Nesses tempos modernos, onde as pessoas se lamentam por não poderem ter isso ou aquilo, torna-se algo irônico se comparado com as dificuldades enfrentadas pelas Pessoas com Deficiência, em especial, em que nasceram nos tempos onde a tecnologia era sonho.
Fanny Crosby, foi um exemplo disso.
Nascida em 1820, nos Estados Unidos, ficou cega logo cedo, com apenas um pouco mais de um mês de vida. Mesmo naquela época, onde a medicina não era assim tão avançada, foi considerado um erro médico. Aliás, médico que teve de fugir da cidade diante da revolta dos parentes e vizinhos de Fanny.
Cega ainda bebê, num tempo que não poderia oferecer muito em tratamento, a história parecia reservar para ela, um caminho dificultoso e de fracasso, com total dependência. Mas não para Fanny.
Mesmo sendo sabido que nunca voltaria a ver, ela seguiu sua vida normalmente, apenas com um detalhe especial, Fanny tinha uma facilidade incrível de escrever poemas. Logo aos oito anos de idade já possuía muitos escritos. Muitos deles relacionado a sua fé e religião, inspirações vinda com a leitura da Bíblia, que sua avó fazia por horas e horas a ela.
Aos 15 ingressou no Instituto de Cegos de Nova Iorque e ali ficou por 35 anos, primeiro, como aluna e depois como educadora de Inglês e História e foi ali que conheceu seu futuro marido, também cego e músico. Foi assim que Fanny começou a compor hinos de louvor.
Ela escreveu seu primeiro livro aos 24 anos e nessa mesma época foi chamada para declamar um de seus poemas em um culto do maior pregador da história do evangelho desse tempo em Massachusetts, encabulada relutou, mas terminou lendo. Impressionou a todos e principalmente ao pregador que lhe pediu para dar testemunho pessoal de sua fé.
Nem mesmo a perda de seu único filho a desanimou em sua fé e nessa ocasião começou a compor apenas músicas sacras e escreveu letras para diversos compositores hínistas da época. Apesar de ficar muito conhecida, usava pseudônimos e de nunca fazia questão de remuneração adequada.
Fanny chegou a ser conhecida por cinco presidentes americanos e foi a primeira mulher a falar diante do Senado nos Estados Unidos. Escreveu em toda sua trajetória mais de 8000 hinos e muitos deles ainda são cantados e apesar de não ter habilidades musicais ou mesmo ter dominado o Braille, Fanny possuía uma extraordinária memória.
Fanny Crosby ou Frances Jane Crosby morreu em 1915 aos 94 anos e 60 anos após sua morte foi homenageada sendo introduzida no Hal da Fama da Música Gospel Americana, mas ela um pouco antes de partir deixou mais uma linda poesia em forma de seu depoimento pessoal.
“Creio que a maior bênção que o Criador me proporcionou foi quando permitiu que a minha visão externa fosse fechada. Consagrou-me para a obra para a qual me fez. Nunca conheci o que é enxergar, e por isso não posso compreender a minha perda. Mas tive sonhos maravilhosos. Tenho visto os mais lindos olhos, os mais belos rostos e as paisagens mais singulares. A perda da minha visão não foi perda nenhuma para mim.”
Essa foi uma das mais belas histórias que já tive a oportunidade de ler,um dia eu ei de ver e cantar junto com ela la na gloria bem junto a Cristo,e essa é a bendita esperança que tenho
ResponderExcluirMuito obrigado pelo seu comentário. É belíssima mesmo. Um grande exemplo a seguir. Sempre confie.
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