Domingão... dia de churrasco!
Aproveitei a carona de um amigo para fazer uma surpresa à
dona da festa, que — segundo ela — nem contava com a minha presença. Não que eu
tenha fama de dar bolo, claro. Quer dizer... só às vezes. Mas só quando
realmente não dá mesmo.
Nem preciso dizer que, assim que cheguei, virei alvo das
brincadeiras. Parecia que ninguém havia apostado na minha presença. Mas ali
estava eu, firme, no espaço de churrasco do condomínio da amiga, pronto para
saborear um legítimo churrasco carioca.
A anfitriã era uma carioca pra lá de divertida, que veio
trabalhar conosco aqui no Vale do Paraíba. Quando ela me convidou, confirmei na
hora.
— E o que eu levo? — perguntei, como de costume.
Por aqui, essa é regra: quem é convidado para o churrasco leva um tanto de
carne e, claro, um fardinho de cerveja. Ajuda o anfitrião.
Mas ela se espantou com a pergunta e foi logo dizendo:
— Que isso! Não precisa levar nada, não. Lá no Rio, quem
convida é que banca!
Opa! Nem discuti. Vai que eu estava ofendendo a cultura
local? Pelo jeito, ela era frequentadora assídua desses eventos cariocas.
Mas voltando ao churrasco...
Alguns colegas da empresa já tinham chegado, e estávamos
todos bem à vontade. Tudo prometia. Até que o pai de uma das colegas se animou:
— Deixa que eu cuido da churrasqueira! Adoro fazer isso.
Cadê o carvão?
— Carvão?
A anfitriã olhou surpresa.
— Esqueci...
Sem problema. Pegamos o carro e fomos comprar carvão. Na
volta, o pai da colega já estava animado, acendendo a churrasqueira, quando
veio a segunda pergunta:
— E a carne?
— Tá no apartamento, já vou pegar! — disse ela, sorrindo.
Minutos depois, ela reaparece com... um enorme salmão.
Isso mesmo: churrasco de salmão.
Começamos a rir. Muito. E lá fomos nós novamente ao
hipermercado buscar mais carnes.
Achávamos que agora ia. Mas não. Vem a terceira pergunta
fatal:
— Cadê o pãozinho?
Nem preciso dizer que voltamos de novo ao mercado.
No fim do dia, o que ficou foram as risadas.
Sempre que lembramos, repetimos: churrasco à carioca, segundo nossa
querida amiga, é assim — sem carvão, sem carne e sem pãozinho.
Mas com muita história pra contar.
Saudades dela.
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