domingo, 29 de setembro de 2013
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
# 186 - Sigmund Freud
Pensamento Vivo -186
"Cães amam seus amigos e mordem seus inimigos, bem diferente das pessoas, que são incapazes de sentir amor puro e têm sempre que misturar amor e ódio em suas relações. "
Sigmund Freud
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Cachorrada isso
Tìmido, até na hora da foto se esconde |
Não vou
afirmar que estou com saudades dele, mas fico chateado de saber que ele sumiu.
De quem estou falando? Do Traíra.
Aquele cachorro de latido rouco, por mais que tentasse me pegar
distraído, hoje me faz falta. Sempre que passo no local, onde ele fingia estar
distraído para depois tentar pegar meu calcanhar, ainda o procuro. Apesar de
ficar atento, sei que realmente o Traíra sumiu.
Meu bairro por ser semi rural, afastado do centro da cidade,
é um local muito procurado para abandono de cachorros. A cada dia, aparecem
novos animais que ficam próximos à praça da igreja, provavelmente em busca de
alimentos e, aos poucos vão sumindo. Geralmente são cachorros velhos ou
doentes.
Que tipo de dono tem coragem de largá-los assim?
Melhor nem conhece-los. Se fazem isso com um companheiro, não devem ser lá grande coisa.
Assim que mudei para esse bairro, fiz contato com a
"Menina", uma cadelinha amarela, muito magra, que ficava ao meu lado
todas as manhãs até eu pegar o ônibus da empresa. Não resisti e comecei a
trazer a ela, todos os dias, bolachas, pedaços de bolo e outras coisas. Acho
que o carinho foi recíproco, pois mesmo quando eu me esquecia de trazer algo,
ela ficava aos meus pés esperando o ônibus chegar.
Da mesma forma que o Traíra, a Menina também sumiu.
Próximo a minha casa, cerca de três quadras da praça da igreja,
um vizinho, também encantado com outro cachorrinho abandonado, todos os dias
deixa um punhado de ração. Esse é o "Tímido".
Tímido, é um cachorro de pequeno porte, caramelo e preto, que ao
ver as pessoas chegando perto, abaixa a cabeça e sai de fininho. Não sei se é
por medo, mas sempre age assim, nem late.
Além dele, na rua da casa de minha mãe, logo na primeira casa da
rua, um morador arrumou uma caixa de papelão e a deixa ali em seu portão todos
os dias no final da tarde. Coloca uma latinha de ração e outra com água. Essa a nomeei de "Me
deixa". Ela é uma cadelinha branca com manchas pretas. Todas as manhãs
quando saiu para o trabalho e resolvo passar na casa de mamãe, para tomar um
café, a encontro ali, na caixa de papelão, deitada e quieta. Aproximo para
vê-la e ela rosna pra mim. Daí o seu nome... “Me deixa”
O legal dos moradores do bairro é isso, indiretamente sempre tem
alguém adotando ou cuidando desses animais, com muito mais carinho que os prováveis "maus donos" lhe deram.
Hoje, no meu caminho até o encontro do ônibus, em uma calçada amarrada a uma árvore,mais uma surpresa. Por causa do frio, outro morador do bairro deixou ali,
encostado a árvore em frente sua casa, uma casinha feita de madeira, para
abrigar mais um desses amigos canino.
Ainda bem, que aqui tem gente assim, que são amigos de
cachorro.
É bem melhor ter um cachorro amigo, do que um amigo cachorro. Como
esses malvados que os abandonaram na rua.
Que cachorrada.
Que cachorrada.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Truque de Mestre
Titulo original: Now You See Me
Diretor: Louis Leterrier
Gênero: Suspense
Lançamento: 2013
Elenco: Morgan Freeman, Jesse Eisenberg, Mark Ruffalo
Sinopse:
Daniel Atlas (Jesse Eisenberg) é o carismático líder do grupo de ilusionistas chamado The
Four Horsemen. O que poucos sabem é que, enquanto encanta o público com suas mágicas sob o palco, o grupo também rouba bancos em outro continente e ainda por cima distribui a quantia roubada nas contas dos próprios espectadores. Estes crimes fazem com que o agente do FBI Dylan Hobbs (Mark Ruffalo) esteja determinado a capturá-los de qualquer jeito, ainda mais após o grupo anunciar que em breve fará seu assalto mais audacioso. Para tanto ele conta com a ajuda de Alma Vargas (Melanie Laurent), uma detetive da Interpol, e também de Thaddeus Bradley (Morgan Freeman), um veterano desmistificador de mágicos que insiste que os assaltos são realizados a partir de disfarces e jogos envolvendo vídeos.sábado, 21 de setembro de 2013
# 185 - Mario Lago
Pensamento Vivo - 185
Mario Lago
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Eu quero ter todo tempo do mundo
Quando olho
para o sol nascendo,
numa manhã
fria, me aquecendo,
penso como
seria bom, ver todos os dias,
uma dessas
maravilhas.
Daquele que
criou isso.
É preciso,
parar, relaxar e se desligar de tudo.
Ficar mudo,
escutando o ponteiro dos segundos,
Esforçando-se
para mudar.
Fechar os
olhos enquanto o vento sopra,
Escutar seu
movimento
Lento,
calmo.
Às vezes
leio um salmo, um romance,
Que me leva
distante,
Enquanto o
tempo ruma, sem tempo para parar.
Há quanto
tempo, não tenho tempo,
Para apreciar
a garoa fina,
O brincar da
menina
Do outro
lado do muro.
Eu juro.
Vou me
dedicar a ver tudo
Que esta em
minha volta.
Desde essa
manhã linda, à tarde que finda,
crianças correndo
e o dia morrendo.
Vou largar
tudo que me prende,
Tudo que não
rende, a me alegrar.
Eu quero ter
todo tempo do mundo
para sentir
o respirar profundo,
de uma
paixão, de uma razão de viver.
Eu quero ter
todo tempo do mundo
pra ver um
jasmim crescer,
pra sempre
poder viver.
Sou Freitas
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Coisas da sua cabeça
Este é o terceiro post que escrevo, sobre como nosso cérebro é enganado. Primeiro escrevi o 3D, enganando o cérebro, depois Ilusão de óptica e agora volta para falar sobre as imagens que nos engam.
Sempre recebo e-mails ou postagens sobre o assunto e os acho incríveis. mas sempre fico com uma pergunta na cabeça. Como podemos ser enganados assim, tão fácil?
Um bom exemplo é ao olharmos para algumas figuras, termos a impressão de que estão em movimento. Muitas também nos iludem mostrando formas e desenhos que não vimos num primeiro momento e, após uma observação mais atenta, nos mostram e confundem com outros elementos da imagem. existem alguns sites que trazem ilusões incríveis, como o Mighty Optical Illusions.
Nele você encontra reproduções de obras de arte, ilustrações e fotos que “enganam” nossos cérebro e sentidos.
É mais ou menos assim: Seu cérebro acredita, naquilo que seus olhos acham que viram e manda uma mensagem para que você pense que é real. Coisa de doido não é?
Muitas vezes são mecanismos da visão que criam essa ilusão e ativam áreas do cérebro passando essa sensação de movimento ou imagens sobre postas.
Alguns artistas conseguiram desenvolver trabalhos que nos permite ver o que não está ali ou ainda que estão mesmo ali, mas que nos confundem se transformando em outra imagem ou que parecem vivos, animados.
Da mesma forma ou de forma parecida, o cérebro "preguiçoso", para economizar energia, e ganhar tempo, busca alguns atalhos mentais. As vezes funciona mas nem sempre...
Na correria pra achar uma resposta, o cérebro corre alguns riscos nos comprometendo. Quando ele pula algumas etapas nesse processo de interpretação, podemos cair em "pegadinhas" facilmente.
Veja algumas "falhas" dele e aproveite para pegar alguns amigos
1 - Mande seu amigo repetir por três vezes o nome do animal Ema, não é aquela de cada um com seus problemas, assim que ele repetir pergunte qual é o nome da clara do ovo. Pronto, sempre caem nessa.
2 - A também já conhecida, a irmãs de Joana... A mãe de Joana tem quatro filhas: Lalá, Lelé, Lili e…?
Alguns além de responderem errado "Loló", recorrem ao erro dizendo Lulu, quando você diz que errou.
O nosso cérebro querem mostrar eficiência e velocidade, é condicionado a buscar padrões em toda parte velozmente. No primeiro caso, associa a Ema com gema, desprezando a pergunta "clara", nos dois sentido. Na segunda, as três primeiras filhas têm nomes numa "sequencia", começando em L e terminando em uma vogal. O contexto da pergunta fica num segundo plano e como a resposta correta foge do padrão, a desprezamos de imediato.
O link abaixo tem alguns exemplos disso.
Terminou de ler?
Então seu cérebro não o enganou...
www.hypescience.com/7-maneiras-de-enganar-seu-cerebro/
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
#184 - Paul Valéry
Pensamento Vivo - 184
“Os livros têm os mesmos inimigos que os homens: o fogo, a umidade, os bichos, o tempo; e o seu próprio conteúdo.”
Paul Valéry
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Roubo nas alturas
Titulo original: Tower heist
Diretor: Brett Ratner
Gênero: Comédia
Lançamento: 2011
Elenco: Ben Stiler, Eddie Murphey, Casey Afleck
Sinopse:
Josh Kavacs era um funcionário exemplar de um dos prédios mais badalados de NY,
conhecido como A Torre. Lá, ele é uma espécie de chefe de uma equipe de profissionais "mais ou menos" qualificados, como Lester, Cole, Odessa e Rick, entre outros. A vida de todos vira de cabeça para baixo quando Arthur Shaw, bilionário ocupante da cobertura, é preso pelo FBI por ter cometido uma fraude, transformando o fundo de pensão de toda a equipe em pó. Disposto a recuperar a grana deles, Josh convida um vizinho pra ajudá-lo a descobrir aonde foi parar esse dinheiro para prgá-lo de volta e fazer justiça, tendo em vista que nem o FBI sabe do destino da fortuna.
conhecido como A Torre. Lá, ele é uma espécie de chefe de uma equipe de profissionais "mais ou menos" qualificados, como Lester, Cole, Odessa e Rick, entre outros. A vida de todos vira de cabeça para baixo quando Arthur Shaw, bilionário ocupante da cobertura, é preso pelo FBI por ter cometido uma fraude, transformando o fundo de pensão de toda a equipe em pó. Disposto a recuperar a grana deles, Josh convida um vizinho pra ajudá-lo a descobrir aonde foi parar esse dinheiro para prgá-lo de volta e fazer justiça, tendo em vista que nem o FBI sabe do destino da fortuna.
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
O melhor de mim
O melhor de mim
Na primavera de 1984, os estudantes Amanda Collier e Dawson Cole se apaixonaram perdidamente. Embora vivessem em mundos muito diferentes, o amor que sentiam um pelo outro parecia forte o bastante para desafiar todas as convenções de Oriental, a pequena cidade em que moravam. Nascido em uma família de criminosos, o solitário Dawson acreditava que seu sentimento por Amanda lhe daria a força necessária para fugir do destino sombrio que parecia traçado para ele. Ela, uma garota bonita e de família tradicional, que sonhava entrar para uma universidade de renome, via no namorado um porto seguro para toda a sua paixão e seu espírito livre. Infelizmente, quando o verão do último ano de escola chegou ao fim, a realidade os separou de maneira cruel e implacável. Vinte e cinco anos depois, eles estão de volta a Oriental para o velório de Tuck Hostetler, o homem que um dia abrigou Dawson, acobertou o namoro do casal e acabou se tornando o melhor amigo dos dois.
Um romance agradável e muito fácil de ler.
sábado, 14 de setembro de 2013
# 183 - Alfred Hitchcock
Pensamento Vivo -183
"Existe algo mais importante do que a lógica: a imaginação. Se a ideia é boa, a lógica deve ser jogada pela janela."
Alfred Hitchcock
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Risos
Alegre...
E ruma contente.
Como? Claro que ele é como a gente.
Só porque ele ri, enquanto...
outros choram...
Imploram.
Com a fumaça negra nos olhos.
Sim... Ele é como eu ou você.
Vive como nós.
E pra você ver,
mesmo assim ele vive a sorrir.
Também sente dor, como todo mundo,
mas trás em si, bem profundo,
a alegria. É...
Talvez seja mania, ou mesmo magia.
Sei que ele brinca,
enquanto todos se preocupam.
Com crises, com problemas, e...
Lutam para que não os pisem.
Mas ele também luta,
sorri e morre.
Jogam sobre ele a terra da inveja,
mas que seja... Ele sobreviverá.
Alegre,
assim ele é.
E ruma contente.
E você?
Ainda tem dúvida de que ele é gente?
Sou Freitas 01/07/1980
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
O rapaz do sagui
Há histórias que ficam guardadas em nossa memória, que nunca devem
sair de lá, outras, tem seu tempo certo de ser reveladas.
Depois de mais uma
manhã de atividade, na pequenina capela onde nosso grupo de jovens se reunia,
saímos, eu e mais dois amigos, pra tomar uma cervejinha . O bar ficava bem em
frente a capela e sempre que possível nos reuníamos lá.
O papo estava
animado, até que um rapaz entrou com um sagui sobre o ombro direito, chamando a
atenção de todos.
Estranhei o
silêncio repentino dentro do bar e brinquei perguntando: O que tinha acontecido?
Será que o dono da banca havia chego?
O rapaz ouvindo
minha brincadeira veio em minha direção. Não sei o porquê, mas estendi a mão
para ele e ofereci meu copo de cerveja. Ele, estranhando minha reação, aceitou
e bebeu minha cerveja, enquanto eu brincava com o sagui.
Ao terminar
agradeceu, cumprimentou-me e foi embora. Só então o bar voltou ao seu normal e
fiquei sabendo que aquele rapaz era procurado e perigoso. ele atualmente morava
no bairro e era bem conhecido, menos pelo espertinho aqui.
Assim ficou até um
mês depois...
Era dia de festa.
Nossa comunidade de jovens, da capela, comemorava mais um ano de vida. Tudo era
alegria.
A comemoração
naquele ano já estava organizada e começou muito bem para nós. A abertura da
festa foi um evento esportivo, futebol de quadra masculino e feminino. Os
rapazes ganharam mais apertados, mas as meninas, show de bola. Ganharam e bem,
da equipe da Lojas Glória.
Voltávamos para
casa, deixando as meninas cada uma em sua casa, costumeiro comportamento dos
rapazes daquela época. Quando chegamos na rua da capela, faltando cerca de
duzentos metros pra deixarmos a última menina, paquera de um colega, cruzamos
com um rapaz.
Segundo esse
colega, o rapaz mexeu com sua paquera e ele respondeu algo, nada ofensivo, para
ele.
Como seguíamos
mais a frente, não ouvimos ou vimos nada.
Seguíamos descontraídos, comentando o resultado das nossas vitórias. Éramos
seis rapazes e mais a menina. De repente, na subida da rua, próximo a escola
estadual, fomos cercados por uns quinze rapazes, com paus e pedra na mão.
Fizeram um circulo
em nossa volta e ameaçavam nos bater.
Sem entender o que
acontecia, eu pedia calma e perguntava o que havia acontecido.
Aquele mesmo rapaz
que provocara o colega, disse que ele o havia "tirado" e que queria
ver a coragem dele agora. Começaram a aproximar mais e mais. Enquanto eu
e os colegas nos preparávamos para a briga e pedíamos calma a
eles, que aparentemente não ouviam, um rapaz começou a abrir caminho entre os
que nos cercavam, perguntando o que estava acontecendo.
Era o cara do
sagui, também conhecido como "Antonio Bala". Vi como todos o respeitaram
e deram um passo para trás.
Ele perguntou para
um rapaz específico, o que tinha acontecido e depois veio até mim.
- Oi padreco, que
vocês fizeram ao rapaz?
Chamou-me assim
pelo fato de eu sempre estar na capela, apesar de eu nunca tê-lo visto por perto.
- Nada Antônio, nós
não fizemos nada. Foi só um mal entendido, por causa da garota.
- Saia daqui você
e a garota, ninguém vai fazer nada a vocês.
- Antônio, não é
preciso acontecer nada. Deixe todos irem embora, só foi um mal entendido. O
rapaz até já pediu desculpas.
- Eles querem
quebrar vocês, acho que não foi tão simples assim Padreco.
- Como te disse,
acredite, foi um mal entendido. Libere todos.
Antônio olhou em
volta e de novo para mim. Colocou as mãos sobre meus ombros e disse vai com
Deus.
- Tá resolvido,
vão todos embora. E vocês... Não quero ver nenhum de vocês por aqui novamente.
- Antônio, eu moro
aqui e passo todos os dias por aqui.
- Tranquilo
Padreco, não te farão nada. Vamos embora.
Naquela altura, todos
soltaram um suspiro. Fora por pouco.
Ninguém mais de
nosso grupo passou mais por ali, exceto eu. Era caminho de casa.
Dois anos depois,
na festa de meu casamento, vieram me informar que tinha um cara querendo entrar
no salão de festas e tinha um presente que queria entregar pessoalmente pra
mim. Fui até ele na entrada do salão e encontrei já meio chapado, o Antônio.
Ele trazia nas
mãos uma caixinha pequena. Deixei-o entrar e ele me entregou. Era uma xícara
com um pires, muito bonita por sinal. Pediu pra tirar uma foto comigo, tomou um
copo de chopp e foi embora.
Soube que alguns
meses depois fora morto num confronto com outro grupo.
Não tenho mais a
nossa foto.
Mas a imagem, da
entrega de seu presente, está gravada na lente do tempo.
Nem todo mundo é
totalmente ruim e nem ninguém é bom demais.
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
# 182 - Abraços
Pensamento Vivo - 182
"Felicidade está no sorriso de cada manhã No abraço de toda tarde
Nos beijos de muitas noites"
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Tentando interpretar meus sonhos
Dizem muitas coisas sobre sonhos, mas o que realmente eles
significam ou se tem significado, ainda não estou convencido.
Um dia desses uma
colega falou de seu filhinho que começou a gatinhar e terminei sonhando com o
garotinho me provocando e saindo engatinhando em disparada. Por mais que
eu corresse nunca o alcancei e ele divertia-se com isso.
Tenho dois sonhos
que se repetem, desde minha adolescência. Não tem um período ou pelo menos um
motivo, mas se repetem... São sempre os mesmos.
O primeiro é
estranho...
Estou andando por
uma rua com certo declive, e a minha frente começa a surgir rolos rolando em
minha direção. Eles iniciam com um tamanho de uma pilha AA. Eles aparecem de
repente, rolando em minha direção e eu os removo com uma vareta que aparece do
nada em minha mão. Continuo caminhando tranquilo, esses rolos vão aumentando e eu
os removendo da minha frente. Até que chega um ponto que ele fica enorme e sei
que não conseguirei removê-lo do caminho e que serei esmagado. Então acordo
assustado, sufocando.
Significado? Não
achei nada que possa parecer corresponder a ele.
O outro já até
achei algumas explicações, mas que não me convenceram ou pareceram corresponder
com o sonho.
Neste outro sempre
chego, mesmo sem me ver caminhar, a uma casa de madeira com uma grande varanda.
Sou um adolescente, quase adulto. Não em idade, mas em tamanho.
De fora, vejo uma
grande claridade dentro da casa. Então me aproximo mesmo sem andar e tento ver
por uma janela, o que emite aquela luz. Lá dentro nada se vê a luminosidade não
permite. É tudo claro, branco.
Enquanto me vejo
ali, debruçado tentando ver o interior da casa, pela janela, sinto a presença
de alguém me observando. Viro-me rapidamente para o meu lado direito e dou de
frente com... Jesus.
Isso mesmo, ali na
minha frente. Ele está parado e sorrindo. Seu rosto é lindo. Em sua volta há
uma luz clara. Então, Ele me estende sua mão e mesmo antes de eu tocá-la, já
sou uma criança e então Ele me leva pela mão.
Normalmente acordo
aí, mas sem sustos ou reações.
Como disse esses
dois sonhos vêm se repetindo há anos e nunca achei uma explicação, ou ouvi uma
interpretação convincente de ambos.
Voltei a sonhar
com o de Jesus, depois de um tempo longo de ausência, dias atrás.
Será que há um
significado?
Ou será apenas uma
manifestação de meu subconsciente, em relação a algo que vi ou vivi?
Sei lá... No primeiro sonho, o caso do rolo já não me incomoda tanto... Vivo enrolado mesmo, sendo atropelado direto pela vida, que me adaptei.
No segundo... Não entendo ainda, mas pelo sorriso Dele e por Sua mão estendida, acho que tô de boa com meu amigo.
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
O sorriso de Deus
Que noite mais linda
Num céu todo azul escuro
e eu do meu canto seguro
saí pra observar.
Flutuando na imensidão
vi um sorriso brilhante
ainda que muito distante
chegava bem próximo a mim.
Era um sorriso belo,
sincero e verdadeiro
daqueles que o atinge primeiro
direto na alma.
Calma, passividade e ternura
uma mistura mágica de emoções
de fortes sentimentos
que fizerem meus pensamentos
ir até você.
Era um sorriso no espaço
pendurado na noite suave
a mais bela pintura
feito um quadro na parede.
Quando o olhei encantado
foi me revelado em detalhes
todos os sonhos meus.
Ontem de noite eu fui velado
Pelo sorriso de Deus
a imagem mais linda que vi
e sem poder resistir
a Ele também sorri.
Num céu todo azul escuro
e eu do meu canto seguro
saí pra observar.
Flutuando na imensidão
vi um sorriso brilhante
ainda que muito distante
chegava bem próximo a mim.
Era um sorriso belo,
sincero e verdadeiro
daqueles que o atinge primeiro
Sou Freitas |
Calma, passividade e ternura
uma mistura mágica de emoções
de fortes sentimentos
que fizerem meus pensamentos
ir até você.
Era um sorriso no espaço
pendurado na noite suave
a mais bela pintura
feito um quadro na parede.
Quando o olhei encantado
foi me revelado em detalhes
todos os sonhos meus.
Ontem de noite eu fui velado
Pelo sorriso de Deus
a imagem mais linda que vi
e sem poder resistir
a Ele também sorri.
# 181 - Deus
Pensamento Vivo - 181
"...A consciência é um estado de ser. você está "sendo" consciente. Nesse estado de consciência, você pode escolher qualquer outra forma de ser. Você pode decidir ser sábio ou maravilhoso. Pode decidir ser piedoso e compreensivo. Pode decidir ser paciente e magnânimo."
domingo, 8 de setembro de 2013
Por cinco minutos
Esse sai por dois "reaus" |
Por cinco minutos, perdi o ônibus.
Depois de um bom tempo teria novamente que
dormir na rodoviária.
É muito desgastante e incomodo, mas fazer
o quê? Não tinha outra opção. Ainda bem que estava preparado. Sempre conto com
o risco de não conseguir chegar no horário e ter que virar a noite ali na
rodoviária.
Apesar do desgaste, fico tranquilo. Por
ali há segurança, apesar de não ter conforto algum.
Normalmente como um lanche, que dessa vez
havia trago do trabalho, lia algum livro um pouco e por fim, tiro um cochilo.
Não é nada bom, porém, também não é o fim do mundo.
depois de lanchar e ler um pouco, lá pelas
24h, chegou o sono. Então debrucei-me sobre minha mochila e cochilei.
Acordei assustado, sem noção do tempo e um
pouco desorientado. O relógio digital, de luzes vermelhas, marcavam 2h da
madrugada. Olhei para os lados e não havia ninguém. Ninguém mesmo.
Onde estariam os policiais, que sempre
estão por aqui?
Não encontrei nem os funcionários da
limpeza que sempre circulam o hall, esfregando e encerando o piso. Até a única
lanchonete, que atravessa a noite atendendo as poucas pessoas que como eu,
dorme por ali, também estava fechada. Tudo muito estranho...
Olhei para os terminais e nenhum ônibus
estava partindo ou chegando, nenhum estacionado nas paradas.
Eu estava só.
Todos, absolutamente todos, haviam
sumidos.
Levantei-me ainda sonolento e fui ao
guichê de vendas de passagens. Apesar de estarem abertos e com os terminais
ligados, mostrando os lugares para venda, não havia ninguém operando.
Chamei por alguém... E nada.
Direcionei-me ao terminal de informações.
Olhei por sobre o vidro de atendimento e estava vazio. Senti de repente, uma
enorme agonia. Eu estava completamente só na maior rodoviária da região.
Não havia taxistas ou carregadores de
bagagens. Nada de vigilante ou de viajantes. Ninguém dormindo pelos bancos,
como eu. Não havia mais ninguém por ali.
Comecei a ficar nervoso e chamei novamente
por alguém. Apenas o silêncio respondeu.
Fui ao banheiro, entrei em silêncio. Olhei
por toda parte e nada de achar alguém. O desespero já começava a tomar conta de
mim. Sentia-me sufocado, como se alguém estivesse apertando minha garganta.
Já estava sentado, de olhos fechados,
orando em um banco bem escondido, quando senti uma mão em meu ombro.
Assustei-me.
Abri meus olhos e o vi.
- Olá meu amigo. Vamos tomar um café?
Era Willian, meu amigo de outra aventura.
Eu estava apenas sonhando e por pouco não
perdi a saída do ônibus.
Levantei-me e o cumprimentei. E lá fomos nós tomar um café de dois
"reaus".
Quem é bom sempre aparece.
Dessa vez desmaiei de canseira.
Por mais cinco minutos quase perdi outro ônibus.
sábado, 7 de setembro de 2013
As aparências enganam II
Para alguns, esse
procedimento é bem visto numa abordagem comercial, para outros, é uma
intromissão na sua pesquisa de compra.
Como precisava
consertar meus óculos e aproveitar para dar um bom trato em suas lentes, sai em
busca de uma loja.
Naquela bonita e
vistosa ótica que entrei, para mim, a recepção soou muito autentica e
verdadeira.
Tinha várias meninas
atendendo os clientes ou ajeitando os produtos nos balcões, o movimento estava
bem agitado naquele dia, mas aquela pessoa, muito bem vestida, vendo-me meio
perdido e desorientado, foi em meu auxílio.
Aproximou sorrindo
e disse:
- As meninas estão
ocupadas, mas sente-se, fique a vontade que elas já irão atendê-lo.
Imaginei que fosse
uma supervisora pela atenção. Sentei-me e sorri. Ela correspondeu ao meu
sorriso e ofereceu-me:
- Quer uma água,
café ou suco?
Surpreso, recusei a
gentileza. Retirei meus óculos do estojo, dizendo que gostaria de limpá-lo e
trocar os suportes.
- Permita-me
limpá-lo, aqui temos o jeito certo de fazê-lo.
Entreguei meus
óculos e acompanhei-a com os olhos. Ela os entregou a um rapaz, numa sala com
paredes de vidros, apontou-me sorrindo e saiu.
O rapaz, sob minha
vigilância, passou um produto nas lentes, limpou-o e saiu vindo em minha
direção.
- Aqui estão
senhor, seus óculos. Limpei suas lentes e troquei o suporte. Posso ajuda-lo em
algo mais?
Realmente os
óculos estavam perfeitos.
Já colocando os
óculos no estojo, não resisti e perguntei ao rapaz o nome daquela gentil
supervisora. Com certeza, indicaria a loja aos amigos e recomendaria procura-la.
- Aquela senhora
que lhe entregou meus óculos, como se chama?
Apontei-lhe a
pessoa a quem referia que já estava do outro lado da loja, falando com outro
cliente.
- Senhora...
Ah!... É a dona Auxiliadora.
Um nome justo, de
acordo com o perfil da pessoa.
- Ela é muito
simpática e eficiente. É a sua supervisora?
O rapaz olhou-me
surpreso e começou a sorrir.
- Não senhor. É a
nossa copeira.
Mesmo com os óculos limpos. Verdadeiramente, nem sempre as coisas são como as enxergamos.
Auxiliadora.
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
# 180 - Buda
Pensamento Vivo - 180
"Não viva no passado, não sonhe com o futuro, concentre a mente no momento presente. "
Buda
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Quantos anos você tem?
Era a mais velha do grupo, apesar de ser tão nova.
Foi quando aquele
jovem rapaz, que trocava olhares com ela, apareceu e então...
- Vamos ao clube,
na domingueira dançar?
A ideia veio do
amigo do rapaz. Ambos tinham no máximo 16 anos. Ela, já passava dos vinte, mais
tinha um rostinho de 17, elas sempre têm, e achou que o rapaz com quem trocava
olhares tivesse seus 19 a 20 e tantos anos também. Então ela apresentou a eles
sua amiga de 16 e aceitaram o convite.
Formaram dois
lindos casais de adolescentes.
Quando ele no meio
da conversa, perguntou-lhe a idade, com receio de que a achasse muito velha,
disse ter 17 e ficou tudo certinho. Lá foram eles ao clube.
Foram caminhando
até o clube, que não era muito distante de suas casas, assim, poderiam se
conhecer melhor. Na frente foi o casal de amigos e a alguns metros atrás, ela e
o rapaz, todos de mão dadas.
Cheios de amor pra
dar.
Preferiram o
caminho mais longe, para poderem ficar juntos um tempo a mais e quem sabe assim
se aproximarem mais.
- Imaginava você
ser bem mais velha do que eu. Até pensei que não se interesse por mim.
- Que isso! Sou
apenas um ano mais velha que você. Mas vamos mudar de assunto?
E assim
chegaram à quadra do clube.
O que eles não
esperavam, era encontrar uma viatura da polícia bem na frente da entrada do
salão das domingueiras.
Eles estavam
atendendo um chamado, para verificar se menores estavam entrando no baile, sem
o acompanhamento de um responsável maior de idade. Na hora ela lembrou-se da
mentira da idade e sabia que teria que mostrar o RG para entrar. Como os outros
não sabiam que naquela noite seria necessário ter um responsável maior para
entrarem, insistiram e entrar. Resultado. Foram barrados pelos policiais.
- Quantos anos
vocês tem?
- Eu tenho 18 seu
guarda, meu amigo 15. A namorada dele tem 16 e essa princesa aqui tem 17.
Disse ele
apontando pra ela.
- 18... Sei, sinto
muito. Sem uma pessoa de maior idade, responsável, vocês não podem entrar.
Apesar de ela
insistir para irem embora, com medo de ser desvendada sua idade, o rapaz insistiu.
- Poxa seu guarda,
deixe a gente entrar vai.
- Nada disso, vão
pra casa.
- Pô seu guarda eu
já sou um homem.
O policial olhou
sério para o rapaz e aproximando mais dele falou:
- Tá bom
homenzinho. Quero ver suas identidades, senão seus pais terão que vir buscá-los
aqui.
Pronto, estava
feito. Ela arregalou os olhos, seria descoberta.
- As identidades
de todos.
- Vejamos esse tem
16, mas não era 18? Tô sabendo... Você agora.
O rapaz afastou-se
envergonhado e o amigo estendeu o documento ao policial.
- Esse tá certo
15. Fiquem aqui do lado.
Devolvendo os
documentos aos rapazes chamou as meninas.
- Quantos anos
você tem?
A pergunta era
para a amiga.
- 16 seu guarda.
- Dê-me seu RG.
Vejamos... 16. Sua mãe sabe que está aqui com esses rapazes?
- Sim senhor.
- Sei. E você
quantos anos tem?
Ela engasgou,
tossiu e esticando a mão para entregar o documento, disse baixinho:
- 17.
-Quantos? Fale
mais alto minha filha.
Ela olhou para os
rapazes e disse:
- 17 senhor.
O policial olhou
para o parceiro, voltou seus olhos para o documento, para a menina e de novo
para o documento, perguntando:
- Quantos anos
você tem?
Ela toda sem
jeito, demorou um pouco, olhou para os olhos do policial e disse:
- 17.
Novamente o
policial olhou o documento e a encarou sério:
- Você pode
repetir sua idade, por favor?
- 17 e já estou
indo pra casa seu guarda.
Ele sorridente,
olhou para o rapaz, entendeu e devolveu o documento a ela. Mandou-os para casa,
mas não deixou por menos.
- Não quero ver
vocês, crianças, fora de casa há essa hora mais. Vão embora.
Alguém acha que
ela olhou para trás, para ver o riso dos policiais ou a cara de perdido dos
rapazes?
Arrastando sua
amiga que gargalhava sem parar, deixou os rapazes ali mesmo, sem entenderem de
nada.
Pois é...
As coisas aconteceram mais ou menos assim.
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