Às vezes, quando menos esperamos, recebemos pessoas incríveis em nossa vida.
Ela... Nasceu primeiro e já deve ter
nascido muito séria. Acredito que nem deve ter chorado, quando recebeu a palmadinha do
médico. Deve apenas, ter virado sua cabecinha e o encarado.
Já mais crescidinha, ganhou o apelido de
"Maria Tombo", claro, colocado por um pai "bobão", ou seria
"babão"? Era descuidar um segundo e pronto, ela caia de algum lugar.
Era do berço, da cama, andando... Impressionante.
Um pouco mais grandinha... Tinha cachinhos
lindos, era muito fofinha, sorridente e charmosa... Paparicada por todo mundo,
principalmente pelo avô e já não caia tanto, ficara muito espertinha.
Era minha referência e não me deixava
ficar pra baixo. Sempre que me abalava ou chegava em casa cabisbaixo, lá vinha
ela com seus bracinhos abertos me encher de carinhos.
Virou menina... Os cachinhos começaram a
sumir, as perninhas cresceram e ela alcançou a altura de meu peito. Magrinha,
delicada, ainda me recebia da mesma forma, quando voltava de um dia difícil, com
um sorriso e abraços.
Não demorou muito e se tornou mocinha.
Ficava cada vez mais lindinha. Infelizmente, não era
apenas eu que achava assim. Logo os garotos a estavam assediando e como tinha que
ser, meu ciúme apareceu e às vezes eu sei, até exagerei nos cuidados. Era a minha princesa.
Ele... Chegou ao mundo alguns minutos
depois, como eu. No mínimo deve ter mostrado um sorriso quando recebeu a
palmadinha ou até piscou para a enfermeira. Já mais crescidinho,
muito esperto, deixava-nos muito ligados, pois era virar as costas e pronto...
Mais uma arte pra sua conta. Era o protegido do padrinho, titio e principalmente da avó.
Um pouco mais grandinho... Usava um
baldinho azul na cabeça e tinha uma energia inigualável. Extremamente carinhoso
e atencioso com o pai, mas totalmente desligado do mundo.
Foi meu estímulo, sempre com uma coisa
nova a me apresentar. Muito criativo, mesmo quando desmontava minhas coisas e
largava num canto, sempre voltava e tentava resolver. Animava-me a seguir
tentando tudo de novo e de novo.
Virou um moleque... Magrinho e ágil. Era a
alegria da casa. Dançava, imitava pessoas, sempre sorrindo e inventando mil travessuras.
Deitava em meu colo e deixava-me acariciar aquele cabelinho liso e fino, como o
meu. Até minha marca de nascença ele copiou, nos marcando pra sempre.
Ele também cresceu rápido.
Esperto, amigo, se relaciona facilmente
com qualquer pessoa. Novamente, o ciúme se apresentou, mas em relação a sua
liberdade. Solto, livre, sei que também exagerei com cuidados e vigias.
Enfim... Por que estou tão saudosista?
Faz dezenove anos que me apaixonei por
essa dupla. Dezenove anos, que me emocionei com meus filhotes gêmeos chegando a esse mundo e que
carrego o orgulho de ser pai. E não apenas uma vez, mas duas, ao mesmo tempo. Um presente de Deus, em dose dupla.
Dezenove anos, que amo incondicionalmente
o casal mais lindo do mundo. Dois nenéns que me fizeram chorar quando
chegaram e que me fazem chorar nesse momento de lembrança que escrevo. Que me
fizeram sorrir, enquanto iam crescendo me dando tantas alegrias e que me ensinaram
que amar um filho, é muito mais que ser pai.
É chorar cada vez que a saudade me invade,
é sorrir cada vez que nossos braços se encontram. É viver a cada dia, agradecendo a
Deus pelo duplo presente que me deu.
Feliz aniversário, meus filhotinhos amados.
Amo vocês, com toda força de meu coração.
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