quinta-feira, 22 de setembro de 2016

A Bruxa de Blair - Que medo...

Esse sim foi bom.
Quando fui assistir o primeiro filme,  em 1999, não esperava ter o impacto que tive. Realmente era um filme diferente e valeu a pena.
Não vou dizer que na época me deu medo, mas nunca mais fiquei parado olhando para um canto.
Caracas, meu! Eram um pouco pequenos meus filhotes, quando contei sobre a eles ou mesmo peguei a fita para assistirem. Esse filme marcou tanto, que durante anos brincava com minhas filhotas, a noite quando apagávamos as luzes pra dormir, com uma das cenas marcantes dele. Eu chegava bem pertinho delas, ligava o celular bem próximo do rostinho delas e falava - " A Bruxa de Blair". Como aquela cena fantástica, que uma das personagens com os olhos esbugalhados de medo, chorando, se borrando toda, desculpem... com muito medo, perguntava o que estava acontecendo. Idiotice né... mas nos divertíamos. Esse era o filme.
Enfim, depois de tantos anos e com minhas filhotas já mocinhas, eis que lançam novamente o filme. Adivinhem...
- Alô?... Oi filhota!
- Pai vamos ver a Bruxa de Blair?
Como falar não pra essas meninas e perder esse clássico. Lá vamos nós novamente, eu e Jackie prontos pra sentir medo de verdade.
Como nada é coincidência em minha vida, o dia combinado foi justamente no dia da minha volta ao trabalho, depois de uma curta férias. O que tem haver isso? Nada. Foi só pra relatar mesmo.
Sai rapidamente do trabalho, fui pra casa tomar um banho e partimos para o cinema. Não estava tão ansioso quanto da primeira vez, mas era a Bruxa de Blair.
A sessão era as 18:30 - isso é hora de assistir filme de terror? -  e peguei um baita transito para chegar - já meio estressado - no shopping onde assistiríamos o filme. Já um tanto impaciente, não gosto de  deixar alguém me esperando mais que o devido. Cheguei acelerado na praça de alimentação para encontra-las - já com a desculpa do transito pronta - e lá estavam elas despreocupadas as 18:25, ainda tomando um lanche. Como é tranquila essa geração e o filme pra começar.
Agitei o ambiente fazendo todas correrem, afinal assistiríamos o tão famoso filme da Bruxa de Blair.
Já dentro da sala, toda escura, - não sei como não cai nos degraus que diziam estar lá, mas que não achei - então, mais uma surpresa. Vazia. Estávamos no máximo em 12 a 15 pessoas naquela enorme sala. Essa moçada de hoje não sabe aproveitar um bom clássico de terror. O negócio agora é só ver sangue jorrando, gritinhos e sustos repentinos, nada de dar medo e ainda chamam de terror. Vai vendo... É porque nunca viram a Bruxa de Blair. Perderam.
Depois de alguns intermináveis trailers, chegou a hora. Tudo ficou escuro e começou aquela música sinistra. Já nos créditos a filhota se encolheu na poltrona. Hehehe... Agora elas vão ver um verdadeiro filme de terror.
Véio...
Que decepção.
O que assistimos foram os mesmos intermináveis gritos dos atores, os mesmos sustos repentinos, uma imagem que parecia ser feita por alguém jogando milho pra galinhas enquanto filmava com a câmera, de tanto que tremia e ia rapidamente pra lá e pra cá. Não dava pra ver nada e entender menos ainda. Pra variar, as personagens faziam tudo o que realmente não deviam e que ninguém faria. Qual o maluco sairia sozinho numa floresta sinistra, no meio da noite, longe do acampamento, pra catar lenha pra fogueira. Meu deus... Estava cheio de madeira em volta dele, ele estava na floresta e bem próximo as barracas, era só agachar e pega-las.
Saímos eu e Jackie decepcionados da sala e triste pelas meninas, mas para a nossa surpresa, elas adoraram. Vai se entender essa geração.
Deu. Deu por hoje, chega de continuações.
Bruxa de Blair, Bruxa de Blair... Ui que medo... Sem graça.
O que me causou medo mesmo foi preço da pipoca.
Caracas! Fiquei até pálido.

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