Já
cansei de dar sustos no pessoal do trabalho com meus toques de chamada no
celular... Digamos que é meio diferente tipo... Slipknot, Nirvana ou System of
Down, mas o toque da Tia do Janga... Hum... É de causar infartos.
Fui
apresentado a ela em Pernambuco, durante minhas férias. Uma pessoa pra lá de
especial, muito incrível, com disposição pra tudo. Mas iniciamos nossa amizade,
de forma alarmante.
O
primeiro susto foi em sua casa, na praia do Janga, em Paulista.
Ela me
pediu para que verificasse o seu celular, pois o chip não funcionava e travava o
aparelho. Como um bom cara metido a técnico, abri o aparelho retirei a bateria
e tirei o tal chip problemático. Calmamente recoloquei a bateria e liguei o
aparelho... CARACAS!
Quase
tive um piripaque, o toque era alto demais e com uma música nada discreta,
e por mais que tentasse abafá-lo foi inevitável não chamar a atenção. E é
claro... Só sobraram risadas. Não sei não, mas acredito que ela já sabia o que
iria acontecer.
Tudo
bem, estávamos em sua garagem e só acordamos o condomínio todo.
Como
sou meio desligado, lá vou eu mexer de novo e religá-lo... Outro susto. Coisa
de louco mesmo.
E novamente
como não podia deixar de ser... Mais gargalhadas. Não sei se pelo toque ou pela
minha cara de assustado.
Pense em
uma música bem chamativa, ainda bem que era só instrumental, tecno, alta pacas
e com seus "puns e tuns" agudos demais. Bem, mas fazer funcionar o
celular mesmo... Nada.
Corremos
atrás de algumas lojas para resolver o problema e nada conseguimos. Parecia que
ninguém mais trabalhava com a operadora do chip defeituoso. Enfim, depois de
algumas tentativas, conseguimos.
Apesar
de chateado por demorar a solucionar o problema da Tia, acho que o silêncio do
aparelho ajudou muito.
Agora
imaginem... Andávamos por ruas silenciosas de Porto de Galinhas, todos ainda
estavam acordando e o movimento era lento e calmo. A maioria das lojas estava
fechada e poucos guias ou vendedores de passeios circulavam pelas ruas. O
movimento maior era do pessoal local que se dirigia ao trabalho e um ou outro
turista que acordou mais cedo para passear de jangada. Olhávamos distraídos
pelas vitrines das lojas ainda fechadas ou vazias, passeando tranquilos,
fotografando as Galinhas de Porto ou algum ponto turístico, quando de repente...
Aquela
música alta começou a disparar novamente.
A
coitada da Tia, demorou a achar o aparelho em sua bolsa e todos já nos olhavam,
procurando identificar a origem da canção a alto volume. Até os guias, que
circulavam em busca de turistas, começou a caçoar da situação, quando até que
enfim, ela atendeu a chamada.
É claro
que eu, solidário como sempre, fiquei no meu lugar sem conseguir auxiliar,
morrendo de dar risadas. Fazer o que?
Pronto,
agora foi ela quem levou o susto.
Foi
assim a semana toda em Porto de Galinhas.
Mas
tentador mesmo foi depois que, ao retornarmos de Porto para Recife e a
deixarmos no ponto, a espera do ônibus que a levaria pra sua casa. Nós comentávamos
sobre seu celular, quando vimos seu ônibus passar por nós indo em direção ao
ponto onde a deixamos.
Bastou
um olhar cúmplice, ou tríplice, já que estávamos em três no carro. Esperamos
alguns minutos, tempo suficiente para ela tomar o ônibus e ligamos.
As
risadas dispararam dentro do carro, ao começarmos imaginar, a Tia, no Ônibus,
desesperada tentando achar o telefone em sua bolsa e com os passageiros,
assustados, procurando de onde viria aquele som alto e nada discreto...
Desculpa
Tia, mas foi irresistível. Depois pode puxar nossas orelhas.
Mas não
desligue o celular.
Imagina quando era o "Eu quero Tchu, eu quero tcha" ou o "Ex My Love". AS pessoas chegavam a dançar. Rsrsrsrsrsrsrsr
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