Respire
fundo e mente aberta.
Era um dia como outro
qualquer, mas nós sabíamos que ele seria especial.
Logo pela manhã, nos
cumprimentamos com um beijo caloroso, um verdadeiro “bom dia” que parecia
carregar consigo a promessa de algo marcante. Enquanto tomávamos o café, nossas
xícaras de líquido quente se moviam de forma sincronizada, assim como os toques
sutis de nossos pés sob a mesa. Ela, como sempre, estava radiante, vestindo um
delicado vestido verde claro, curto e com um decote discreto. Linda, emanava
felicidade, mas havia algo em seus olhos – uma leve inquietação.
Entre risos e gestos quase
automáticos ao recolhermos a louça, nossos dedos se tocaram, quase sem querer,
e o que parecia ser nervosismo começou a se revelar. Talvez ela se preocupasse
com a minha inexperiência, talvez não quisesse que eu me sentisse pressionado.
Confesso que eu mesmo estava apreensivo. Era a minha primeira vez, e eu temia
não estar à altura, mas sabia que precisava acontecer. Ela, com sua
experiência, parecia entender o peso do momento.
Ficamos em silêncio por
alguns minutos, com diálogos curtos, como se evitássemos encarar o que estava
por vir. Ela tentava aliviar minha tensão com pequenos gestos e sorrisos,
enquanto a água da torneira caía sobre os pratos que ela enxaguava.
Dirigi-me ao local onde
tudo aconteceria e esperei por ela. Enquanto meus pensamentos se embaralhavam,
ela chegou silenciosamente, abraçou-me por trás e sussurrou:
— Vamos agora?
Estremeci, mas balancei a
cabeça afirmativamente. Virei-me para ela, toquei seus lábios com delicadeza e
dei um passo para trás, revelando um lençol azul que havia comprado dois dias
antes, guardado para esse momento.
Ela se posicionou ao meu
lado, estendeu o vestido que carregava e disse calmamente:
— Coloque ali, sem enrolar.
Com a habilidade de quem já
sabia o que fazer, foi passando peça por peça de suas roupas. Eu olhava, meio
constrangido, e então fiz o mesmo com as minhas. Olhamo-nos mais uma vez e ela
sorriu.
— Feche a porta. Agora
podemos começar.
Com as mãos um pouco
trêmulas, um nervosismo aparente, ergui minha mão e ela me corrigiu.
— Aí, não! Só depois — ela
corrigiu, rindo. — Aqui primeiro, mas com cuidado. É muito sensível.
Então, apertei o botão iniciar,
e então a lavadora começou a funcionar.
Sim, a minha primeira vez
lavando roupas!
Ah, o que você achou que
fosse? Oras! Você só pensa... naquilo.
Como é difícil ser um homem.
Muito bom......rindo até 2050
ResponderExcluirKkkk, pensei em vc e a jaque e não na sua máquina de lavar kkkk
ResponderExcluir