sexta-feira, 31 de maio de 2013

A árvore solitária

Quando meus olhos a encontraram,
tive certeza da distância que estava.
Longe, no alto, isolada e sozinha.
Não era minha,
e com certeza de mais ninguém.
Também...
Quem a deixaria só, desamparada,
abandonada e deixada de lado 
em cima de um morro.
Parecia pedir-me socorro, companhia.
Acredito que quando me viu
tenha se contorcido,
provocou assovio, talvez...
até seu corpo esticou.
Mas eu estava distante.
Apenas a acompanhei com os olhos,
virando-me para não perdê-la.
Nunca poderia tê-la,
eu sabia, pertencia a alguém.
Não estou certo,
mas como não tinha nada por perto,
acho que ela foi condenada.
Talvez uma punição
de alguém sem coração,
com inveja de sua beleza.
Com certeza, percebeu meu olhar
apreciando e admirando-a
de um carro que passava ao longe, 
Sou Freitas
pela estrada.
Em velocidade controlada,
distanciei-me muito e a perdi.
Escapou-me dos olhos, 
minha amiga imaginária.
Mas restou-me gravado na retina,
Seu porte de menina,imponente e bela,
como sob o foque de uma luminária,
Em destaque no alto daquele morro
minha árvore solitária.

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Um comentário:

  1. Aposto que essa árvore secular, na estrada para o Litoral Sul de Pernambuco, nunca recebeu homenagem mais singela. Parabéns!

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