Calada Avast! Você já "Elvis" |
Quando não se tem uma namorada, mulher ou companheira nesse dia, chega
ser angustiante. São comerciais a cada 5 minutos mostrando encontros e beijos.
Carro de som, passando pelo bairro trazendo ofertas de presentes em
supermercados. Até a minha radio rock preferida, incentiva amores metálicos ou
hard love. Tudo muito demais para quem está só.
Teve um ano, que por desespero de causa, cheguei a flertar com a voz
feminina do meu antivírus, quando dizia: “Suas atualizações foram
realizadas”.
Mas nem ela me deu bola. Só escutei o famoso som do silêncio... Cri,
cri, cri... Fiquei sozinho novamente. É muito ruim mesmo, ficar só neste
Dia.
Mas neste ano não. Ah! Não.
Depois de assistir, publicar e comentar o clip de Eduardo e Mônica,
cantada pela banda Legião Urbana, decidi que não mais passaria o Dia dos
Namorados sozinho.
Bem... O ano passado, aconteceu aquela confusão dos presentes, mas que
no final deu tudo certo... Rsrs
Neste ano, fiz tudo direitinho.
Sondei o gosto dela, pesquisei presentes, consultei especialistas,
cunhadas e amigas do trabalho e comprei o presente antecipadamente. Tudo como
manda o manual do Dia dos Namorados.
Esse Manual não existe? Hum.... Mas deveria. O que tem de namorado
atrapalhado e perdido por aí. Sei, não. Acho que vou anotar aqui, para
lembrar-me de criar um.
Pois bem. Comprei uma pulseira de prata, linda, com berloques também em
prata. Cada um deles escolhidos a dedo, lembrando nossos melhores momentos. Uma
embalagem também lindíssima. Tudo perfeito. Mas precisava esconder em um lugar,
onde ela não acharia. Isso por três dias, até o dia da entrega. Veio-me um a
ideia genial. Como os dois comem fora de casa no almoço e na janta comemos coisas
leves, não tive dúvidas. Escondi no forno.
Com certeza, ela nunca mexeria ali nos próximos dias, talvez, só no
final de semana e aí eu já o havia entregue o presente. E realmente não mexeu e
o presente ficou ali quietinho, esperando a quarta-feira, dia 12 de junho. Como
sempre ou quase.
Acordei no dia e ela não estava na cama. Da cozinha, vinha um cheirinho
gostoso do café. Levantei despreguiçando e fui em direção a cozinha, pronto para
dar-lhe um beijo e desejar-lhe feliz Dia dos Namorados.
Assim que me viu, veio ao meu encontro para me abraçar e falamos
praticamente juntos “Feliz Dia dos Namorados”. Ela disse que preparava um café
especial para nós e eu ainda meio sonolento sentei-me e, perguntei o que
tínhamos para o café.
- Meu amor veja só. Preparei seu chá de morango e torradas no azeite que
tanto adora.
Ah! Como é bom acordar e saber que vai começar o Dia dos Namorados,
tomando um chazinho e comendo uma torradinha fresquinha saído do forno.
Torradas? Forno? FORNOOOOOO!
Sai correndo até o fogão, abri o forno puxei rapidamente a forma com as
torradas, é claro que nem me lembrei de colocar na mão, o pegador e queimei os
dedos. Deixei a forma cair no chão derrubando tudo, enquanto ela berrava
comigo, falando algo que meu cérebro recusar a compreender. Procurei dentro do
forno e nada. Retirei a grade do forno e a joguei no chão e nada, cadê?
Fiquei parado olhando dentro do forno, quando senti sua mão em meu ombro
e escutei sua voz.
- Procurando isso bobinho?
Olhei primeiro para seus olhos e depois para sua mão e lá estava o
presente.
Sorrindo tirou a outra mão das costas e disse:
- Feliz Dia dos Namorados para nós, querido atrapalhado.
As coisas acontecem assim comigo. Além de um belo curativo, ganhei um
livro fantástico, que me recusava a comprar pelo alto valor. E ela...
Meu presente foi salvo a tempo e a deixou radiante. Você acha que depois
disso tudo, alguém tomou café? Chegamos os dois atrasados no trabalho.
Vai vendo...
“Feliz dia dos Namorados” a todos.
Adeus mensagem do Avast... Eca.
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