quinta-feira, 6 de junho de 2013

O Gosto da Vitória

A história parece mentira, mas não é. E foi mais ou menos assim...
Estávamos nos preparando para um torneio de futebol de salão, entre Comunidades Jovens da igreja católica. O time era muito limitado, tanto em qualidade, como em quantidade, tínhamos apenas um reserva, mas resolvemos participar mesmo assim.
O nosso time representaria CJSFA, Comunidade Jovem São Francisco de Assis, a capela que participávamos. O torneio seria organizado por um dos favoritos e aconteceria na quadra B do Ginásio Municipal.
Com jogadores limitados até em número, precisaríamos de muito treino pra não fazer feio, principalmente porque teríamos um público muito grande e variado, vindo de várias comunidades jovens que representavam paróquias e capelas dos bairros de Santo André.
Este quem escreve, era o goleiro.
Marcamos cinco jogos preparatórios contra o time B dos anfitriões. Era um time que também estaria no torneio e que poderíamos enfrentar, de acordo com os resultados das rodadas.
Apesar de ser o time B, eram bons. Conhecia todos os jogadores, principalmente o goleiro. Era meu irmão mais velho. 
Como eles, os jogadores, não conseguiram participar do time principal, queriam mostrar que também deveriam estar lá, portanto queriam ganhar o torneio mais que qualquer um. Nós, apenas participaríamos, sabíamos que a chance de qualquer conquista era zero.
Logo no primeiro jogo, sofremos uma goleada. Nem me lembro do placar, também fazem mais de 30 anos. Só lembro que não marcamos nenhum gol.
Sem problemas, era a primeira vez que jogávamos juntos também. Não tínhamos entrosamento algum.
Segundo jogo e outra goleada. Desta vez, Dodo fez o gol de honra. Saímos como entramos, sorrindo e brincando com o adversário.
A partir do terceiro jogo as coisas começaram a se modificar. Nosso time entrou com mais vontade e determinação. Perdemos de novo, mas foi uma goleada menos e fizemos dois gols. Dodo novamente e Mel.
O quarto jogo foi mais pegado. Aconteceram entradas mais duras, estranhamentos e, no final do jogo, não tinham mais brincadeiras e sorrisos. Perdemos também esse jogo, com a diferença de apenas dois gols. Sentíamos que estávamos crescendo e acho que eles também perceberam.
O último jogo. Marcamos para debaixo das arquibancadas do Brunão, estádio do meu glorioso Santo André.
Sabíamos que podíamos vencer. Já quase fizemos no jogo anterior. Eles vieram sem muitas conversas e entramos em quadra. Era uma quadra áspera e ruim. Acho que ninguém saiu de lá sem marcas de arranhões.
O resultado? Outra goleada... Perdemos de novo.
No final da semana seguinte iniciamos a série de três jogos, já pelo torneio, contra a fortíssima CUCA, outra favorita do torneio. É claro que perdemos e, de goleada. O resultado não foi diferente no segundo jogo, por sorteio, pegamos um time até do nosso nível. Perdemos de novo.
Último jogo. Adivinha quem o "destino" colocou, através de sorteio, pra enfrentarmos. Isso mesmo, o time B dos anfitriões, o mesmo com o qual fizemos os cinco jogos preparatórios.
Essas coisas chegam a ser irônicas, não é.
Eles tinham que ganhar pra prosseguir, havia perdido um jogo também, e até comemoraram o sorteio. Eles sabiam que ganhariam e nós também. Mesmo assim como era nosso último jogo e já estávamos eliminados, entramos despreocupados. Tanto que logo no início tomei um gol bobo demais, um frango e nosso pessoal ficou muito bravo comigo.
Como toda boa história tem grandes desfechos, essa não foi diferente. 
Empatamos com um gol do Kaká e em seguida, logo depois, viramos com Dodo. Eles nervosos se desequilibraram e pela primeira e última vez, ganhamos o jogo e os eliminamos também. Foi como se tivéssemos ganhado o torneio.
Saudades... Dodo, Mel, Kaká, Marcão... Nem lembro quem era o reserva, mas tenho saudades também... Rsrsrs

Como isso aconteceu? Vai lá se saber... 
Só sei que foi assim.

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