Assim era Janis Joplin, até hoje quando ouço suas interpretações me vejo paralisado, aguardando que algo aconteça, mas Elis Regina me toca muito mais profundo, muito mais intenso, duas grandes mulheres que cantavam com a alma.
Neste dia faz inimagináveis 30 anos que a perdemos.
Quando Elis aparecia em palco, todos sabiam que vinha outra grande interpretação ou uma interpretação única. Ela soltava a voz com tanta intensidade de paixão de cantar que parecia um Tsunami nos puxando fortemente, para depois nos jogar a frente.
Fechando os olhos e ouvindo "Como nossos pais" através de Elis, sinto ela próximo, viva e cheia daquela energia que apenas ela podia passar-nos através da canção.
Diante de tanta vibração e qualidade ela andou por onde quis, Bossa nova, MPB, Samba, Pop e até Rock, não havia limite para suas interpretações.
Não é por menos que Vinícius a chamava de "Pimentinha" era vibrante, como também "down" quando queria, inquieta e tão sensível que nos tocava de uma maneira, que dava vontade de se postar como serviçal diante de tamanha realeza.
30 anos sem Elis e ainda a vejo sorridente cantando "Águas de Março", no melhor dueto da MPB que já vi, com Tom Jobim.
"Me tomam por quem? Um imbecil? Sou algo que se molda do jeitinho que se quer? Isso é o que todos queriam, na realidade. Mas não vão conseguir, porque quando descobrirem que estou verde já estarei amarela. Eu sou do contra. Sou a Elis Regina do Carvalho Costa que poucas pessoas vão morrer conhecendo"
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