Sempre que caminho pelo centro da cidade, tenho esse hábito: observar. Gosto de parar na praça principal, sentar num daqueles bancos confortáveis e só... olhar. É incrível como, no vai e vem apressado das pessoas, surgem rostos familiares, mesmo que eu nunca os tenha visto antes.
Às vezes, com um pequeno ajuste aqui ou ali, alguém poderia ser sósia de um personagem famoso. Já cruzei com verdadeiros clones do Bart Simpson, do Curinga, do Pinguim... Já vi um Amado Batista de chinelo e um Bruce Springsteen vendendo picolé. E teve até um Jack Nicholson numa rodoviária, igualzinho — das sobrancelhas grossas à expressão meio cínica. Encarei tanto que o pobre coitado, constrangido, disparou:
— Já sei, já sei… pareço com aquele cara do filme. Mas dá um tempo, né?
Era mesmo de se duvidar: cara de um, focinho de outro. Daria fácil pra enquadrar no famoso “Separados no Nascimento”.
E aí fico pensando… Se eu fosse — e veja bem, se eu fosse — a um desses encontros cosplay, já sei quem seria: o Coisa, do Quarteto Fantástico. Ou, como minha filha Lívia apelidou carinhosamente, o Hulk Laranja.
Me imagino indo já transformado de casa até o evento. As pessoas se afastando assustadas, tentando entender o que era aquela criatura laranja e troncuda entrando no ônibus, perambulando pelo centro da cidade, mexendo nas prateleiras das lojas... Cômico.
Ano que vem, meu filhote quer ir fantasiado de Demolidor, o homem sem medo — que, aliás, é meu segundo herói favorito. Quem sabe eu não me anime também?
Pensando bem... do jeito que estou mais baixinho, mais lento, e já com uma certa "sabedoria de idade", talvez me encaixasse melhor como o Mestre dos Magos. Vai saber. No fim das contas, cada um tem o herói (ou vilão) que pode ser.
É pra se pensar. Vai que...
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