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Olha ele aí! |
Acho que realmente estava faltando alguém aqui em casa.
Confesso que sinto falta do Bethoven — o insuportável
comedor de chinelos, poodle cinza da minha filha caçula. Depois de alguns
sustos com o traíra (literalmente), aquele "maledito" mordedor de
canelas, decidi que também queria um cachorro. Um só meu.
Fui à procura. Tentei algumas vezes, criei expectativa, me
frustrei... e então resolvi esperar. Sabia que, mais cedo ou mais tarde, meu
cachorro chegaria.
Um amigo me ofereceu um pastor alemão. Mas, convenhamos,
quem iria pastar ali era eu. O bicho era bravo demais — e se ele simplesmente
não fosse com a minha cara? Não, eu queria um cachorro pequeno. Que coubesse no
colo e que eu pudesse mimar à vontade, mesmo nas travessuras.
Outra amiga disse que conhecia alguém com um filhote lindo —
pretinho, com a pontinha do rabo branca, tão novinho que ainda mamava. Bastou a
descrição pra eu já começar a pensar em nomes. Era ele. Tinha certeza.
Mas desconfiei. Era bonito demais pra dar certo. E não deu.
Voltei de viagem no tempo exato para buscá-lo — e ele já tinha sido entregue a
outra pessoa.
Frustração de novo.
Até que, num dia qualquer, já no trabalho, meu subchefe
entra na sala e solta a bomba:
— Doze filhotes pra doar. Quem quer?
Nem pensei. Me ofereci na hora. No dia seguinte, ele trouxe
as fotos. E aí começou outro dilema: qual escolher?
Um mais fofo que o outro.
— Esse é o Fumaça... o Faísca... o Bolota...
A lista era grande, e meu coração começou a pender para o
tal Bolota. Mas não se engane — o nome não ficou. Decidi ali mesmo: ele se
chamaria Twoo.
(Um dia desses explico o porquê.)
E assim, meu subchefe me trouxe o Bolota. Digo, Twoo.
Um pretinho com peito e patinhas brancas. No focinho, uma
faixa branca que sobe entre os olhos. E, claro, aquela pontinha de rabo branca,
que parece desenhar o ar quando ele abana.
Um espetáculo.
Como eu ainda estava trabalhando, deixei o pequeno
provisoriamente na casa da minha mãe. Só até o fim de semana. Mas... não sei
não. Pela alegria da velhinha, acho que resgatá-lo não vai ser tarefa fácil.
Tudo bem. Se ela se apaixonar demais pelo Twoo, ainda tem
irmãozinho dele na fila de adoção.
Mas esse aqui... já tem dono.
Bem-vindo, Twoo.
...
— TWOoooo! LARGA JÁ MEU CHINELO!
Outro comedor de chinelos não. Ninguém merece.
Amo esse cachorrinho.
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