Conheci a Tia durante minhas férias em Pernambuco. Uma
pessoa incrível, cheia de energia e disposição. Mas nossa amizade começou de
forma... alarmante.
O primeiro susto foi na casa dela, na praia do Janga, em
Paulista. Ela me pediu para verificar o celular, pois o chip não estava
funcionando direito. Como bom "técnico", abri o aparelho, retirei a
bateria e o chip problemático. Coloquei tudo de volta e liguei o celular...
CARACAS! O som era altíssimo e com uma música nada discreta. Tentei abafá-lo,
mas não teve jeito. O condomínio inteiro acordou. E claro, só sobraram risadas.
Acho que a Tia já sabia o que ia acontecer.
Como sou meio desligado, lá fui eu mexer no celular
novamente... Outro susto. E mais risadas. A música era tecno, alta e com
"puns e tuns" agudos demais. Mas o celular? Nada de funcionar.
Tentamos várias lojas, mas parecia que ninguém mais
trabalhava com a operadora do chip defeituoso. Depois de algumas tentativas,
conseguimos resolver. E o silêncio do celular foi um alívio.
Agora, imaginem a cena: andávamos pelas ruas silenciosas de
Porto de Galinhas, ainda tranquilas pela manhã. De repente, aquela música alta
disparou novamente. A Tia procurava desesperada o celular na bolsa, enquanto
todos nos olhavam, tentando identificar de onde vinha aquele som. Até os guias
turísticos começaram a caçoar. Quando ela finalmente atendeu, fui solidário...
fiquei lá, rindo sozinho.
Foi assim a semana toda em Porto de Galinhas.
Mas o melhor foi quando, ao deixá-la no ponto de ônibus em
Recife, vimos o ônibus passar por nós. Bastou um olhar cúmplice entre nós três
no carro. Esperamos alguns minutos e ligamos para o celular dela. As risadas
começaram a ecoar no carro ao imaginar a Tia no ônibus, desesperada procurando
o celular, enquanto os passageiros se perguntavam de onde vinha aquele som alto
e inusitado.
Desculpa, Tia, mas foi irresistível. Depois você pode puxar
nossas orelhas. Mas, por favor, não desligue o celular.
Foi mal, mas foi divertido.
Imagina quando era o "Eu quero Tchu, eu quero tcha" ou o "Ex My Love". AS pessoas chegavam a dançar. Rsrsrsrsrsrsrsr
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