quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Halloween, um verdadeiro dia das bruxas.

Esse mês já "Elvis". Foi-se o Dia das Crianças e o da Padroeira, e eu não ganhei minha Caloi. Deve ser porque não achamos mais Caloi nas lojas, ou ainda, porque a padroeira não me achou bem comportado nesse ano.
Não tem problema, vamos tocando a vida como ela é. Que venha o Halloween.
Aliás, que dia mais... Estranho.
Aqui o chamamos de Dia das Bruxas, mas não tem a força como nos EUA ou Europa.
Pois bem, eu vivi assim minha primeira experiência de Halloween...
Lá estava eu de Conde Drácula indo a primeira festa de Halloween.
Como nunca tinha participado de algo parecido, estava um tanto constrangido e inconformado quando me olhava no espelho e via aquelas olheiras feita com tinta preta para pele.
A capa, o colete e o cabelo, até que ficaram legais, mas minha dentadura de vampiro incomodava muito.
Meu amigo estava atrasado, ficara de me dar uma carona as 21h00 e já eram 22h10. Foi só pensar nisso e tocou meu celular. Era o atrasildo me dizendo que era para eu espera-lo no portão, que ele já estava chegando.
Saí meio sem jeito, com aquela capa enorme balançando, e fui para frente de casa... Vai vendo...
Assim que fechei o portão e virei-me, dei de cara com o vizinho chegando com a família. O carro estava lotado. Ele, a mulher, as duas filhas e um sardentinho, que tive a impressão de já conhecer de algum lugar. Olhavam-me assustados, tanto que o vizinho quase bateu seu carro ao entrar na garage.
Achei melhor entrar em casa e esperar lá dentro mesmo, mas cadê as chaves? O meu portão, fecho com um cadeado velho, que sempre trava e eu sempre esqueço de trocá-lo. Como meu colega me daria carona sai sem as chaves e tranquei o cadeado. Pronto arrumei pra cabeça, como entraria novamente? .
Nada do colega, nada de entrar em casa e os vizinhos me olhando estranhamente... Que mico.
Bem, quem está na chuva...
Como não pude entrar novamente em casa, resolvi andar um pouco e esperar o colega mais adiante. Outra ideia infeliz.
Apareceu sei lá de onde, dois cachorros e vieram rosnando pra mim, tentei intimidá-los ameaçando jogar algo neles, mas minha mensagem não foi compreendida. Não é que os dois avançaram contra mim, mordendo e puxando minha capa. Tentei chutar um errei e cai. Os dois começaram a puxar e rasgar minha roupa até que dei um grito tremendo e os safados me largaram e correram embora.
É claro que levantei falando um monte de palavrões e rogando pragas contra aqueles pulguentos. Acho que a cena foi tão bizarra que os moradores preocupados com a barulheira chamaram a polícia. Voltei para frente de casa disposto a entrar e desistir da festa.
Lembrei-me que estava sem as chaves e resolvi pular o portão. Assim que comecei a escalar,  pisei na minha capa, perdi o equilíbrio, escorreguei e cai. 
Mas minha calça salvou-me de um tombo feio. Ela enroscou numa das lanças do portão e deixou-me dependurado de cabeça para baixo, evitando bater minha cabeça no chão. Foi então que percebi a chegada de um carro e uma iluminação vermelha a piscar, pelas minhas costas e escutei o som forte da sirene.
Nem tive tempo de virar a cabeça, pra ver o que era e já ouvi:
- Hei morcegão... Vamos descendo bem devagar daí.
- Esta é minha casa senhor policial.
- Sei morcegão. Com certeza estava subindo ai, para dormir de cabeça pra baixo. Vamos descendo morcegão, você está literalmente enroscado.
Bem... Resumindo...
Passei a noite de Halloween na delegacia e só sai quando os colegas chegaram e explicaram tudo ao delegado.
Dia das Bruxas...
Vai vendo.




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