Com atraso de dois meses e alguma
relutância, resolvi registrar mais essa proeza de meus amados amigos caninos.
Para começar, parece que tudo
acontece com a nossa pequena cadelinha e sou obrigado a resumir para quem quer
que esteja lendo compreenda quem é Adélia Vitória, ou simplesmente
Delinha.
Para início de conversa, foi
ela quem nos escolheu ou nos adotou, e nem deu chance de opinarmos sobre isso.
De tão magrinha e pequena, achou uma brecha no portão de casa e entrou na cara
de pau (ou de fome). Também sem ser convidada, aproximou da comida do Twoo meu
Pitdor (pitbul com labrador) e comeu sua a ração. E o "grande"
protetor da casa, só ficou olhando. Enfim... Ficou de vez.
Muito arisca, talvez pelas
dificuldades que enfrentou até ali, sempre fugia quando nos aproximávamos.
Apesar de desconfiada de tudo, todo barulho que vinha na rua a fazia sair em
disparada para perseguir ou ficar a latir. Hiper estressada.
Foi numa dessas escapadas
desesperadas para seguir algo ou alguém, que foi atropelada.
Apesar do impacto, voltou
correndo e se escondeu debaixo do meu carro. Para tirá-la de lá foi muito
difícil. O medo era de que tivesse quebrado algo e arrastando piorarmos a
situação. Conseguimos aos poucos pegá-la e verificamos que não havia nenhum
machucado grave, ainda assim a levamos ao veterinário.
Depois de uma análise física
geral, o veterinário não encontrou nenhuma lesão, aproveitamos para tratá-la de
pulgas e outros, e fomos todos para casa.
Nos dias seguintes percebemos
ela muito inquieta e ainda fugindo de um carinho. Continuava a dar saídas
longas e voltava para comer. Começamos a perceber que estava cada vez mais triste
e isolada até que sumiu de vez.
Saímos eu e Jackie atrás dela e
a encontramos a beira de um córrego, sentada e com olhar distante. Sem nenhuma
reação a nossa chegada. A cena mais deprimente que já vi na vida. Parecia que
havia se isolada para morrer. Muito difícil de se ver.
A levamos novamente para casa e
ela começou a espumar pela boca algo verde. Corremos novamente ao veterinário e
a deixamos internada para um atendimento mais cuidadoso.
Diagnóstico: havia comido
veneno, chumbinho.
Algum desalmado deve ter
colocado para matar ratos no córrego e a coitadinha comeu.
Começaram a fazer uma
desintoxicação em Delinha e ela inchou, virou uma bola com o soro aplicado.
Analisando os veterinários
descobriram que quando ela foi atropelada, rompeu sua bexiga. Sem muito pensar
decidimos, opera.
Esse foi o início da saga da
minha cachorrinha, mas só o início.
Após dois anos desse drama
todo, resolvemos castra-la, afinal ninguém aguentava mais o desespero do Twoo
quando vinha o cio. Aproveitamos um mutirão de castração promovido pela
prefeitura local e lá vamos nós com Delinha. Castrou e ela restabeleceu-se
rapidinho.
Mais um ano se passou e.... em
poucos dias Delinha ficou gorda demais. Como Twoo que é três vezes maior que
ela para "pega-la" e ainda por cima ela era castrada, logo pensamos
no pior. Um tumor.
Corremos com ela para o
veterinário e SURPRESA!!! Delinha vai ser mamãe.
- Como assim?? - Essa foi
Jackie
- Pelo ultrassom deve ter pelo
menos 5 filhotes. - Disse o responsável pelo ultrassom.
Bem nem vou relatar a nova
saga, haja texto e sandices (sandices porque eu e Jackie quase piramos).
Resumindo chamamos a ONG
responsável pela castração e lá foi a Delinha para uma cesárea.
O resultado está na foto. 6
lindos filhotes.
Tina, Tom, Rage, Bonnie, Janis e Taylor.
Delinha venceu mais uma. Essa garota é
fera mesmo.
Parabéns mamãe!!!
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