É claro que esse não é o Twoo, mas a carinha foi a mesma |
Dois pontos importantes no texto de hoje.
O primeiro: o sumiço do Traíra. Lembram-se dele? Pois é...
desapareceu. Mas como o conheço bem, não baixo a guarda. Estou sempre atento,
com o canto do olho afiado, esperando o momento em que ele resolver aparecer.
Durante todo o mês de julho desfilei com o Twoo pelo bairro.
Nada. Nenhum sinal do Traíra. Escafedeu-se.
O segundo ponto é a educação de Twoo.
Complicado, viu? Ainda mais com alguém do lado fazendo todas
as vontades dele e contrariando qualquer pedido meu de correção. Vai vendo...
Mesmo assim, o danadinho está progredindo. Come menos
chinelos, arrasta menos roupas e já faz suas necessidades fora de casa — salvo
quando está tão empolgado com as brincadeiras que escapa sem querer. (Eu acho.)
Depois de muito treinamento, consegui um feito: ele me
permite colocar sua comida sem avançar no pote, sem tomar o medidor de ração da
minha mão e, principalmente, sem se enrolar nas minhas pernas como se fosse uma
corda viva prestes a me derrubar.
Agora ele senta e espera. Mando um "FICA", e ele
congela. Só vai quando ouve "COME". Uma belezinha.
Todo orgulhoso, decidi dividir o feito com a Jackie.
Ela me ligou, e eu logo pedi que desse o comando de comer
pelo telefone, assim que eu colocasse a ração. Expliquei tudo direitinho e,
mesmo reclamando da minha demora em deixar o bichinho comer, ela disse que
entendeu.
Coloquei o celular no viva-voz e fui posicionar o pote.
— FICA! — ordenei.
E o Twoo? Parou na hora, sentado, olhos fixos na comida. Um
anjinho.
— Fala o comando agora! — pedi à Jackie.
— Ah, eu acho que você está judiando do bichinho. Ele tá com
fome!
— Diz o comando pra ele comer.
— Que comando?
— "COME"!
Pronto. O Twoo ouviu a palavra mágica e partiu com tudo.
Tive que afastá-lo e repetir todo o ritual.
Expliquei novamente à Jackie.
Aproximei o celular e disse:
— Agora!
— Twoo, meu lindinho, vá lá comer sua comidinha...
— Não! É pra dizer só "COME"!
Lá foi o danado de novo, com fome e esperança.
Tentei manter a paciência. De um lado, o Twoo faminto. Do
outro, a Jackie cheia de carinho, mas sem entender a proposta.
Mais uma tentativa:
— Agora, vai.
— Twoo, meu bebê de dois meses, vá comer, vá...
Desisto.
Dei o comando eu mesmo. "COME!"
E ele foi, feliz da vida.
Às vezes é melhor não inventar.
É um bebê. Só tem 3 meses. Mas qual a desculpa da mãe, que tem 43 anos? Rsrsrsrsrsrs
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