagem. Antes vem o Natal.

Para começo de conversa, deixa eu esclarecer uma coisa: o meu Natal começa sim, com maiúscula. Não me venham comentar na postagem, apesar que ninguém faz isso mesmo, que maiúsculo é para nome próprio, besteira isso. Tem muito nome próprio por aí em corpo minúsculo. Entendeu?
Então, não tô nem aí, se o Natal é com minuscula ou maiúscula,e não estou falando da linda cidade nordestina, esta sim, é com maiúscula mesmo. Só quero afirmar, mais uma vez, a grandeza do meu Natal, com letra maiúscula. Vamos lá... Que já estou na metade do texto e nada falei.
Então é Natal...
Época de sorriso fácil, de bom dia verdadeiro e aperto de mão sincero, ou abraços para que é mais corajoso.
Dias em que me faço consumista, sim.
Quero presentear todo mundo, enfeitar minha casa e deixá-la iluminada com minúsculas, ou maiúsculas, luzes coloridas. Quero ver a agitação nas ruas de comércio, esperar ansioso a cesta, ou cartão, de Natal da empresa. Não abro mão de sentir o cheiro gostoso de panetone nos supermercados e da alegria das crianças olhando brinquedos.
É Natal e tudo isso me deixa mais leve e feliz.
Está certo. Não conseguirei comprar presentes para todos que estimo. Uma pena, adoro o sorriso deles quando entrego.
Também é certo, que não conseguirei enfeitar e iluminar minha casa como desejaria. Meus filhotes caninos, iriam comer tudo que estivesse no alcance de suas bocas e até as que não estivessem. São ninjas, fazem coisas inacreditáveis.
Outra coisa certa, é que não andarei pelas ruas da cidade, pelo menos não a pé. O povo anda com tanta pressa, que provavelmente me derrubariam em alguma loja ou calçada. "Em tempo: uso bengala"
A mais doída, é que acho que nem a cesta de Natal receberei. A empresa em pleno dia 05 de dezembro, nem se manifestou a respeito e informa passar por dias, digamos... Não tão natalinos. Em anos anteriores, logo no dia primeiro do mês já sabíamos. Sei lá.
Parece que, o que verdadeiramente me restou, é o cheirinho dos panetones. Só o cheiro mesmo, porque os preços... Nem caberia no saco de papai Noel.
Mas o importante, é que é Natal. O restante corro atrás, aliás ando, no meu caso, correr é pra lá de força de expressão.
Feliz Natal, pra você também.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Desligado, eu?

Dezembro de 2019, numa fábrica de celulose qualquer.

- O que acha do Natal?

- Muito quente nessa época.

- Não, o Natal no final do ano?

- Muito bom, é para lá que vou no final de ano.

- Não, não entendeu meu amigo. O Natal, papai Noel?

- Ele anda muito gordo. Devia fazer um regime.

- Caramba, meu! Estou perguntando do espírito de Natal!

- Não mexo com essas coisas de espírito. Sou de outra religião.

- Já entendi. Você é do tipo que ignora o Natal.

- Péra aí... Natal, o serralheiro? Que conversa é essa. Ignoro não! Ele é gente fina.

- Sei, sei... E o que me diz do nascimento de Jesus?

- Jesus? O novo técnico do Flamengo? Aniversário? Faz tempo né. Está com o cabelo todo branquinho.

- Pra mim deu. Que cara mais desligado. Parei com você. Tchau.

- Ei! Volta aqui! Eu desligado? Você é que é estressado. Vai vendo... Deixou-me falando sozinho. Eí! Ô Natal, vem aqui rapaz! Que história é essa de eu te ignorar?

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Por uma moeda.


 
Q
uando o conheci, era uma sexta-feira. Ele estava sentado na sarjeta, segurando uma manta velha e tinha ao lado uma pequena lata tubular, dessas pequenas que trazem seleta de legumes. Também ao seu lado, estava um pequenino e frágil vira-lata, que deitado colado a ele, descansava a cabeça sobre seu colo.
  Ele pronunciava algumas palavras em tom bem baixo, enquanto acariciava a cabeça do cãozinho, olhando com carinho e deslizando seus dedos por dentro do pelo macio. Assim que cheguei, ele levantou a cabeça e me olhou.
  Eu acabava de estacionar o meu velho Alfa Romeu, a três metros dele, para esperar minha noiva sair do trabalho. Continuou a cuidar do cachorro, falando algo, talvez para si mesmo. Percebi que quando alguém jogava uma moeda na latinha, após alguns segundos ele falava algo sem olhar para a pessoa.
Primeiro imaginei que ele agradecia, mas depois fui percebendo que as pessoas, reagiam de diferentes formas e até estranhamente.
  Uma mulher após ouvi-lo, colocou a mão sobre a boca e assustada se afastou rapidamente. Um outro o questionou bravamente e chutou-lhe a latinha. O mais estranho foi um casal, já de meia idade, que chegou a agachar e abraça-lo. Eram reações distintas e estranhas. Por uma ou duas vezes, me olhou, com sua latinha na mão e sorriu.
  Eu já fazia essa rotina, de esperar minha noiva sair da loja, já a quase um mês. Como nunca o havia percebido? Apenas nessa semana o notei. Minha noiva chegou e partimos.
  Na segunda-feira, lá estava eu tentando uma vaga para estacionar e ele mostrou onde colocar. Lá estava ele há alguns metros de mim, com seu cãozinho. Fiquei observando, mas algumas moedas e mais reações estranhas. Maior também ficou minha curiosidade por aquele homem.
  Uma criança se aproximou para lhe dar uma moeda. Ele imediatamente se encolheu e tampou a boca da latinha, não aceitando a moeda. A criança sem graça, retornou a sua mãe que a esperava ali próximo. Assim que a criança e sua mãe se afastaram, ele me olhou, sorriu e ofereceu sua latinha.      Acredito que para colocar uma moeda. Novamente fui embora quando meu amor chegou, mas intrigado com aquele homem.
  No caminho de casa, perguntei a minha noiva se ela já o tinha visto. Segundo ela, alguns clientes do seu trabalho o chamavam de bruxo. Diziam que quando alguém jogava uma moeda em sua latinha, ele esperava a moeda parar de se mexer e em agradecimento, dizia coisas estranhas. Uns diziam ser bobagens ou loucuras, mas alguns acreditavam que eram adivinhações e até, profecias.
  Na terça-feira, estava muito curioso em relação a tudo isso e decidi dar-lhe uma moeda. Mas surpreendentemente, minha noiva saiu mais cedo do trabalho e não precisei busca-la. Deixei para quarta-feira, mas meu carro quebrou. Quer dizer, não funcionou de forma alguma. Depois que passou o horário de buscar a noiva, voltou a funcionar, misteriosamente.
  Na quinta-feira já havia esquecido o assunto, quando me deparei com ele novamente no mesmo lugar, com seu fiel companheiro. Após ver uma senhora soltar uma moeda na latinha e ele nem reagir, pensei: a moeda deve estar girando e logo cairá. Dito e feito. De repente, sem olhar para a mulher, falou algo que a fez mudar sua expressão de angustiada, para um grande e belo sorriso, saindo muito feliz dali.
  Decidi dar-lhe uma moeda também.
  Procurei por uma moeda no console do carro, no porta luvas e acendedor do carro. Não encontrei nenhuma. Bati a mão no volante inconformado. Sabia que tinha moedas por ali. Olhei para o homem, que com sua latinha na mão apontando para mim, gargalhava. Minha noiva chegou e partimos. A questionei sobre as moedas deixadas ali e ela lembrou-me, que tinha o valor exato que deixamos no pedágio no final de semana, Verdade. Fiquei impressionado por ter o valor certinho disponível para pagá-lo.
  A primeira coisa que fiz na sexta-feira, foi violar meu porta-moedas, um porquinho azul, de plástico. Por garantia, peguei 5 moedas, contei e coloquei imediatamente no bolso da calça, antes mesmo de vesti-la.
  Como toda sexta que se preze, passei o dia angustiado, como muitos, a espera de seu final. Ela foi longa e lenta, mas chegou ao fim.
  Antes de bater a chave na ignição, lembrei quando falhou e virei a chave com cuidado, o lindo ronco do motor apareceu normalmente. O transito, por mais estranho que pareça, estava livre e tranquilo.  Cheguei no trabalho da noiva no horário e lá estava ele, sua latinha e seu cão.
  Assim que parei, ele olhou sorrindo, guardou um pequeno papel em sua latinha e levantou-se pegando suas coisas. Ele estendeu seu braço em minha direção, com a latinha na mão. Estacionei o carro e sai, já vendo minha noiva saindo da loja. Fiz sinal para ela me esperar. Percebendo onde me dirigia, ela foi ao meu encontro.
  Aproximei-me do homem, já buscando uma moeda no bolso e parei a sua frente. Ele mantinha a mesma posição com a latinha estendida para mim. Minha noiva nos alcançou no exato momento em que soltei a moeda na lata. Ele não desviou os olhos dos meus e não conferiu a moeda, até que ela parou de tilintar na lata. Abaixou o braço com a latinha, sem olhá-la e colocou a outra mão sobre o meu ombro.
  - Parabéns.
  Foi só o que falou e saiu andando, enquanto nós dois o observava afastar. Só isso?... pensei.
  No mesmo momento, ele voltou-se para nós, tirou um pequeno papel da latinha e entregou ao cachorro, que o trouxe até nós soltando no chão, aos nossos pés, e voltou para o amigo.
  Recolhi o papel e quando olhamos ele não estava mais lá.
  Abri o pequeno papel e estava escrito:
  “ Dê as outras 4 para quem precise... André é um lindo nome. ”
  Soube logo depois, que teremos um filho e André é o nome de meu pai. Nome que sempre falei dar a um filho, algum dia.

domingo, 14 de julho de 2019

Um dia, mais uma teimosia

Hoje depois de algum tempo, entendi porque alguns amigos se foram...
Sempre me inconformo em aceitar... lindos e fracos.
É difícil resistir a força que nos puxa.
Mas vou dizendo, pela décima vez, resisti... Não será dessa vez
Não vou sucumbir , principalmente se é isso que esperam de mim.
Sou teimoso e ignorante demais, para ceder a dita cuja... morte.
Mais um dia, mas uma teimosia... Assim vou levando.
Choro por aqueles que vejo sofrer e que não tive capacidade de ajudar.
Mero material, diriam uns. Outros, já diriam que nós fazemos o que percorremos.
MENTIRA!
Nos é dado de acordo com o que podemos carregar... bobagem.
A dilaceração é mais forte do que qualquer coisa e o sangue...
só é percebido no corpo do oponente.
Jogou-me no chão e não liquidou?
Surpresa!!
Aqui estou de volta e vim para ficar.
É só isso.


Lucas.

terça-feira, 4 de junho de 2019

Morcegos Negros - Lucas Figueiredo

Morcegos Negros

Google books:
Durante quatro anos, o jornalista Lucas Figueiredo, repórter da Folha de S.Paulo, buscou pistas para decifrar os mistérios do Esquema PC. Nesse período, reuniu provas na Itália, na Suiça, nos Estados Unidos, na Argentina e no Uruguai- e também em Alagoas, é claro- que revelam que os negócios do ex-tesoureiro de Collor iam muito além de corrupção. Em 'Morcegos Negros', Lucas Figueiredo mostra que o Esquema PC tinha conexões com o crime organizado internacional. Vasculhando documentos sigilosos no Brasil e no exterior, o jornalista teve acesso a dados referentes às movimentações financeiras entre PC Farias e seus parceiros- mafiosos italianos pertencentes a uma das maiores redes internacionais de narcotráfico. 'Morcegos Negros' também revela como as instituições brasileiras tiveram acesso a muitas dessas informações e, mesmo assim, deixaram impunes crimes que vão de tráfico de drogas a assassinato- incluindo o de PC Farias e sua namorada, Suzana Marcolino.


Opinião:

Difícil ler esse livro e não ficar indignado com a roubalheira que houve na época ou, assustado com o poder da máfia e do narcotráfico. O grande ganho desse livro é a forma como o jornalista o tratou. Uma leitura simples, gratificante e muito equilibrada, o suficiente para amenizar o conteúdo do mesmo. Confesso que o que mais me tocou, foi saber que estamos vivendo nesse momento, um Déjà vu. Merece uma nota 8.

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Mas Delinha...

Já era hora de passar para o quintal do vizinho, mas deixa eu explicar...

Domingo dia de descansar, tomar uma cervejinha e almoçar no vizinho.
O vizinho, só para entendimento, que é conhecido por mim e minha digníssima como Mano Véio, é meu irmão mais velho. Minha casa faz fundos com a dele, então é só pular o muro... literalmente, e estamos na casa dele e vice-versa. Na verdade, se fossemos totalmente civilizados e não tão preguiçosos, era só sair de casa dar uma volta no quarteirão e estaríamos lá.
Arrumei a escada na posição certa e eu e Jackie começamos a subir, ela a frente e eu a seguindo. Logo de cara, Twoo meu cachorro de outras histórias, tentava nos impedir puxando-nos pela perna da calça, mas tranquilo... Bastou uma boa bronca e ele soltou e ficou jundo com Delinha, a nervosinha, a cachorra menor, ambos latindo como que se não autorizasse nossa ida. Umas palavras de consolo de Jackie a eles e atravessamos a fronteira das casa.
Sumimos de seu olhar, mas não pararam um segundo de latir.
O dia como esperado foi maravilhoso, muita conversa, umas cervejinhas, muito divertimento e ficou assim. O dia passou rápido.
Já no final da tarde, lá fomos nós pular o muro novamente. Nos despedimos de todos e acertamos a escada pelo lado contrário e lá fomos nós de novo.
- Meu Deus!! - Essa era Jackie no alto do muro com uma cara de espantada.
- Amor, você não imagina o que eles fizeram... - Voltando -se para os cachorros - Mas Delinha...
É lógico que não esperei mais e subi imediatamente atrás dela. Quando olhei para nosso quintal fiquei estático como Jackie.
Onde eu havia criado uma pequena horta com alfaces, coentros, cebolinhas, berinjela, pimentões e outros, meu orgulho de realização, parecia que tinha sumido. No lugar da minha hortinha, também vista como oficina de terapia e relaxamento,  restara um monte de restos da hortaliças, buracos e terras espalhadas por todo lado. Não era nem possível identificar sequer uma alface.
Depois de alguns segundos de paralisia total, olhei na direção dos cachorros que estavam parados, lado a lado, sentadinhos com uma carinha que dizia: "Olha que lindo que eu fiz", enquanto balançava freneticamente os rabinhos.
Delinha, agora apelidada de Taz (referencia ao personagem demônio da Tasmânia da Disney, que destruía tudo por onde passava), ainda trazia no focinho e corpo, terra e pedaço de folhagem.
Parecia que um tornado gigantesco passara por ali, não sobrou nada.
O que fazer?
Descemos do muro, pegamos vassoura e pá e fomos limpar aquela bagunça toda, enquanto meu irmão olhava de seu lado o temendo estrago, enquanto Jackie só repetia: Mas Delinha...
É claro que Twoo o Taz 2, aproveitou a farra da cadelinha e fez sua parte, mas sabemos de onde surgiu a ideia desse estrago. Delinha, a cadela tatu que nos adotou.


Ressumindo, parei com isso. Agora só horta em vaso e sobre cavaletes.


quinta-feira, 16 de maio de 2019

Uma nova história do tempo - Stephen Hawking e Leonard Mlodinow

Uma nova história do tempo
Google books:
Uma das mentes mais geniais do mundo moderno, Stephen Hawking guia o leitor na busca por respostas a algumas das maiores dúvidas da humanidade: Qual a origem do universo? Ele é infinito? E o tempo? Sempre existiu, ou houve um começo e haverá um fim? Existem outras dimensões além das três espaciais? E o que vai acontecer quando tudo terminar?


Opinião:

Um baita livro. Podemos dizer que é uma continuação do outro livro "Uma breve história do tempo". Além de dar uma atualizada em alguns conceitos, ele trás de uma forma bem clara e simples, apesar de alguns capítulos muito técnicos que viajei mais que qualquer um.
A forma em que responde a maioria das perguntas citadas pelo Google Books e outras mais, foi muito esclarecedora e instigante, como a possível, mas ainda não provável, viagem no tempo. Basta a frase que ele registra. " Hoje, estamos mais perto que nunca de entender a natureza do universo. Nosso objetivo ao escrever esse livro é compartilhar parte da excitação dessas descobertas e a nova representação da realidade que está consequentemente emergindo". É pra viajar e deixar a cabeça dar voltas com um livro que é uma aula. Merece uma nota 8.

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Minha Delinha é mamãe! Mamãe????

Com atraso de dois meses e alguma relutância, resolvi registrar mais essa proeza de meus amados amigos caninos.
Para começar, parece que tudo acontece com a nossa pequena cadelinha e sou obrigado a resumir para quem quer que esteja lendo compreenda quem é Adélia Vitória, ou simplesmente Delinha. 
Para início de conversa, foi ela quem nos escolheu ou nos adotou, e nem deu chance de opinarmos sobre isso. De tão magrinha e pequena, achou uma brecha no portão de casa e entrou na cara de pau (ou de fome). Também sem ser convidada, aproximou da comida do Twoo meu Pitdor (pitbul com labrador) e comeu sua a ração. E o "grande" protetor da casa, só ficou olhando. Enfim... Ficou de vez.
Muito arisca, talvez pelas dificuldades que enfrentou até ali, sempre fugia quando nos aproximávamos. Apesar de desconfiada de tudo, todo barulho que vinha na rua a fazia sair em disparada para perseguir ou ficar a latir. Hiper estressada.
Foi numa dessas escapadas desesperadas para seguir algo ou alguém, que foi atropelada.
Apesar do impacto, voltou correndo e se escondeu debaixo do meu carro. Para tirá-la de lá foi muito difícil. O medo era de que tivesse quebrado algo e arrastando piorarmos a situação. Conseguimos aos poucos pegá-la e verificamos que não havia nenhum machucado grave, ainda assim a levamos ao veterinário.
Depois de uma análise física geral, o veterinário não encontrou nenhuma lesão, aproveitamos para tratá-la de pulgas e outros, e fomos todos para casa.
Nos dias seguintes percebemos ela muito inquieta e ainda fugindo de um carinho. Continuava a dar saídas longas e voltava para comer. Começamos a perceber que estava cada vez mais triste e isolada até que sumiu de vez.
Saímos eu e Jackie atrás dela e a encontramos a beira de um córrego, sentada e com olhar distante. Sem nenhuma reação a nossa chegada. A cena mais deprimente que já vi na vida. Parecia que havia se isolada para morrer. Muito difícil de se ver.
A levamos novamente para casa e ela começou a espumar pela boca algo verde. Corremos novamente ao veterinário e a deixamos internada para um atendimento mais cuidadoso.
Diagnóstico: havia comido veneno, chumbinho.
Algum desalmado deve ter colocado para matar ratos no córrego e a coitadinha comeu.
Começaram a fazer uma desintoxicação em Delinha e ela inchou, virou uma bola com o soro aplicado.
Analisando os veterinários descobriram que quando ela foi atropelada, rompeu sua bexiga. Sem muito pensar decidimos, opera.
Esse foi o início da saga da minha cachorrinha, mas só o início.
Após dois anos desse drama todo, resolvemos castra-la, afinal ninguém aguentava mais o desespero do Twoo quando vinha o cio. Aproveitamos um mutirão de castração promovido pela prefeitura local e lá vamos nós com Delinha. Castrou e ela restabeleceu-se rapidinho.
Mais um ano se passou e.... em poucos dias Delinha ficou gorda demais. Como Twoo que é três vezes maior que ela para "pega-la" e ainda por cima ela era castrada, logo pensamos no pior. Um tumor.
Corremos com ela para o veterinário e SURPRESA!!! Delinha vai ser mamãe.
- Como assim?? - Essa foi Jackie
- Pelo ultrassom deve ter pelo menos 5 filhotes. - Disse o responsável pelo ultrassom.
Bem nem vou relatar a nova saga, haja texto e sandices (sandices porque eu e Jackie quase piramos).
Resumindo chamamos a ONG responsável pela castração e lá foi a Delinha para uma cesárea.
O resultado está na foto. 6 lindos filhotes.
Tina, Tom, Rage, Bonnie, Janis e Taylor.
Delinha venceu mais uma. Essa garota é fera mesmo.

Parabéns mamãe!!!

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Melancia - Marian Keyes

Melancia

Google books:
Melancia é um romance sobre sobrevivência e a arte de manter o bom humor mesmo diante das circunstâncias mais adversas Com 29 anos, uma filha recém-nascida e um marido que acabou de confessar um caso com a vizinha, Claire Walsh se resume a um coração partido e um corpo inteiramente redondo, aparentando uma melancia. Não tendo nada melhor em vista, ela volta a morar com sua excêntrica família. Depois de muitos dias em depressão, Claire decide avaliar os prós e contras do casamento, e começa a se sentir bem melhor. É justamente nesse momento que James, seu ex-marido, reaparece. Claire irá recebê-lo, mas lhe reservará uma bela surpresa...


Opinião:

Está certo que o livro traz uma história diferente, com momentos levemente engraçados, situações muito próximas do já vivido por algumas pessoas, mas a leitura apesar de leve é um tanto cansativa. 
A personagem principal e sua excêntrica família, me causaram em alguns momentos, uma louca vontade de parar a leitura. Perseverei e consegui terminar. É claro que não é culpa nem da escritora ou do próprio livro, talvez eu não seja o público certo para esse tipo de romance. Se eu tivesse a qualidade para dar uma nota ao livro, com certeza seria um 6.

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Minhas Pimentas


Descobri uma paixão maluca por algo que nem gosto muito de consumir, na verdade essa nova-velha paixão, me arde um bocado.
Pimentas
Fiquei encantado ao conhecer a pimenta Habanero Chocolate. Incrível parecia artificial, de plástico. Tive de tocá-la para acreditar.
Depois disso desandei, pequei um gosto pelas "ardidinhas".
Mano Véio, que já há algum tempo vinha plantando pimentas, especialmente a Dedo de Moça (Haja criatividade), foi quem me mostrou os primeiros passos. Daí para frente a internet virou minha melhor aliada para descobrir esse novo universo.
Lógico que a vontade de ver resultados rapidamente, me trouxe alguns problemas.  Cortar pimentas sem luvas apropriadas, para aproveitar as sementes num plantio inicial, foi ardido de doer. Cocei o nariz e o danado ardeu demais, não contente com isso cocei os olhos. Cegueira flamejante total. Como foi duro isso. 
Lavei a mão por diversas vezes, até apagar a digital, mas o ardor fixo nos dedos lembrou-me que tinha que ser mais esperto. Aprendi, comprei luvas.
Comecei o plantio pela mais simples delas, na minha opinião é claro. A Pimenta Biquinho.Uma pimenta brasileira com um ardor muito baixo ou quase nenhum. É uma pimenta muito bonita, parecida com um pião.
Comprei sementes, terra vegetal, humos e pequenos vasos. Comecei minha plantação.
Em alguns meses tive o prazer de colher e faze-la em compota. 
Passou-se duas semanas e lá fui eu experimentar, morrendo de medo do ardor. 
Nunca gostei de comer pimentas ou molhos e não entendia o prazer das pessoas comer uma coisa que os arrebentava a boca e outras coisas. 
No início não senti nenhum ardor realmente. Também apenas coloquei um pingo e misturei muito na comida. Como não teve efeito, coloquei mais alguns pingos e pude perceber seu real sabor. Muito bom. Realmente realça a comida.
Depois de 4 ou 5 pingos da compota de Biquinho, já me sentia no poder. Podia comer a vontade e confesso, minha sopa nas segunda-feiras ficou muito diferente. Uma delícia. 
Já apreciando a pimenta Biquinho há mais de um mês, parti para minha segunda linha de plantio a Habanero Red, parente da Chocolate.
Fiz várias mudas, cuidei com muita atenção e passados alguns meses, chegou o dia da colheita.
Jackie já tinha um pequeno vidro de compota com essa pimenta, mas nunca tive coragem de experimentá-la. Agora era diferente, eu plantara, cuidara e enfim colhi a minha pimenta Habanero.
Como a Biquinho, sua plástica é impecável e perfeita. Muito bonita.
Colhi lavei, sequei e as coloquei no vidro. Duas semanas depois lá vou eu experimentar.
Já orientado por Jackie e Mano Véio para colocar apenas uma gota, pelo forte ardor, me rebelei. Afinal eu era um comedor de pimentas, pelo menos a Biquinho. O que tinha essa tal Habanero a mais? Coloquei 5 fartas gotas de pimentas e misturei bem na comida e fui experimentar, sob a vigilância de Jackie.
Senti o cheiro da colher, antes de levá-la a boca, muito bom por sinal e comi.
PQP!!! Que coisa mais ardida!
Uma lágrima logo abandonou o meu corpo covardemente, diante de dois olhos brilhantes, cheio de suas companheiras.
Caracas! 
Não foi fácil mastigar e engolir sem pagar mico para Jackie. Como um homem valente que sou, dei uma disfarçada, fiz um comentário que apenas aria um pouco mais que a Biquinho e tomei uns 5 litros de suco.
Foi fo...
Mas não pensem vocês que desisti das pimentas, ao contrário, já tenho uma compota de Dedo de Moça para experimentar e minha plantação já tem mais de 8 variedades de pimentas.
E eu vou experimentá-las, pode apostar.

Em tempo: Só depois desse episódio descobri que o suco ou água, quase nada aliviam o ardor. O melhor é leite. 
Já estou pensando em comprar uma vaquinha.
"Desistir nunca, render-se jamais"



Loucosporpimenta@hotmail.com

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Obstáculos e melhorias

Não acredito que barreiras sejam realmente obstáculos, Para mim são desafios. E eu adoro desafios.

Se alguém faz algo significante, quero fazer melhor. Se conquistam algo importante, quero conquistar igual ou mais. Se soube que alguém não conseguiu fazer tal coisa, quero tentar faze-la também. Se leio um livro de alguém famoso, imediatamente vem ideias mil que poderiam, na minha quase modesta visão, melhorar o romance. Se alguém compra algo de valor, ai sim deixo de lado que dinheiro eu não tenho mesmo.
As vezes até eu fico espantado com o que fiz. Minha cerquinha pessoal me informava que só poderia ir até ali, mas eu fui até lá. Além da cerquinha.
Todo esse blá, blá, blá, é só para me afirmar e quem sabe inspirar quem lê esse texto.
Acredito firmemente que os maiores obstáculos que já enfrentei, foi eu mesmo que os colocou no caminho. Estranho, eu sei, mas descobri que era assim mesmo que as coisas funcionavam.
Diz alguém próximo a mim, que tudo isso é porque só penso em sandices e não me conformo de como as coisas são. Eu só acho que tudo sempre pode ser melhor do que nos apresentam. O pior que depois que dou meus pitacos, acho que eles também podem ser melhorados.
Não escrevo bem, mas adoro juntar palavras e chamar de texto. Não consigo caminhar direito, mas sempre me pego forçando a correr (claro que do meu jeito).
Já tive até o atrevimento de questionar a obra divina. Sempre acho que aquele pé de fruta, folhagem ou paisagem, poderiam ser um pouco diferente ou melhores.
Lembrei de uma piada com os nossos amados patrícios portugueses. Acho que ela representa bem o que sinto em relação a tudo ser melhorado. Peço aos leitores e amigos portugueses que relevem minha ignorância, mas lá vai:
"Dizem que foram os portugueses que inventaram o limpador de para-brisas, gênios, mas foram os americanos é quem colocaram para o lado de fora do carro."
Acho que a única coisa que não tem jeito de melhorar, sou eu mesmo. Um rascunho.


terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Levanta o Freitas!

A gente tem que tem a mente aberta e o humor preparado.

Com o avanço, sem permissão, da idade, mais as causas naturais que fui premiado, trazem cada vez mais assunto nesse meu caminho rumo a sei lá onde (também nem me preocupo com isso).
O que me alegra é a criatividade dos que me cercam.
A pequena e muito esperta filha do filho do meu primo, ou seja, minha prima de terceiro grau (um dos preços da condição citada acima, idade avançada), fez contato imediato:

- Primo onde está o martelo de andar?

Eu explico: a pequenina menina, me flagrou batendo com o empunhador (estava com preguiça de buscar o nome certo no Google), em outras palavras com mais sentido, o lugar onde apoio em minha bengala, em um pino de uma dobradiça. Assim que fiz o infeliz do pino voltar ao seu lugar de função, sai andando normalmente com a bengala.
Ficou fácil de entender a cabecinha dela?  Martelo + andar... Enfim, ficou assim a nova denominação da Marieta, minha bengala de apoio.
Martelo de andar, Marieta, taco de Pet, (de garrafa pet), terceira perna... cada um que me conhece arruma um jeito próprio de nomear minha bengala.
Junto com com esse artefato, vem também as consequências, como:
- Esquece-la em alguns lugares
- Esconderem para me provocar
- Os tombos (é claro que não podia faltar)

Aliás alguns fatos relacionados:

- Já esqueci em alguns lugares como dentro do ônibus da empresa, no banheiro e vivo a esquecendo onde a deixo em casa.
- Já esconderam e como estava sentado só percebi quando me aprontei para ir embora. E cadê ela?
- Os colegas já se acostumaram com os tombos também, quando escutam um barulho alguém grita: Alguém levanta o Freitas!

Mas agora, essa garotinha, a pequena priminha fez uma condição de desconforto virar uma brincadeira. Cada vez que vem me visitar, pega o Martelo de andar e esconde, se divertindo diante do meu (bem desfaçado) desespero para ir ao banheiro.

Primos e priminhas, vai vendo.
Adoro...