terça-feira, 31 de julho de 2012

Questão de opinião



Não sei o que é o correto pela ótica de nosso país e isso me incomoda.
Mais um episódio que não me agrada acontece neste governo. Agora é o Mercosul mercado comum formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Na verdade tudo já vinha se encaminhando para esse final, só esperava que não fosse da forma que se deu.
Para a entrada da Venezuela no seleto grupo do Mercosul, o que acho justo, foi necessário um artifício que na minha humilde opinião, não foi muito correto ou baseado na moral.
O Paraguai vinha se opondo há muito tempo á  entrada da Venezuela no grupo tem lá as suas razões para tal, como o Brasil que também teve e que demorou uma eternidade para se posicionar, com certeza, em razão do líder da Venezuela, Hugo Chavez.
Pois bem, com o impeachment do presidente paraguaio Fernando Lugo, entendido por vários países como um golpe, os países participantes do Mercosul, votaram pela suspensão do Paraguai desta entidade. Até ai, tudo bem, talvez precipitado, mas legal e foi unânime.
O que realmente me incomodou, foi como se deu daí pra frente.
Oportunamente, a Venezuela foi aceita no Mercosul, sem o voto do Paraguai, o único obstáculo até então.
O Paraguai foi suspenso do Mercosul, pelo acontecimento de um impeachment, que foi considerado por nossos líderes políticos, como um golpe. Na seqüência é votada a entrada da Venezuela na instituição, sem a presença do Paraguai, que quando aceito como um governo legítimo pelos nossos líderes, sempre fora contra a entrada da Venezuela. Se o governo paraguaio considerado legítimo era contra, nãos seria mais correto adiar ou no mínimo ser considerado a disposição deste país, que teve apenas o presidente caçado e não todo um Senado que balizava a decisão contra essa entrada?
Não sei... Para mim soa falta de ética, moral e respeito dos países que aceitaram a entrada do país de Hugo Chavez, sem a participação direta do Paraguai.
Não fico a vontade com essa decisão, principalmente dessa forma, até porque já passamos por um impeachment aqui e fomos respeitados pelos paraguaios.
Algo nessa história não me cheira bem.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Stress Paulista


Alan um amigo de João Pessoa, viveu muitos anos em Salvador e quando soube que eu iria pra lá, veio se despedir e aproveitar para dar algumas recomendações de como era estar na Bahia.
Sempre sorridente e boa praça, já começou orientando pra barganhar tudo na praia e eu lhe disse:
- Vou descansar, mas eu não vou à praia. - Ainda assim o ouvi com atenção.
- Meu amigo, se te oferecerem queijo coalho na praia, diga que queres com orégano.
- Cuidado com o camarão, só coma em lugar de boa procedência, na praia não.
- Meu amigo, eu não vou à praia.
- Cuidado com o acarajé, abará, vatapá, caruru. Os da praia são muito bons, mas cheios de pimenta.
- Ah... O mais importante, não bebas as deliciosas Roskas da praia. Beba no hotel, é mais confiável a qualidade da Vodca.
- Tá bem meu amigo, mas eu não vou a praia.
Alan foi embora e eu fui pra Bahia.
Chegando ao aeroporto em Salvador, um italiano de Genova, foi me buscar. Tinha um sotaque forte e tentou me vender seus trabalhos de guia. Praia do Flamengo, Barraca do Loro, a da Pipa, agradeci educadamente e disse-lhe:
- Obrigado, eu não vou à praia.
Continuou falando de Itapuã, da Barra, dos pontos de surf e outros esporte radicais das praias da Bahia. Com todo cuidado e atenção respondi:
- Sei... Mas eu não vou à praia.
Enfim cheguei à pousada. O recepcionista também italiano, me cumprimentou todo sorridente dizendo...
- Bem vindo a praia do Flamengo, temos um mar lindo, com muitos coqueiros e ondas enorme própria para o surf.
Agradeci-lhe a calorosa recepção e disse-lhe:
- Obrigado, mas eu não vou à praia.
Já no quarto, a camareira solícita, perguntou: 
- Tudo correto senhor? Espero que aproveite nossas lindas praias.
Meu Deus! Mais um...
- Obrigado, mas eu não vou à praia.
Graças a Deus estava no quarto, deitado e relaxando da viagem. Liguei a TV e fui pegar uma cerveja no frigobar, assim que abri-a, um entrevistado do repórter local falou:
- A semana promete... Pegue uma cerveja gelada, vá à praia, afinal você está na Bahia.
Olhei para a TV com a cerveja na mão, incrédulo. Devolvi a cerveja sem tomá-la, fixei os olhos na imagem e disse:
- Eu não vou à praia!
Desliguei a TV, encostei nos travesseiros da cama e peguei um jornal local pra ler. Na primeira página, havia a foto de uma pessoa fazendo sinal de positivo e fiquei curioso pra saber o que dizia. Em letras garrafais estava escrito assim: "Vá à praia hoje, curtir o show do Moska..."
Bastou! Calcei as chinelas, desci até a recepção e pedi um carro. A recepcionista toda sorridente, tal como o outro que me recebera, começou a me falar:
- O Senhor vai...
A interrompi imediatamente e disse:
- Vou à praia, comer camarão e caruru, tomar uma Roskas, vou à barraca do Loro, vou comer queijo coalho e tudo mais que a Bahia tem.
A recepcionista assustada gaguejando completou.
- ... Vai pagar com cartão ou dinheiro.
Já viu...
Foi mal... É o stress de São Paulo.
Mas eu fui à praia.
Adivinha a primeira coisa que me disseram lá?
- Vá no Bonfim é lindo...
Pronto vai começar tudo de novo.





domingo, 29 de julho de 2012

Andarilho IV - Dingo


172 km de Jacareí
Ao longe ouvi um latido. 
Era um cão todo cinza, mas que pela distância não tinha certeza e vinha em minha direção correndo e latindo numa incrível velocidade. Preparei-me para o ataque.
Já havia caminhado, acredito que uns 30 km desde Cruzeiro, estava exausto apesar do caminhar e caronas agradáveis. Fiquei imóvel.
Quando ele se aproximou o suficiente, enquadrando-se no visual de meus óculos, percebi seu rabo balançando, não apresentava perigo, apenas queria brincar. 
O recebi com carinho, ele não era cinza, estava é muito imundo. Ali em plena rodovia sem ninguém a vista para acompanhá-lo. Ele surgiu de um pequeno desvio da Dutra alguns km de Queluz, próximo a balança rodoviária. 
Depois de uns carinhos, mandei-o de volta pra casa, mas que nada, começou a me acompanhar brincando de correr pra todos os lados.
Chegando à balança cumprimentei alguns funcionários, que me recomendaram um banho no meu cachorro, pronto ganhei um cachorro.
Orientado por um colega da balança, e que generosamente deu-me um sabonete, desci até o rio Paraíba pra dar uma boa lavada no cachorro e aproveitar pra me refrescar. Na verdade não sei quem lavou quem. Como estava sem coleira, foi difícil segurá-lo para lavar e até acredito que estava gostando muito daquela farra. 
Não sabia como chamá-lo e como fazer pra que ele voltasse para sua casa, com certeza alguém estaria a sua procura. Talvez, uma criança, já que ele é dócil demais.
Bem, até devolver meu companheiro ou ele sentir saudades de casa e me abandonar resolvi chamá-lo de Dingo, nome do meu primeiro cachorro quando criança. Depois do banho até que se parecia bem com o meu antigo amigo o Dingo verdadeiro, ficou mais bonito, mas acredito que era um cão de rua, sem donos. Estava muito magro e tinha alguns ferimentos.
Comemos os dois ali na beira do córrego, debaixo de uma árvore, realmente Dingo estava faminto devorou o pedaço de pão de torresmo que ganhei de uma carona até Queluz. Com muitos cuidados cuidei de seus machucados.
Levantamos e começamos de novo a caminhada rumo ao encontro da minha Dulcinéia. Acenei aos amigos da balança e segui rumo à divisa com o Rio de Janeiro. 
Agora não estaria mais só. Acabara de encontrar meu Sancho Pança, pra mim Dingo Pança, o escudeiro ideal.
Foi assim que comecei a chamá-lo a partir dali.
Nunca me passou pela cabeça, é o que Dingo Pança faria pra ajudar e livrar-me de situações perigosas.
Voltei pra estrada...
Agora caminhando com um companheiro... Dingo.

sábado, 28 de julho de 2012

Que pena.. Diego.



O Brasil é perseguido por uma maldição na ginástica, a explicação só pode ser essa.
Na edições anteriores sempre tínhamos esperanças com Diana, Jade e Diego. Esses atletas se saiam maravilhosamente, durante os 3 anos que antecediam os jogos olímpicos, sempre liderando os torneios e campeonatos mundiais.
Quantas vezes nas diversas competições víamos esses jovens atletas, também Daniela Hypólito, nos trazer a alegria das conquistas e nos dava o orgulho da execução de nosso hino, onde quer que disputassem.
Aprendi a reconhecer e valorizar esse excelente atleta, Diego Hypólito.
Fiz questão de agendar na TV sua apresentação, tinha certeza que ele arrebentaria e traria pra nós o ouro no solo, não tinha erro, ele é o melhor.
Acompanhando a programação vimos alguns dos competidores que pareciam facilitar a classificação de Diego, erravam muito, de repente informaram que chegara a hora, lá vem Diego Hypólito. Parei o que estava fazendo, chamei minha filhota Tatá e sentamos os dois nervosos no sofá pra ver sua apresentação.
Diego começou muito bem, desenvolveu seus saltos quase perfeitamente, até em um salto não teve altura suficiente e a aterrizagem não foi perfeita, caindo. Essa queda lhe deu uma nota baixa e ele o favorito terminou em sexto.
A sensação foi de "déjà vu". 
Em 2004 Daiana dos Santos era a favorita disparada, ninguém duvidava que traria ouro, provará ser a melhor em todas as competições anteriores, mas numa falha deu alguns passos pra fora do tablado e terminou em quinto.
Será difícil, mas agora só resta a ele Rio 2016.
Que pena Diego...

Olimpíadas 2012


Mister Bean no Boxe




Toda versão dos jogos Olímpicos, traz um frisson quanto à abertura e encerramento e Londres 2012 não foi diferente.
Tudo conforme o esperado, do jeito inglês de ser, com algumas gratas novidades. Não faltou o glamour, humor, classe, criatividade e bom gosto, tudo muito lindo. De James Bond a David Beckhan.
Pontos muito bons como o salto da Rainha ao lado de James Bond de um avião, a irreverência de Mister Bean e o grande espetáculo apresentado no centro do estádio, realmente foram destaques incríveis nesta festa mundial.
Mas tudo isso você deve ter assistido pela TV ou ainda assistirá, porque com certeza irão reprisar. 
O que eu fui buscar sobre as Olimpíadas, são outras coisas... As curiosidades.
Sabiam que...

- O Cabo de Guerra (1900 a 1920), aquele mesmo que brincávamos quando criança ou na escola já foi um esporte olímpico, pois é poderíamos reimplantá-lo no Rio 2016, teríamos chances de medalha. 
Várias outras modalidades curiosas já fizeram parte das Olimpíadas:

- Doze Horas de Ciclismo (1896), Levantamento de peso com apenas uma mão (1896 a 1904), Tiro ao pombo (1920) e Voo livre de planador (1936), Jogo da Palma (1908), Motonáutica (1908) e arremesso de dardo e disco com as duas mãos (1912).

- O lema das Olimpíadas, "Citius, Altius, Fortius", foi criado pelo francês Henri Didon para os jogos de Paris (1900). O lema, que traduzido significa "mais rápido, mais alto, mais forte" é usado até a atualidade, o nosso teremos "pra cima e avante" também.

- O sueco Oscar Swahn foi o atleta mais velho a conquistar uma medalha em Jogos Olímpicos. Com 72 anos, ele ganhou medalha de prata na competição de tiro durante as Olimpíadas da Antuérpia (Bélgica), em 1920. Por lá Oftalmologista deve morrer de fome.

- O atleta que mais ganhou medalhas olímpicas foi o nadador norte-americano Michael Phelps. Nos Jogos Olímpicos de Atenas (2004) e Pequim (2008) ele ganhou, no total, 14 medalhas. O cara sozinho ganhou mais que muitos países em toda sua história.

Bem, mais voltando a Londres 2012, onde esperamos ganhar mais medalhas que na última, o único comentário a deixar sobre o evento de abertura e suas atrações é...


"Eu ainda prefiro o John"

sexta-feira, 27 de julho de 2012

As pedras que andam


Racetrack_Playa,_Death_Valley,_large1


Um fenômeno muito interessante e que os cientistas ainda não acharam explicações convincentes é o que ocorre no Vale das Mortes, na Califórnia, nos Estados Unidos.
Ali as pedras simplesmente andam.
Já foi dito de tudo sobre o assunto e em especial que o vento as movia. Improvável, há pedras com mais de trezentos quilos que se movem e deixam seu rastro pela argila rachada como o da foto.
Tentando achar explicações dois cientistas Bob Sharp e Dwigth Carey descobriram que é mais complexa a explicação que buscavam.
Chegaram a conclusão que algumas dessas pedras movem-se metros por ano, enquanto outras apenas pouquíssimos centímetros, algumas seguem em linhas retas e outras fazem curvas. E o mais curioso é que duas pedras uma ao lado da outra se comportam diferentes, uma anda mais que outra ou ainda uma faz curva enquanto a outra segue reto.
Novos cientistas tentam outras teorias como o deslizar das pedras durante o inverno quando o solo congela. 
Mas já foi falado também em eletro-magnetismo, mini-furações, pessoas que as empurravam e não deixavam marcas de seus pés e imaginem... Até em extraterrestres que as comandam do espaço.
Mas enfim o mistério continua e trás diversos estudiosos do mundo toda à Califórnia, para estudar o fenômeno. Até que surja uma explicação convincente e satisfatória, o Vale da Morte continuará com seu mistério das pedras errantes.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

O acordar

Abri os olhos e busquei seu corpo.
Toquei sua pele, acariciei seu rosto
Depois o lado oposto,
encostando os dedos em seus lábios.
Senti nas pontas dos meus dedos, seu sorriso.
Sei que não é preciso
dizer que também sorri.
Não menti, quando sussurrei
baixinho o quanto era feliz.
O cheiro, a pele, a maciez dos cabelos
O selo em meus lábios
Tudo era perfeito, mas como um efeito
num filme vespertino de TV,
vi você, esvair-se de minhas mãos,
como numa névoa
desaparecer, dissipar

Movi-me rapidamente
Tentando te segurar,
Mas você desapareceu.
De repente um súbito se deu.
E levantei... Ainda assustado olhei,
e vi você dormindo tranquila.
Sorri e te abracei.
Dormimos.





Sou Freitas


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Um toque de Paz.


Conheci Lurdinha no ônibus, após uma conturbada viagem, retornando do aeroporto para casa.
Uma senhora simpática e sorridente que me fez companhia até São José dos Campos. Desculpem-me, mas nunca poderia tentar definir sua idade para que possam imaginá-la, pensem apenas que era uma senhora simpática de cabelos claros.

Assim que entrei no ônibus havia um rapaz conversando com ela, pedi licença para sentar ao seu lado, que gentilmente dispensou o rapaz que a havia acompanhado até ali e voltaria pra casa. Seu genro. E disse:
- Pode ir. Agora estou em boa companhia, com esse belo rapaz. - Sou eu... rsrs
Assim que o ônibus saiu perguntou-me como foi a viagem e prontamente respondi que fora perfeita. Não contei os transtornos. Jamais incomodaria aquela doce senhora com minhas trapalhadas.
Ela prontamente, muito falante, começou a dizer que eu devia acreditar em meus planos, pois dariam certo. Perguntou-me sobre meu trabalho.
Ouviu atentamente eu falar  sobre o controle que envolve o plantio e colheita das florestas de eucalipto, resumidamente é claro.
Depois, falou de sua vida, seu marido, um conhecido "faz tudo" de Caraguá. Segundo ela muito requisitado na região. Um mecânico de manutenção aposentado. Ela... Era a sua secretária e ele adorava falar aos clientes que namorava sua secretária. Demais.
Contou-me vários casos e acontecimentos engraçados que talvez um dia eu converta alguns em textos dividindo com vocês. Quando estávamos tomando o acesso para entrar em são José dos Campos e direcionar a rodoviária, pegou em meu braço e disse-me:
- Vai descer, eu sei. Mas quero que saiba que o caminho que escolheu te fará muito feliz. Não ligue para as dores e sim para o que elas te construirão. A cada obstáculo que tiver pela frente, enfrentem juntos e conseguirão. Todos os demais também assimilarão no seu devido tempo. Seja como o eucalipto que cultivas. Permita a raiz se aprofundar em busca de minerais que fortalecerá sua base. Enfrente o vento contra, para criar estabilidade em sua volta. Respire por tuas folhas e se alimente por sua raiz. Ambas são da melhor qualidade, dadas por quem te ama muito, Nosso Senhor. Vá em paz.
Cheguei na rodoviária ainda sem fôlego. Desci as escadas do ônibus de pernas bambas, depois de ouvir as palavras de Lurdinha. Aquela senhora entrou em minha alma, fez um carinho e a deixou mais feliz.
Voltei-me após o último degrau para vê-la e acenar... Não foi possível, as portas se fecharam e o ônibus se foi.

Seja também, muito feliz Lurdinha... Muito obrigado.

#56 - Ralph Waldo Emerson

Pensamento Vivo - 56


"A glória da amizade não é a mão estendida,

nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delícia da companhia.

É a inspiração espiritual que vem quando você descobre

que alguém acredita e confia em você." 



 Ralph Waldo Emerson

terça-feira, 24 de julho de 2012

Qual o sentindo da vida?



Para uma coisa se tornar verdadeira, tem primeiro que existir no pensamento, nas palavras e nos atos.
Esse pensamento é afirmado por alguns filósofos.
A vida é um grande laboratório que nos dá a oportunidade de experimentar tudo o que já vivemos conceitualmente. Todas as teorias que levamos e criamos no passar dos anos, colocamos em prática, assim, podemos refinar esses conceitos e direcionar nossos passos.
É importante entender que saber algo é muito diferente e distinto de vivenciá-lo.
Talvez o maior sentido da vida, seja chegar à um lugar e sem nem saber que você está nela, vivendo, percebe que sempre esteve aqui.
Em minhas reflexões sempre tenho como foco os: Por quê? Ou Para que?, Como se tivesse que buscar essas respostas.
Ainda que ninguém as respondesse fui as tendo uma a uma, com a vivência e como se tivesse sendo direcionadas.
Para quem constrói sua morada na rocha, a estabilidade e segurança são reais, ao contrario daquele que a constrói na areia ou no leito de um rio.
Gandhi dizia: "A sua vida é uma mensagem, a sua declaração pessoal daquilo que você crê".
Quando digo aos amigos que sempre me preparo para a pior situação, não é que eu seja um pessimista, ao contrário, sempre sorrio pra vida, é que me preparando assim, não sou pego de surpresa e o que vier de bom será sempre bem vindo. Comigo funciona.
Se a vida é um constante caminhar pra mim sempre foi mais difícil chegar... Mas sou mais teimoso que a vida.
Não pare pra pensar... Viva.
Mas não viva com se esse fosse seu último dia, como se uma ampulheta estive te tirando cada segundo de seu tempo, cada grão de areia que constrói seu coração e sua alma, mas sim como mais um dia que terá a chance de dizer e reafirmar a quem lhe é importante... Que a ama.
Tente e tenho certeza que encontrará o seu verdadeiro sentido da vida.
Boa sorte.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O amor é cego



Download O Amor é Cego dublado (Dual Áudio)O amor é cego

Titulo original: Shallow  Hal

Diretor: Peter e Bob Farrelly

Gênero: Comédia

Lançamento: 2001

Elenco: Jack Black, Gwyneth Paltrow, Jason Alexander





Sinopse: Hal só se interessa por mulheres com físico perfeito, apesar de nunca conseguir nada com elas. Mas sua vida muda completamente quando se encontra com Anthony Robbins um guru da auto-ajuda que o hipnotizafazendo Hal enxergar apenas a beleza interior das mulheres. Vivendo sob essa nova perspectiva Hal se apaixona por Rosemary, uma mulher obesa que é vista por ele como uma modelo de formas perfeitas. Mas nem tudo é perfeito, quando retirado de sua hipnose por seu amigo Maurício, ele passa a ver Rosemary como fisicamente ela é . 

Opinião: Um filme incrível e bonito, com tiradas hilárias e de muito bom gosto. Vale e muito a pena assistir.

#55 - Stevenson



Pensamento Vivo - 55

"Não peço riquezas nem esperanças, nem amor, nem um amigo que me compreenda. Tudo o que eu peço é um céu sobre mim e um caminho a meus pés." 

Stevenson 

domingo, 22 de julho de 2012

Turbulência

Nretorno de uma viagem a Bahia, como sempre, planejei tudo com cuidado, mas nem tudo aconteceu como planejado. 

Antes contei em Voo apertado, como foi antes do meu embarque rumo a Bahia, sobre a ”solidariedade” de alguns, "mui" amigos, para me animar na viagem. Pois bem, apertem os cintos... Esse foi o retorno.

Tudo aconteceu como planejado, quer dizer, como sempre quase tudo.

Depois de confirmar meu voo de retorno, todo mundo que soube da viagem veio me dizer, sem saber, da empresa que contrate, que tal empresai não era uma boa escolha. Pareciam estar combinados. Assim que fechei negócio, me aparece uma colega do trabalho, aconselhando que não fosse pela companhia “X”, pois, ela era muito ruim. Já no aeroporto, o taxista que me levou, fez questão de me alertar para não viajar pela companhia “X”, a mesma da colega, sem antes perguntar em qual eu embarcaria, apenas disse:

— Nunca vá nunca pela companhia “x”, ela é ruim demais. Despreparada.

E adivinhem vocês, qual era meu voo. Isso mesmo, a companhia aérea “X”.

Depois dessas orientações tardias, afinal já havia comprado a passagem, comecei a reparar em cada detalhe quando entrei na nave. Confesso que se tivesse uma chave de fenda à mão, provavelmente apertaria qualquer parafuso que surgisse a minha frente.

Meus olhos de águia tudo viu, quando de óculos é claro. Logo de entrada notei uma poltrona com um minúsculo rasgo no encosto. Era um furo muito pequeno, mas o coração disparou.

Quando sentei no meu lugar, senti o braço da poltrona com jogo, meio solto. Já acomodado prendi o cinto, conferi minuciosamente tudo e enfim relaxei. Foi então que começou a bagunça.

Um passageiro sentado na poltrona do outro e gente reclamando pela janela. Foi um tal de senta e levanta, tinha um bebê que não parava de chorar e um velhinho ao meu lado com uma cara de mal-estar, parecendo que me sujaria mesmo antes de levantarmos voo.... Um caos total.

As comissárias já um tanto tensas, enfim conseguiram fazer com que todos se sentassem. Tarefa para lá de desgastante. “É muito simples, basta apenas ver o número da poltrona na passagem e sentar-se, sem segredos”, afirmou outro colega de poltrona. Perfeito até que chegou outro passageiro e disse-lhe: “O Senhor está no meu lugar”. Ele também errara a poltrona. Lá vou eu levantar para trocarem de posição.

Meu Deus! Depois de tudo certo, começou a bagunça de novo, mas enfim, decolamos.

Já estávamos sobre Vitória da Conquista num voo tranquilo, quando bateu uma vontade tremenda de ir ao banheiro... Ops! Será?

Não aconteceria nada comigo, estávamos a 1/3 do caminho. Levantei-me com muito cuidado e fui ao banheiro. As comissárias me olharam e sorriram. Estava tudo bem.

Já no banheiro, iniciando meu esvaziamento da bexiga, veio uma turbulência. Do banheiro, ouvi o comandante dizendo a tripulação para orientar os passageiros. A turbulência seria rápida. O cara anda a 300 Km/h no céu e ainda não tem noção do que é rápido. Foi a turbulência mais longa de minha vida.

Já estava com o zíper aberto me aliviando, quando começou a balançar tudo.

Já de início fui com as costas na porta do banheiro, muito difícil acertar o vaso sanitário assim, foi tudo pela parede, pia e chão. Tentei-me segurar na caixa do papel e saiu muito papel em tiras, caindo tudo pelo chão. Novo chacoalho e fui para frente, batendo as partes baixas no vaso sanitário. Acho que até a população de Vitória da Conquista ouviram o meu “Aiiiiii ”.

Ainda com as partes de fora, procurei-me estabilizar e segurei numa alavanca ouvindo um clique. Acabara de abrir a porta.

O avião ainda balançava com todos se segurando em seus assentos e eu ainda no banheiro de calça baixa, cheio de papel molhado e ainda terminando minha necessidade. Segurei desesperadamente a porta, para não deixar abrir totalmente.

Depois de uma eternidade, o avião equilibrou-se. Com a porta parcialmente aberta, vi uma comissária vindo em minha direção. Guardei as coisas, juntei os papéis com os pés, joguei tudo no lixo e quando ela chegou, já estava lavando as mãos.

— Senhor, tudo bem?

— Tudo perfeito, obrigado. — Disse enquanto saía do banheiro sob o olhar de quase 100 passageiros, alguns ainda com cara de assustados. Fui andando para o meu lugar que era no meio do avião, quando a comissária disse em frente à porta do banheiro.

— Senhor, está arrastando um papel em seu tênis.

Pergunto. Você pararia para tirá-lo? Eu não.

Andei mais rápido que pude e sentei-me, com a cabeça baixa de vergonha, foi quando escutei uma risadinha. Olhei para o lado e vi o velhinho que passava mal, na maior tranquilidade sorrindo para mim com seus 3 dentes. He, he, he.

Impressionante... Essas coisas só acontecem comigo.


domingo, 15 de julho de 2012

Andarilho III - Norminha


150 km
Depois de dormir em Taubaté, segui logo cedo meu caminho o tempo estava agradável e imaginava caminhar pelo menos 30 km neste dia.
O sol estava nascendo quando alcancei a rodovia, ventava levemente e podia sentir o cheiro da manhã. No acostamento via as gramas ainda cobertas pelo orvalho enquanto sinalizava pedindo carona.
Uma pequena caminhonete sinalizou e encostou. Uma carona...
Norninha, uma senhora simpática com seu neto o Guga como ela o chamavam estavam levando ração para o sitio do pai de Guga em Cruzeiro.
Guga já estava com 18 anos, aliás, percebi que foi esse o motivo que ela me deu a carona, estava segura. No entanto me parecia muito reservado, ao contrario de Norminha muito simpática e comunicativa.
Comentou que estava com um problema precisava descarregar toda a ração que era muito e só conseguira Guga para a tarefa, então me prontifiquei a ajudá-los. Então a deixamos na casa principal do sitio e fomos com a caminhonete descarregar, mas não antes de tomar um café que Norminha insistiu em fazer pra mim. Deixamos Norminha arrumando as coisas na cozinha e fomos ao galpão guardar as rações. Combinamos de esperá-la ali, para me deixarem na rodovia novamente.
Já iniciado o descarregando, Guga e eu começamos a conversar, ele se soltando aos poucos explicou o porquê de tanta ração, sua avó criava carneiros e cabras e doava boa parte da produção do leite pra um hospital infantil.
Falava-me com muito orgulho da avó, da vida dura que teve pra criar seu pai e mais três irmãos, o avô falecerá ainda novo. Sua empolgação aumentava enquanto falava de Norminha, disse que morava com ela por vontade sua, pelo apego que tinha a ela.
Porém, confessou estar preocupado com ela, pois havia passado pelo atendimento médico constantemente e feito muitos exames. Ele não sabia o que ela realmente tinha e como ela escondia, ele ficava bravo com isso.
Como adorava a avó então ficava aborrecido, mas ela sempre o fazia sorrir, ela era muito bem humorada,  sempre sorrindo e ajudando pessoas como fez comigo.
Guga falou que antes de pararem pra minha carona ele discutiu com ela por fazer sempre isso, era perigoso, nem todos eram boa gente como eu. Claro que Guga tinha razão, mas ela sempre fazia questão de fazê-lo.
Quando terminamos ficamos ainda um bom tempo sentado conversando esperando Norminha. Contou-me da infância com a avó, das festas de rodeio que foram juntos, como ela o ajudava em tudo e fizera dele um homem, com bons estudos e educação.
Era lindo vê-lo falar assim dela.
Não sabia dizer o porquê, mas sentia que aquele encontro não fora simplesmente uma coincidência. Sentia que era algo forte e com um sentido puro e profundo. Norminha demorava demais e fiquei preocupado com o horário. Como o irmão de Guga estava pra chegar ele decidiu me levar e depois voltar pra ficar com a avó. No caminho em direção a rodovia onde eu continuaria minha caminhada contei ao Guga minha aventura na busca de minha Dulcinéia e ele divertiu-se muito rindo e achando que eu era maluco de sair assim pelo mundo. Deixou-me na beira da estrada e enquanto comecei a caminhar ele estava manobrando a caminhonete, de repente atendeu o celular e percebi com o aumento da distância entre nós, o seu choro convulsivo... Acho que descobrira que Norminha não estava mais entre nós.
Como eu sei? Tai, não sei dizer... Só senti, só sei caminhar.
E esta caminhada continua me surpreendendo e nem tudo nela será alegria.