terça-feira, 6 de agosto de 2013

Voz de comando

É claro que esse não é o Twoo,
mas a carinha foi a mesma

Dois pontos importantes no texto de hoje.

O primeiro: o sumiço do Traíra. Lembram-se dele? Pois é... desapareceu. Mas como o conheço bem, não baixo a guarda. Estou sempre atento, com o canto do olho afiado, esperando o momento em que ele resolver aparecer.

Durante todo o mês de julho desfilei com o Twoo pelo bairro. Nada. Nenhum sinal do Traíra. Escafedeu-se.

O segundo ponto é a educação de Twoo.

Complicado, viu? Ainda mais com alguém do lado fazendo todas as vontades dele e contrariando qualquer pedido meu de correção. Vai vendo...

Mesmo assim, o danadinho está progredindo. Come menos chinelos, arrasta menos roupas e já faz suas necessidades fora de casa — salvo quando está tão empolgado com as brincadeiras que escapa sem querer. (Eu acho.)

Depois de muito treinamento, consegui um feito: ele me permite colocar sua comida sem avançar no pote, sem tomar o medidor de ração da minha mão e, principalmente, sem se enrolar nas minhas pernas como se fosse uma corda viva prestes a me derrubar.

Agora ele senta e espera. Mando um "FICA", e ele congela. Só vai quando ouve "COME". Uma belezinha.

Todo orgulhoso, decidi dividir o feito com a Jackie.

Ela me ligou, e eu logo pedi que desse o comando de comer pelo telefone, assim que eu colocasse a ração. Expliquei tudo direitinho e, mesmo reclamando da minha demora em deixar o bichinho comer, ela disse que entendeu.

Coloquei o celular no viva-voz e fui posicionar o pote.

— FICA! — ordenei.

E o Twoo? Parou na hora, sentado, olhos fixos na comida. Um anjinho.

— Fala o comando agora! — pedi à Jackie.

— Ah, eu acho que você está judiando do bichinho. Ele tá com fome!

— Diz o comando pra ele comer.

— Que comando?

— "COME"!

Pronto. O Twoo ouviu a palavra mágica e partiu com tudo. Tive que afastá-lo e repetir todo o ritual.

Expliquei novamente à Jackie.

Aproximei o celular e disse:

— Agora!

— Twoo, meu lindinho, vá lá comer sua comidinha...

— Não! É pra dizer "COME"!

Lá foi o danado de novo, com fome e esperança.

Tentei manter a paciência. De um lado, o Twoo faminto. Do outro, a Jackie cheia de carinho, mas sem entender a proposta.

Mais uma tentativa:

— Agora, vai.

— Twoo, meu bebê de dois meses, vá comer, vá...

Desisto.

Dei o comando eu mesmo. "COME!"

E ele foi, feliz da vida.

Às vezes é melhor não inventar.

Um comentário:

  1. É um bebê. Só tem 3 meses. Mas qual a desculpa da mãe, que tem 43 anos? Rsrsrsrsrsrs

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