Esse, não foi um encontro qualquer...
Ontem estive na semana de segurança do
trabalho, organizado pela empresa em que trabalho e quando esperava apenas ouvir o
de sempre, estatísticas e regras, fui surpreso com a narrativa triste, sobre a perda de uma colega que nem conheci e nunca vi. Ela foi
vítima de um acidente, por não estar com o cinto de segurança. Ah, se as
pessoas ouvissem mais os técnicos de segurança...
Foi um estranho sentimento de perda, nem
ao menos vi sua imagem ou como era, mas doeu.
Como todo pisciano que se preze, senti que os sentimentos e
emoções reservados para aquele dia, estavam apenas começando.
Na sequência, tive também o enorme prazer de
conhecer neste dia, o campeão mundial de embaixadinhas, aquele negócio
de ficar quicando a bola com os pés. Foi meu primeiro contato direto com um
campeão verdadeiro. Incrível!
Por que foi incrível? Já devem ter
percebido pela imagem, esse cara é fera.
De início imaginei que fosse um campeão da categoria, como um
paralímpico. Estava enganado. Ele é recordista de fazer mais de 90.000
embaixadinhas (esse número não está errado, é isso mesmo) em mais de oito horas controlando a bola, mas para mim, essa não foi a sua melhor marca. Nunca vi ninguém “normal” fazer tal marca. Agora...
Se não considerei esse absurdo de 90.000 embaixadinhas sua melhor marca, acho já deve imaginar
qual foi então.
Vamos a ela.
O tempo todo sorridente e agradecendo a
Deus pela condição que lhe deu, fez com que Edgard, tirasse lágrimas de muitos
dos presentes com a narrativa de sua história.
Num tempo aonde a inclusão vem por força
de lei, ele simplesmente abriu seu coração e despejou em nossos ouvidos tudo o
que achávamos não ser possível.
Ser feliz, sorrir, brincar, morar sozinho, esforçar-se
por formar em administração, trabalhar e viver a vida que escolheu, foi a melhor marca que esse amigo nos mostrou.
Sua determinação, coragem, desprendimento e
simplicidade, mostraram a mim e a quem quis enxergar, que a vida é bela sim, basta vermos tudo de maravilhoso que nos cerca e deixar de lado o que não vale ser destacado. Mostrou-nos que os momentos difíceis vêm para nos fazer crescer e mostrar que podemos muito
mais. O limite somos nós quem fazemos.
Foi o melhor encontro de segurança que já
tivemos e acredito que foi o que mais os colegas de trabalho aprenderam, não só apenas sobre
segurança, mas sobre a importância de saber que a pessoa ao seu lado também é
sua responsabilidade.
Parabéns aos organizadores pela iniciativa, por como tudo foi conduzido e obrigado por mais essa oportunidade de aprender mais uma lição de vida.
Valeu mesmo, campeão!
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