A história parece mentira, mas não é. E foi mais ou menos assim...
Estávamos nos preparando para um torneio
de futebol de salão, entre Comunidades Jovens da igreja católica. O time era
muito limitado, tanto em qualidade, como em quantidade, tínhamos apenas um
reserva, mas resolvemos participar mesmo assim.
O nosso time representaria CJSFA,
Comunidade Jovem São Francisco de Assis, a capela que participávamos. O torneio
seria organizado por um dos favoritos e aconteceria na quadra B do Ginásio
Municipal.
Com jogadores limitados até em número,
precisaríamos de muito treino pra não fazer feio, principalmente porque
teríamos um público muito grande e variado, vindo de várias comunidades jovens
que representavam paróquias e capelas dos bairros de Santo André.
Este quem escreve, era o goleiro.
Marcamos cinco jogos preparatórios contra
o time B dos anfitriões. Era um time que também estaria no torneio e que
poderíamos enfrentar, de acordo com os resultados das rodadas.
Apesar de ser o time B, eram bons.
Conhecia todos os jogadores, principalmente o goleiro. Era meu irmão mais
velho.
Como eles, os jogadores, não conseguiram
participar do time principal, queriam mostrar que também deveriam estar lá,
portanto queriam ganhar o torneio mais que qualquer um. Nós, apenas
participaríamos, sabíamos que a chance de qualquer conquista era zero.
Logo no primeiro jogo, sofremos uma
goleada. Nem me lembro do placar, também fazem mais de 30 anos. Só lembro que
não marcamos nenhum gol.
Sem problemas, era a primeira vez que
jogávamos juntos também. Não tínhamos entrosamento algum.
Segundo jogo e outra goleada. Desta vez,
Dodo fez o gol de honra. Saímos como entramos, sorrindo e brincando com o
adversário.
A partir do terceiro jogo as coisas
começaram a se modificar. Nosso time entrou com mais vontade e determinação.
Perdemos de novo, mas foi uma goleada menos e fizemos dois gols. Dodo novamente
e Mel.
O quarto jogo foi mais pegado. Aconteceram
entradas mais duras, estranhamentos e, no final do jogo, não tinham mais
brincadeiras e sorrisos. Perdemos também esse jogo, com a diferença de apenas
dois gols. Sentíamos que estávamos crescendo e acho que eles também perceberam.
O último jogo. Marcamos para debaixo das
arquibancadas do Brunão, estádio do meu glorioso Santo André.
Sabíamos que podíamos vencer. Já quase
fizemos no jogo anterior. Eles vieram sem muitas conversas e entramos em
quadra. Era uma quadra áspera e ruim. Acho que ninguém saiu de lá sem marcas de
arranhões.
O resultado? Outra goleada... Perdemos de
novo.
No final da semana seguinte iniciamos a
série de três jogos, já pelo torneio, contra a fortíssima CUCA, outra favorita
do torneio. É claro que perdemos e, de goleada. O resultado não foi diferente
no segundo jogo, por sorteio, pegamos um time até do nosso nível. Perdemos de
novo.
Último jogo. Adivinha quem o
"destino" colocou, através de sorteio, pra enfrentarmos. Isso mesmo,
o time B dos anfitriões, o mesmo com o qual fizemos os cinco jogos
preparatórios.
Essas coisas chegam a ser irônicas, não é.
Eles tinham que ganhar pra prosseguir,
havia perdido um jogo também, e até comemoraram o sorteio. Eles sabiam que
ganhariam e nós também. Mesmo assim como era nosso último jogo e já estávamos
eliminados, entramos despreocupados. Tanto que logo no início tomei um gol bobo
demais, um frango e nosso pessoal ficou muito bravo comigo.
Como toda boa história tem grandes desfechos, essa não foi
diferente.
Empatamos com um gol do Kaká e em seguida,
logo depois, viramos com Dodo. Eles nervosos se desequilibraram e pela primeira
e última vez, ganhamos o jogo e os eliminamos também. Foi como se tivéssemos
ganhado o torneio.
Saudades... Dodo, Mel, Kaká, Marcão... Nem lembro quem era o reserva, mas tenho saudades também... Rsrsrs
Como isso aconteceu? Vai lá se saber...
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