Floresta a partir do escâner 3D a laser (imagem: Blairs/ESA) |
Li um artigo muito interessante sobre a colheita de madeira para celulose e como trabalho na área, não deu pra deixar passar sem comentar, principalmente porque envolve uma tecnologia incrível que na Europa já está mudando a forma de como a indústria florestal faz o corte de árvores.
Um novo sistema que combina satélites artificiais e serviços de telecomunicações móveis, esta sendo testado pela Agência Espacial Européia (ESA), o sistemapermite transmissões importantes quase instanteneamente entre dois ponto, independente da distência que estiverem.
A comunicação em tempo real com os operadores das máquinas da colheita, está sendo desenvolvida pela Treemetrics, empresa irlandesa e serve para o envio de instruções diretamente dos responsáveis pela colheita aos operadores indicando como otimizar o uso das árvores.
Utilizando escâneres 3D a laser que mede a forma, tamanho e linearidade das árvores ainda em pé, pode avaliar o valor e qualidade da safra. Como as árvores não crescem todas com o mesmo "talento", é possivel indicar quais deverão ser cortadas para aproveitamento em celulose, separando assim das que são mais adequadas para serem usadas como toras.
As árvores destinadas a tora, possuem diâmetro maiores, tem menos nó e são mais retas e utilizá-las para produção de celulose é um disperdício.
No caso da empresa em que trabalho as árvores são cultivadas para o plantio de celulose, com no máximo 7 anos de idade, mas na Europa muitas das florestas destinadas para a colheita possuem mais de vinte anos.
O grande complicador era a comunicação que demorava até chegar ao campo, com esse sistema híbrido que combina a comunicação via satélite com o celular, possibilita através da ligação bidiricional em tempo real a comunicação com os operadores da colheita.
Quem sabe um dia chegamos lá.
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