domingo, 29 de setembro de 2013

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

# 186 - Sigmund Freud

Pensamento Vivo -186



"Cães amam seus amigos e mordem seus inimigos, bem diferente das pessoas, que são incapazes de sentir amor puro e têm sempre que misturar amor e ódio em suas relações. "


Sigmund Freud

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Cachorrada isso

Tìmido, até na hora da foto se esconde

Não vou dizer que estou com saudades dele, mas confesso que fico chateado por saber que sumiu.

De quem estou falando? Do Traíra.

Aquele cachorro de latido rouco, que vivia tentando me pegar desprevenido, hoje me faz falta. Sempre que passo pelo lugar onde ele fingia estar distraído para, na hora certa, vir atrás do meu calcanhar, ainda o procuro com os olhos. Apesar de me manter atento, sei que o Traíra realmente sumiu.

Moro num bairro semi-rural, afastado do centro da cidade. É um lugar calmo, mas, infelizmente, muito procurado para o abandono de cães. A cada dia aparece um novo. Ficam rondando a praça da igreja, talvez esperando por comida, por carinho. Aos poucos, desaparecem. Normalmente são velhos ou doentes.

E eu me pergunto: que tipo de pessoa abandona um companheiro assim? Melhor nem conhecer. Quem faz isso com um cachorro, não deve ser flor que se cheire.

Quando me mudei pra cá, conheci a "Menina", uma cadelinha amarela e muito magra. Todas as manhãs, ela ficava ao meu lado enquanto eu esperava o ônibus da empresa. Comecei a trazer bolacha, bolo, qualquer coisa. E mesmo nos dias em que eu esquecia, ela continuava ali, fiel, só esperando minha presença. Sumiu também.

Agora tem o "Tímido", a três quadras daqui, perto de casa. Um vizinho se encantou por ele e deixa ração todo dia. Tímido é pequeno, caramelo com preto. Vê gente e já abaixa a cabeça, sai de fininho. Nunca ouvi um latido dele.

E tem a “Me Deixa”. Nomeei assim por um motivo: toda manhã, quando passo na rua da casa da minha mãe, ela está ali, numa caixa de papelão que o morador da primeira casa colocou na calçada. Ganhou até ração e água. Quando me aproximo pra ver como está, ela rosna. Daí o nome: "Me Deixa" mesmo.

O que me alegra é que, por aqui, mesmo sem alarde, sempre tem alguém cuidando desses bichos. Um gesto simples, uma comida, uma casinha improvisada — carinho de verdade, mais do que muitos “donos” deram um dia.

Hoje, por exemplo, vi algo bonito. Na calçada, uma casinha de madeira, encostada numa árvore, com um cobertor dentro. Foi colocada ali por outro morador, pra proteger mais um amigo peludo do frio.

Ainda bem que existe gente assim. Amigo de cachorro.

Porque, no fim das contas, é melhor ter um cachorro amigo... do que um amigo cachorro.

Que cachorrada.















terça-feira, 24 de setembro de 2013

Truque de Mestre


Truque de Mestre

Titulo original: Now You See Me

Diretor: Louis Leterrier

Gênero: Suspense

Lançamento: 2013

Elenco: Morgan Freeman, Jesse Eisenberg, Mark Ruffalo





Sinopse: 

Daniel Atlas (Jesse Eisenberg) é o carismático líder do grupo de ilusionistas chamado The
Four Horsemen. O que poucos sabem é que, enquanto encanta o público com suas mágicas sob o palco, o grupo também rouba bancos em outro continente e ainda por cima distribui a quantia roubada nas contas dos próprios espectadores. Estes crimes fazem com que o agente do FBI Dylan Hobbs (Mark Ruffalo) esteja determinado a capturá-los de qualquer jeito, ainda mais após o grupo anunciar que em breve fará seu assalto mais audacioso. Para tanto ele conta com a ajuda de Alma Vargas (Melanie Laurent), uma detetive da Interpol, e também de Thaddeus Bradley (Morgan Freeman), um veterano desmistificador de mágicos que insiste que os assaltos são realizados a partir de disfarces e jogos envolvendo vídeos.

Opinião: 

Uma diversão e tanto, sempre quando achamos que acontecerá algo, muda tudo. Muito bom mesmo


sábado, 21 de setembro de 2013

# 185 - Mario Lago

Pensamento Vivo - 185


"O tempo não comprou passagem de volta. Tenho lembranças e não saudades".
                                                  Mario Lago

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Eu quero ter todo tempo do mundo


Quando olho para o sol nascendo,
numa manhã fria, me aquecendo,
penso como seria bom, ver todos os dias,
uma dessas maravilhas.
Daquele que criou isso.
É preciso, parar, relaxar e se desligar de tudo.
Ficar mudo, escutando o ponteiro dos segundos,
Esforçando-se para mudar.
Fechar os olhos enquanto o vento sopra,
Escutar seu movimento
Lento, calmo.
Às vezes leio um salmo, um romance,
Que me leva distante,
Enquanto o tempo ruma, sem tempo para parar.
Há quanto tempo, não tenho tempo,
Para apreciar a garoa fina,
O brincar da menina
Do outro lado do muro.
Eu juro.
Vou me dedicar a ver tudo
Que esta em minha volta.
Desde essa manhã linda, à tarde que finda,
crianças correndo e o dia morrendo.
Vou largar tudo que me prende,
Tudo que não rende, a me alegrar.
Eu quero ter todo tempo do mundo
para sentir o respirar profundo,
de uma paixão, de uma razão de viver.
Eu quero ter todo tempo do mundo
pra ver um jasmim crescer,
pra sempre poder viver.

Sou Freitas

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Coisas da sua cabeça

Este é o terceiro post que escrevo, sobre como nosso cérebro é enganado. Primeiro escrevi o 3D, enganando o cérebro, depois Ilusão de óptica e agora volta para falar sobre as imagens que nos engam.
Sempre recebo  e-mails ou postagens sobre o assunto e os acho incríveis. mas sempre fico com uma pergunta na cabeça. Como podemos ser enganados assim, tão fácil?
Um bom exemplo é ao olharmos para algumas figuras, termos a impressão de que estão em movimento. Muitas também nos iludem mostrando formas e desenhos que não vimos num primeiro momento e, após uma observação mais atenta, nos mostram e confundem com outros elementos da imagem. 
existem alguns sites que trazem ilusões incríveis, como o Mighty Optical Illusions.
Nele você encontra reproduções de obras de arte, ilustrações e fotos que “enganam” nossos  cérebro e sentidos.
É mais ou menos assim: Seu cérebro acredita, naquilo que seus olhos acham que viram e manda uma mensagem para que você pense que é real. Coisa de doido não é?
Muitas vezes são mecanismos da visão que criam essa ilusão e ativam áreas do cérebro  passando essa sensação de movimento ou imagens sobre postas.
Alguns artistas conseguiram desenvolver trabalhos que nos permite ver o que não está ali ou ainda que estão mesmo ali, mas que nos confundem se transformando em outra imagem ou que parecem vivos, animados.
Da mesma forma ou de forma parecida, o cérebro "preguiçoso", para economizar energia, e ganhar tempo, busca alguns atalhos mentais. As vezes funciona mas nem sempre...
Na correria pra achar uma resposta, o cérebro corre alguns riscos nos comprometendo. Quando ele pula algumas etapas nesse processo de interpretação, podemos cair em "pegadinhas" facilmente. 
Veja algumas "falhas" dele e aproveite para pegar alguns amigos


1 - Mande seu amigo repetir por três vezes o nome do animal Ema, não é aquela de cada um com seus problemas, assim que ele repetir pergunte qual é o nome da clara do ovo. Pronto, sempre caem nessa.

2 - A também já conhecida, a irmãs de Joana... A mãe de Joana tem quatro filhas: Lalá, Lelé, Lili e…?
Alguns além de responderem errado "Loló", recorrem ao erro dizendo Lulu, quando você diz que errou.

O nosso cérebro querem mostrar eficiência e velocidade, é condicionado a buscar padrões em toda parte velozmente. No primeiro caso, associa a Ema com gema, desprezando a pergunta "clara", nos dois sentido. Na segunda, as três primeiras filhas têm nomes numa "sequencia", começando em L e terminando em uma vogal. O contexto da pergunta fica num segundo plano e como a resposta correta foge do padrão, a desprezamos de imediato. 

O link abaixo tem alguns exemplos disso.

Terminou de ler? 
Então seu cérebro não o enganou... 


www.hypescience.com/7-maneiras-de-enganar-seu-cerebro/

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Roubo nas alturas

Roubo nas alturas

Titulo original: Tower heist

Diretor: Brett Ratner

Gênero: Comédia

Lançamento: 2011

Elenco: Ben Stiler, Eddie Murphey, Casey Afleck





Sinopse: 




Josh Kavacs era um funcionário exemplar de um dos prédios mais badalados de NY,
conhecido como A Torre. Lá, ele é uma espécie de chefe de uma equipe de profissionais "mais ou menos" qualificados, como Lester, Cole, Odessa e Rick, entre outros. A vida de todos vira de cabeça para baixo quando Arthur Shaw, bilionário ocupante da cobertura, é preso pelo FBI por ter cometido uma fraude, transformando o fundo de pensão de toda a equipe em pó. Disposto a recuperar a grana deles, Josh convida um vizinho pra ajudá-lo a descobrir aonde foi parar esse dinheiro para prgá-lo de volta e fazer justiça, tendo em vista que nem o FBI sabe do destino da fortuna.

Opinião: 

Muito legal, uma trama hilária.






segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O melhor de mim


              O melhor de mim

Na primavera de 1984, os estudantes Amanda Collier e Dawson Cole se apaixonaram perdidamente. Embora vivessem em mundos muito diferentes, o amor que sentiam um pelo outro parecia forte o bastante para desafiar todas as convenções de Oriental, a pequena cidade em que moravam. Nascido em uma família de criminosos, o solitário Dawson acreditava que seu sentimento por Amanda lhe daria a força necessária para fugir do destino sombrio que parecia traçado para ele. Ela, uma garota bonita e de família tradicional, que sonhava entrar para uma universidade de renome, via no namorado um porto seguro para toda a sua paixão e seu espírito livre. Infelizmente, quando o verão do último ano de escola chegou ao fim, a realidade os separou de maneira cruel e implacável. Vinte e cinco anos depois, eles estão de volta a Oriental para o velório de Tuck Hostetler, o homem que um dia abrigou Dawson, acobertou o namoro do casal e acabou se tornando o melhor amigo dos dois.


Um romance agradável e muito fácil de ler.

sábado, 14 de setembro de 2013

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Risos


Alegre...
E ruma contente.
Como? Claro que ele é como a gente.
Só porque ele ri, enquanto...
outros choram...
Imploram.
Com a fumaça negra nos olhos.
Sim... Ele é como eu ou você.
Vive como nós.
E pra você ver,
mesmo assim ele vive a sorrir.
Também sente dor, como todo mundo,
mas trás em si, bem profundo,
a alegria. É...
Talvez seja mania, ou mesmo magia.
Sei que ele brinca,
enquanto todos se preocupam.
Com crises, com problemas, e...
Lutam para que não os pisem.
Mas ele também luta, 
sorri e morre.
Jogam sobre ele a terra da inveja,
mas que seja... Ele sobreviverá.
Alegre,
assim ele é.
E ruma contente.
E você?
Ainda tem dúvida de que ele é gente?



Sou Freitas 01/07/1980

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O rapaz do sagui


Há histórias que ficam guardadas em nossa memória e nunca devem sair de lá. Outras têm seu tempo certo de serem reveladas.

Depois de mais uma manhã de atividades na pequenina capela onde nosso grupo de jovens se reunia, saímos, eu e mais dois amigos, para tomar uma cervejinha. O bar ficava bem em frente à capela, e sempre que possível, nos reuníamos ali.

O papo estava animado, até que um rapaz entrou com um sagui sobre o ombro direito, chamando a atenção de todos.

Estranhei o silêncio repentino dentro do bar e brinquei, perguntando:

— O que aconteceu? Será que o dono da banca chegou?

O rapaz, ouvindo minha brincadeira, veio em minha direção. Não sei por quê, mas estendi a mão para ele e ofereci meu copo de cerveja. Ele, estranhando minha reação, aceitou e bebeu, enquanto eu brincava com o sagui.

Ao terminar, agradeceu, cumprimentou-me e foi embora. Só então o bar voltou ao normal, e fiquei sabendo que aquele rapaz era procurado e considerado perigoso. Atualmente morava no bairro e era bem conhecido — menos pelo espertinho aqui.

Assim ficou até um mês depois...

Era dia de festa. Nossa comunidade de jovens da capela comemorava mais um ano de vida. Tudo era alegria.

A comemoração naquele ano já estava organizada e começou muito bem para nós. A abertura da festa foi um evento esportivo: futebol de quadra masculino e feminino. Os rapazes venceram por pouco, mas as meninas... show de bola. Ganharam e bem, da equipe das Lojas Glória.

Voltávamos para casa, deixando as meninas em suas respectivas casas — costumeiro comportamento dos rapazes daquela época. Quando chegamos à rua da capela, faltando cerca de duzentos metros para deixarmos a última menina, paquera de um colega, cruzamos com um rapaz.

Segundo esse colega, o rapaz mexeu com sua paquera, e ele respondeu algo — nada ofensivo, segundo ele.

Como seguíamos mais à frente, não ouvimos ou vimos nada. Estávamos descontraídos, comentando os resultados das vitórias. Éramos seis rapazes e mais a menina. De repente, na subida da rua, próximo à escola estadual, fomos cercados por uns quinze rapazes, com paus e pedras na mão.

Fizeram um círculo ao nosso redor e ameaçavam nos bater.

Sem entender o que acontecia, eu pedia calma e perguntava o que havia acontecido.

Aquele mesmo rapaz que provocara o colega disse que ele o havia “tirado” e queria ver sua coragem agora. Começaram a se aproximar cada vez mais. Enquanto eu e os colegas nos preparávamos para a briga e pedíamos calma, um rapaz começou a abrir caminho entre os que nos cercavam, perguntando o que estava acontecendo.

Era o cara do sagui, também conhecido como Antônio Bala. Vi como todos o respeitavam — deram um passo para trás.

Ele perguntou a um dos rapazes o que tinha acontecido e depois veio até mim.

— Oi, Padreco. O que vocês fizeram com o rapaz?

Chamou-me assim por eu estar sempre na capela, embora eu nunca o tivesse visto por lá.

— Nada, Antônio. Não fizemos nada. Foi só um mal-entendido, por causa da garota.

— Saia daqui com ela. Ninguém vai fazer nada com vocês.

— Antônio, não precisa acontecer nada. Deixe todos irem embora. Foi só um mal-entendido. O rapaz até já pediu desculpas.

— Eles querem quebrar vocês. Acho que não foi tão simples assim, Padreco.

— Como te disse, acredite, foi um mal-entendido. Libere todos.

Antônio olhou em volta e, de novo, para mim. Colocou as mãos sobre meus ombros e disse:

— Vai com Deus.

— Tá resolvido. Vão todos embora. E vocês... — disse aos demais — não quero ver nenhum de vocês por aqui novamente.

— Antônio, eu moro aqui. Passo por aqui todos os dias.

— Tranquilo, Padreco. Não te farão nada. Vamos embora.

Naquela altura, todos soltaram um suspiro. Fora por pouco.

Ninguém mais do nosso grupo passou por ali — exceto eu. Era caminho de casa.

Dois anos depois, na festa do meu casamento, vieram me informar que havia um cara querendo entrar no salão de festas, com um presente que queria me entregar pessoalmente. Fui até a entrada e encontrei, já meio chapado, o Antônio.

Ele trazia nas mãos uma caixinha pequena. Deixei-o entrar, e ele me entregou. Era uma xícara com pires — muito bonita, por sinal. Pediu para tirar uma foto comigo, tomou um copo de chope e foi embora.

Soube que, alguns meses depois, fora morto num confronto com outro grupo.

Não tenho mais a nossa foto.
Mas a imagem da entrega do seu presente está gravada na lente do tempo.

Nem todo mundo é totalmente ruim.
E nem ninguém é bom demais.


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Tentando interpretar meus sonhos


Dizem muitas coisas sobre sonhos, mas o que realmente eles significam ou se tem significado, ainda não estou convencido.
Um dia desses uma colega falou de seu filhinho que começou a gatinhar e terminei sonhando com o garotinho me provocando e saindo engatinhando em disparada. Por mais que eu corresse nunca o alcancei e ele divertia-se com isso.
Tenho dois sonhos que se repetem, desde minha adolescência. Não tem um período ou pelo menos um motivo, mas se repetem... São sempre os mesmos. 
O primeiro é estranho...
Estou andando por uma rua com certo declive, e a minha frente começa a surgir rolos rolando em minha direção. Eles iniciam com um tamanho de uma pilha AA. Eles aparecem de repente, rolando em minha direção e eu os removo com uma vareta que aparece do nada em minha mão. Continuo caminhando tranquilo, esses rolos vão aumentando e eu os removendo da minha frente. Até que chega um ponto que ele fica enorme e sei que não conseguirei removê-lo do caminho e que serei esmagado. Então acordo assustado, sufocando.
Significado? Não achei nada que possa parecer corresponder a ele.
O outro já até achei algumas explicações, mas que não me convenceram ou pareceram corresponder com o sonho.
Neste outro sempre chego, mesmo sem me ver caminhar, a uma casa de madeira com uma grande varanda. Sou um adolescente, quase adulto. Não em idade, mas em tamanho. 
De fora, vejo uma grande claridade dentro da casa. Então me aproximo mesmo sem andar e tento ver por uma janela, o que emite aquela luz. Lá dentro nada se vê a luminosidade não permite. É tudo claro, branco.
Enquanto me vejo ali, debruçado tentando ver o interior da casa, pela janela, sinto a presença de alguém me observando. Viro-me rapidamente para o meu lado direito e dou de frente com... Jesus.
Isso mesmo, ali na minha frente. Ele está parado e sorrindo. Seu rosto é lindo. Em sua volta há uma luz clara. Então, Ele me estende sua mão e mesmo antes de eu tocá-la, já sou uma criança e então Ele me leva pela mão.
Normalmente acordo aí, mas sem sustos ou reações.
Como disse esses dois sonhos vêm se repetindo há anos e nunca achei uma explicação, ou ouvi uma interpretação convincente de ambos.
Voltei a sonhar com o de Jesus, depois de um tempo longo de ausência, dias atrás.
Será que há um significado? 
Ou será apenas uma manifestação de meu subconsciente, em relação a algo que vi ou vivi?
Sei lá... No primeiro sonho, o caso do rolo já não me incomoda tanto... Vivo enrolado mesmo, sendo atropelado direto pela vida, que me adaptei.
No segundo... Não entendo ainda, mas pelo sorriso Dele e por Sua mão estendida, acho que tô de boa com meu amigo.


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O sorriso de Deus

Que noite mais linda
Num céu todo azul escuro
e eu do meu canto seguro
saí pra observar.
Flutuando na imensidão
vi um sorriso brilhante
ainda que muito distante
chegava bem próximo a mim.
Era um sorriso belo,
sincero e verdadeiro
daqueles que o atinge primeiro
Sou Freitas
direto na alma.
Calma, passividade e ternura
uma mistura mágica de emoções
de fortes sentimentos
que fizerem meus pensamentos
ir até você.
Era um sorriso no espaço
pendurado na noite suave
a mais bela pintura
feito um quadro na parede.
Quando o olhei encantado
foi me revelado em detalhes
todos os sonhos meus.
Ontem de noite eu fui velado
Pelo sorriso de Deus
a imagem mais linda que vi
e sem poder resistir
a Ele também sorri.

# 181 - Deus

Pensamento Vivo - 181


"...A consciência é um estado de ser. você está "sendo" consciente. Nesse estado de consciência, você pode escolher qualquer outra forma de ser. Você pode decidir ser sábio ou maravilhoso. Pode decidir ser piedoso e compreensivo. Pode decidir ser paciente e magnânimo."

domingo, 8 de setembro de 2013

Por cinco minutos

Esse sai por dois "reaus"

Por apenas cinco minutos, perdi o ônibus.

Depois de tanto tempo esperando, lá estava eu outra vez: rodoviária.
Ia ter que passar a noite ali de novo.

É desgastante, incômodo — não há conforto algum. Mas fazer o quê?
Não tinha outra opção.
Pelo menos, eu estava preparado. Sempre conto com a chance de me atrasar.

Apesar do cansaço, mantive a calma.
A rodoviária, ao menos, era segura.
Comi o lanche que havia trazido do trabalho, li um pouco e, como de costume, me debrucei sobre a mochila e cochilei.

Nada agradável... mas também, não era o fim do mundo.

Lá pela meia-noite, o sono veio de vez.
Apaguei.

Acordei com um sobressalto. Sem noção do tempo. Meio zonzo.
O relógio digital, com seus números vermelhos, marcava 2h da madrugada.
Olhei ao redor.
E então percebi.

Não havia ninguém.

Nenhum policial circulando.
Nenhum funcionário da limpeza enceradando o piso como sempre.
A única lanchonete que virava a madrugada — fechada.

Estranhei. Muito.

Olhei para os terminais: nenhum ônibus chegando, nenhum partindo.
Nenhum sequer estacionado nas plataformas.

A maior rodoviária da região estava... deserta.
Absolutamente deserta.

Levantei ainda grogue. Fui até o guichê de passagens.
Estava aberto, com os terminais acesos e as poltronas disponíveis na tela —
mas ninguém por perto.

Chamei.
Nada.

Fui até o balcão de informações. Espiei por sobre o vidro. Vazio.

Uma angústia me tomou. Um nó apertando a garganta.
Andei mais um pouco. Nenhum taxista. Nenhum carregador.
Nenhum viajante nos bancos.

Nada.

Fui ao banheiro. Entrei devagar. Silêncio absoluto.
Chamei por alguém. Minha voz ecoou. Resposta? Nenhuma.

Comecei a tremer. O desespero já dava sinais.
Sentei-me num banco escondido.
Fechei os olhos e comecei a orar.

Foi quando senti uma mão no ombro.
Assustei. Arregalei os olhos.

Olá, meu amigo. Vamos tomar um café?

Era Willian, meu velho parceiro de outras aventuras.

Na verdade... eu estava sonhando.
E por pouco não perdia outro ônibus.

Levantei, ainda meio grogue, e o cumprimentei.
Fomos tomar um café de dois "reaus".

Quem é bom, sempre aparece.

Dessa vez, desmaiei de cansaço.
E, de novo, por cinco minutos, quase perdi outro ônibus.

Valeu, Willian.

sábado, 7 de setembro de 2013

As aparências enganam II


Depois de um bom tempo teria novamente que dormir na rodoviária.

— Bom dia, senhor, já foi atendido?

Para alguns, essa abordagem é uma cordialidade típica em um ambiente comercial. Para outros, é uma intromissão na pesquisa de compra.

Como precisava consertar meus óculos e aproveitar para dar um bom trato nas lentes, saí em busca de uma ótica.

Entrei em uma loja bonita e vistosa, e para mim, a recepção foi bem autêntica e acolhedora.

Havia várias meninas atendendo os clientes ou ajeitando os produtos nos balcões, e o movimento estava bem agitado naquele dia. Porém, uma pessoa, muito bem vestida, ao me ver meio perdido e desorientado, foi logo ao meu encontro.

Ela se aproximou sorrindo e disse:

— Bom dia, senhor, já foi atendido?

As meninas estão ocupadas, mas sente-se e fique à vontade, elas logo irão atendê-lo.

Imaginei que fosse uma supervisora pela atenção. Sentei-me e sorri. Ela sorriu de volta e ofereceu:

— Bom dia, senhor, já foi atendido?

Quer água, café ou suco?

Surpreso, recusei a gentileza. Retirei meus óculos do estojo e disse que gostaria de limpá-los e trocar os suportes.

— Bom dia, senhor, já foi atendido?

Permita-me limpá-los, aqui temos o jeito certo de fazê-lo.

Entreguei meus óculos e a acompanhei com os olhos. Ela os entregou a um rapaz numa sala com paredes de vidro, apontou-me sorrindo e saiu.

Sob minha vigilância, o rapaz passou um produto nas lentes, limpou-os e se aproximou de mim com os óculos prontos.

— Bom dia, senhor, já foi atendido?

Aqui estão, senhor. Limpei as lentes e troquei os suportes. Posso ajudá-lo em algo mais?

Realmente, os óculos estavam perfeitos. Já colocando-os no estojo, não resisti e perguntei ao rapaz o nome daquela gentil supervisora. Com certeza, indicaria a loja aos amigos e recomendaria procurá-la.

— Bom dia, senhor, já foi atendido?

Aquela senhora que me entregou meus óculos, como se chama?

Apontei para a pessoa a quem me referia, que já estava do outro lado da loja, conversando com outro cliente.

— Bom dia, senhor, já foi atendido?

Senhora... Ah! É a dona Auxiliadora.

Um nome justo, de acordo com o perfil da pessoa.

— Bom dia, senhor, já foi atendido?

Ela é muito simpática e eficiente. É sua supervisora?

O rapaz olhou-me surpreso e começou a sorrir.

— Bom dia, senhor, já foi atendido?

Não, senhor. Ela é a nossa copeira.

Mesmo com os óculos limpos, não pude deixar de sorrir com a ironia da situação. Verdadeiramente, nem sempre as coisas são como as enxergamos.

Auxiliadora.

 


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Quantos anos você tem?


Quantos anos você tem?

Era a mais velha do grupo, apesar de ser tão nova.
E então, aquele rapaz, que trocava olhares com ela, apareceu e perguntou:

— Vamos ao clube dançar, na domingueira?

A ideia veio do amigo do rapaz, que parecia ter no máximo 16 anos. Ela, já passava dos vinte, mas tinha um rostinho de 17 — como todas têm. E achou que o rapaz com quem trocava olhares tivesse seus 19, 20 anos. Ela então convidou os dois para ir com ela e sua amiga de 16. Aceitaram.

Formaram dois lindos casais de adolescentes.

No meio da conversa, o rapaz perguntou sua idade, com receio de achar que ela fosse muito velha. Então, com um sorriso, ela mentiu:

— Tenho 17.
Ficou tudo certo. Lá foram eles para o clube.

O clube não era muito longe, então aproveitaram para caminhar juntos e se conhecer melhor. Na frente, o casal de amigos; alguns metros atrás, ela e o rapaz, todos de mãos dadas. Cheios de amor pra dar.

Preferiram o caminho mais longo para ter mais tempo juntos, quem sabe assim se aproximariam mais.

— Imaginava que você fosse bem mais velha. Pensei até que não se interessaria por mim.

— Que isso! Sou apenas um ano mais velha que você. Vamos mudar de assunto?

Chegaram à quadra do clube.

O que não esperavam era encontrar uma viatura da polícia bem na entrada do salão das domingueiras.

Estavam atendendo um chamado, para verificar se menores estavam tentando entrar no baile sem um responsável maior de idade. Na hora, ela se lembrou da mentira da idade e sabia que precisaria mostrar o RG para entrar. Como os outros não sabiam que aquela noite exigia um responsável maior, insistiram para entrar. Resultado: foram barrados pelos policiais.

— Quantos anos vocês têm?

— Tenho 18, seu guarda. Meu amigo tem 15, e a namorada dele tem 16. E essa princesa aqui tem 17.
Ele apontou para ela.

— 18... Sei, sinto muito. Sem uma pessoa de maior idade responsável, vocês não podem entrar.

Ela insistiu para irem embora, com medo de que sua idade fosse descoberta, mas o rapaz insistiu:

— Poxa, seu guarda, deixa a gente entrar. Vai.

— Nada disso, vão pra casa.

— Pô, seu guarda, já sou um homem.

O policial olhou sério para o rapaz, aproximou-se mais e falou:

— Tá bom, homenzinho. Quero ver suas identidades, senão seus pais terão que vir buscá-los aqui.

Pronto. A verdade estava prestes a vir à tona. Ela arregalou os olhos.

— As identidades de todos.

O policial olhou os documentos.

— Esse aqui tem 16, mas não era 18? Eu sabia... Agora você.

O rapaz, envergonhado, afastou-se, e o amigo estendeu o documento ao policial.

— Esse tá certo, 15. Fiquem aqui do lado.

Devolvendo os documentos aos rapazes, ele chamou as meninas.

— Quantos anos você tem?

A pergunta era para a amiga.

— 16, seu guarda.

— Dê-me seu RG. Vejamos... 16. Sua mãe sabe que está aqui com esses rapazes?

— Sim, senhor.

— Sei. E você, quantos anos tem?

Ela engasgou. Tossiu. Esticou a mão para entregar o documento e disse baixinho:

— 17.

— Quantos? Fale mais alto, minha filha.

Ela olhou para os rapazes, puxou a respiração e disse:

— 17, senhor.

O policial olhou para o parceiro, voltou a olhar o documento, depois para ela e novamente para o documento, perguntando:

— Quantos anos você tem?

Ela, toda sem jeito, demorou um pouco, olhou nos olhos do policial e repetiu:

— 17.

Novamente, o policial olhou o documento e a encarou sério:

— Você pode repetir sua idade, por favor?

— 17 e já estou indo pra casa, seu guarda.

Ele sorriu, olhou para o rapaz, entendeu a situação e devolveu o documento a ela. Mandou-os para casa, mas não deixou por menos:

— Não quero ver vocês, crianças, fora de casa essa hora, hein? Vão embora.

Alguém acha que ela olhou para trás, para ver o riso dos policiais ou a cara de perdido dos rapazes?
Arrastando sua amiga, que gargalhava sem parar, deixou os rapazes ali, sem entender nada.

Pois é...
As coisas aconteceram mais ou menos assim.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Sofia



Não há como não permitir o atrevimento de minha mão
Em insistir escrever palavras que teimam em me entregar
Peço-lhe silêncio, que pare, peço-lhe cumplicidade então
Mais ela continua, desliza no papel rabiscando a me denunciar.

Queria acabar com as palavras, apagar o alfabeto,
Mas sei que isso não adianta e não seria correto
Como fazer, evitar que ela possa saber...
O que acontece e o quanto me ponho a perder

Sei que só palavras apenas, nada dizem.
Porém a conheço, é sábia e irá perceber,
Que nesse meu mais afoito deslize
Entregarei em suas mãos, todo o meu ser.

Tento de todas as formas e maneiras evitar,
Algo que teima e que constantemente me desafia
Um calor gostoso, até mesmo quando pronuncio...
Se nome, seu rosto,... Querida filha

Minha Sofia.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

# 179 - SunTsu

Pensamento Vivo - 179


"E como a felicidade pode se transformar na insatisfação ,assim o desespero pode sumir no despertar de uma nova primavera.Com cada dia,pode nascer um outro entendimento de nosso estado,nossos laços e objetivos".

SunTsu

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Saudades de Elis

Desculpem-me por não publicar algo novo, mas ao ouvir a pimentinha cantando no meu ouvido, "Como nossos pais", pela milionésima vez, bateu uma saudade imensa... Acho que não tem sandice maior do que sentir saudade daqueles que estão sempre ao nosso lado...
Saudades de Elis...


Aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na fogueira das paixões
Os corações pegam fogo e depois não há nada que os apague
se a combustão os persegue, as labaredas e as brasas são
O alimento, o veneno e o pão, o vinho seco, a recordação
Dos tempos idos de comunhão, sonhos vividos de conviver
As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na geleira das paixões
Os corações viram gelo e, depois, não há nada que os degele
Se a neve, cobrindo a pele, vai esfriando por dentro o ser
Não há mais forma de se aquecer, não há mais tempo de se esquentar
Não há mais nada pra se fazer, senão chorar sob o cobertor
As aparências enganam, aos que gelam e aos que inflamam
Porque o fogo e o gelo se irmanam no outono das paixões
Os corações cortam lenha e, depois, se preparam pra outro inverno
Mas o verão que os unira, ainda, vive e transpira ali
Nos corpos juntos na lareira, na reticente primavera
No insistente perfume de alguma coisa chamada amor.