sábado, 6 de julho de 2013

Vaga para administrador


"- Senhor prefeito, seu desempenho está muito abaixo do nível exigido pela nossa cidade. Por causa disso, estou-lhe comunicando que está despedido!"

Já me envolvi muito e diretamente com a política e adoraria muito ter ouvido a frase acima várias vezes nesse período.
Fiz passeata, carreata, protesto, discurso inflamado de patriotismo e nacionalismo. Participei de paralisação de avenidas, fábricas e escolas.   Fui líder de comunidade jovem da igreja católica, presidente e tesoureiro de APM em escolas, Presidente de Conselho Municipal, Presidente de associação de moradores e Diretor de instituição filantrópica. Fui fundador, presidente e candidato de partido político.
Enfim... Vivi intensamente o "direito" de brigar pelos meus direitos.
Nesse período cansei de ouvir pessoas dizendo que não gostavam de política ou ainda, que a política era suja e só dá ladrão. Não é bem assim.
Vivemos em pró do bem comum, especialmente da coisa pública. A política faz parte disso também, afinal é a arte de governar. Todas as questões das cidades ou do país fazem parte dessa governança e tem muita importância para todos.
Quando dizemos que não gostamos de política e a evitamos, estamos deixando parte de nossas vidas e necessidades, inclusive de nossos dependentes, nas mãos de pessoas que adoram isso e que nem sempre estão preparados para buscar o que realmente necessitamos.
A cada vez que votamos em qualquer um ou que deixamos de votar, estamos dando condições para que essas pessoas mal preparadas ou até desclassificadas, de decidir por nós.
Um exemplo interessante é as obras de construção ou reconstrução das arenas para as copas das Confederações e do Mundo. Se nós, entendíamos e já sabíamos que a corrupção estaria presente, porque não paralisar tudo antes do inicio das obras. Quem sabe uma corrente humana em volta dos estádios impedindo a entrada das empreiteiras na obra e só liberar quando os orçamentos estivessem mais próximos de uma realidade de custos e execução.
Infelizmente não aconteceu assim. 
Cansei de ver colegas justificando essas reformas com a importância de termos melhores estádios. Concordo. Mas com orçamentos reais e comprometimento de execução nos prazos.
Seria interessante ver governadores e prefeitos, com planos de metas a serem executados ditados pelo povo ou ainda serem despedidos quando não as cumprissem. Numa empresa privada é assim, não atingiu as metas adeus. Com certeza nas próximas pesquisas apareceria o grande índice de desemprego desses administradores.

0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado por comentar. Seu comentário e opiniões são muito importante para melhorar o blog.Se não quiser deixar... Fazer o que...