sexta-feira, 29 de julho de 2022

Eu, o Rei e a sua corte.

 Podem-me chamar de saudosista, de velho, de antigo ou qualquer outra palavra que exponha minha idade. Não ligo.

No final de semana fui ver Elvis e ponto.

Se paixão é coisa boa, sou apaixonado, senão, sou um romântico a moda antiga. Chegamos de mãos dadas no cinema. Eu e a corte do Rei.

Tiramos foto em frente ao cartaz do Rei, bem ao seu lado, ele, que como o Rei dos Reis, também não gostava de ser chamado assim, era outro representado. Teve pipoca, por conta da filha. Isso mesmo, eles também foram, afinal fazem parte da corte.

Para registrar a rebeldia que o Rei simbolizava, fui convidado a me levantar do degrau da escada onde descansava. "- Senhor, não pode sentar-se aí. Levante-se por favor". Muita gentileza, nenhuma empatia e as velhas pernas que lutem, para esperar a demora de entrar.

A abertura do filme, foi digna do Rei. 

Passei a maior parte, do início ao fim, ora acompanhando o ritmo das musicas com o pé, ora achando que cantava realmente em inglês, muito baixinho é claro, e as vezes tirando do canto do olho uma lágrima que entregava o quanto admirava o protagonista da história.

Apesar do dito vilão narrar toda a trajetória de Elvis, cá para nós, nem era tão vilão assim, talvez abusivo e ganancioso, já que o ingênuo Rei permitia, até isso me fez ficar hipnotizado pela saudade que a película trouxe. Desculpem por película, mas não se esqueçam que sou um tanto idoso.

Foi muito bom ver Elvis em destaque e ser lembrado novamente. O filme foi bom? Não sei. A saudade era tão grande que me deixou focado em cada cena que trazia Elvis. O ator foi bom? Acredito que sim, pois fez que meus olhos só enxergassem, a cada cena, apenas o incrível artista de Memphis.

Dor, tristeza e saudades, ficaram ao final?

Nada disso! Ficou mesmo, foi a imensa alegria que sinto quando ouço cada canção de Elvis, a admiração pelo incrível profissional que amava seus fãs e eu sou um deles. Talvez tenha ficado apenas uma vontade de quero mais, mas valeu.

De mãos dadas saímos da sala ainda escura ao som de mais uma canção de Elvis, definitivamente, o Rei do Rock estava mais vivo do que nunca.

Lembre-se do Rei!

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