quinta-feira, 26 de novembro de 2020

O quadro em meu quintal

 




Hoje quando abri a porta da varanda,

deparei com um cenário incomum.

O sol a leste de meus olhos,

como ele nasce, chegava ao meu rosto suavemente.

A brisa leve somente, aliviava em forma de carícia.

No quintal iluminado, ouvia pássaros, camuflados

escondidos entre as folhas verdes do limoeiro

se pronunciando como a me cumprimentar.

Sem me imaginar apreciando tudo,

sentei calmamente na cadeira de frente para o cenário.

Olhei o gramado, ainda coberto por gotículas de orvalho,

vendo o balançar de cada folha de grama.

Era incrível, parecia que cada uma tinha se movimento e ritmo,

quando tocadas pelo vento rasteiro.

As gotículas, como lentes, ampliavam o movimento e beleza.

Ao fundo até ouvia carros em movimento,

mas parecia que naquele momento, estavam apenas sussurrando.

Cães latiam a distância, fazendo que os meus acordassem e se ajeitassem ao meu lado para apreciar a imagem.

Apesar do destaque das aves, os insetos também se manifestavam.

Cigarras começavam a cantoria,

enquanto os demais tentavam se fazer notar.

Gramas, árvores, folhas, aves, como nunca tinha os notados?

Não como uns componentes do jardim,

mas como integrantes principais do quadro,

que nunca tinha apreciado.

Que estavam na parede invisível de meu quintal,

todos os dias expostos para me alegrar e nunca vi.

Nunca percebi sua perfeição natural.

Deixei do carinho na cabeça do filhote canino

e sorrindo agradeci a descoberta.

Meu Deus, como sou feliz.

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