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No
jornal da manhã disseram que aquele lindo sábado seguiria assim, lindo, calmo e
tranquilo.
De
repente então começou a mudar o tempo e começa uma forte ventania. O céu começa
a escurecer e trocar o lindo azul claro, primeiro por uma cor cinza claro,
depois o cinza foi escurecendo e ficou muito próximo ao preto.
Sai
para o quintal e pude ouvir os vizinhos falando da aproximação de uma
tempestade. Na rua, vi pelas frestas do portão muitas pessoas correndo para
abrigarem-se.
Meu
pequeno cãozinho também parecia assustado. Apesar de acompanhar meus passos
pelo quintal, parecia estar procurando esconder-se atrás de mim.
Olhei
para o céu cinza e não vi pássaro algum voando. Acho que já estavam distante,
rumando no sentido contrario das nuvens cinza. Procurei algum indício que
aquilo fosse passageiro, mas parecia que a tempestade chegaria a qualquer
minuto.
Olhei
nos varais e tudo estava recolhido.
Era
o início da tarde de sábado, dia este, que prometia ser tranquilo e realmente
assim o foi, até aquele momento.
Tranquilamente
voltei para dentro de minha casa, sempre acompanhado pelo meu fiel companheiro.
Enquanto meu cachorrinho, muito novinho, com apenas de dois a três meses, se ajeitava
em sua caixinha de papelão, peguei uma cadeira plástica, uma lata de suco e fui
para a área de serviço, ao lado do cãozinho e, sentei-me para ver a chegada da
tempestade.
Primeiro
veio àquela ventania, levantando muito pó e restos de papéis jogados na rua e
que agora insistiam em entrar no meu quintal. Os rodamoinhos, arrastava os papéis para bem alto e depois os
largava para que caíssem flutuando. Abri a latinha de suco enquanto observava e
apreciava o silêncio que ocupava o momento.
Depois
começou a trovejar e relampejar. Raios começaram a aparecer. Pareciam riscados
a mão, surgiam entre as nuvens e travessavam o céu num brilho de incomodar.
Sorri admirado. Parecia que alguém lá de cima estava utilizando um flash, para
nos flagrar correndo desesperados de um lado para outro.
Tomei
um bom gole do suco e acariciei meu pequeno acompanhante canino.
Então
o cheiro de terra molhada chegou e com ele trouxe a própria chuva. Forte e
barulhenta.
Vi
seus pingos tentando perfurar o chão e penetrar na terra, então se espalhavam.
O cheiro que ela provocava era muito agradável. Uma mistura de terra e mato.
Como
o vento ainda estava por ali começou a cair uns pingos da chuva em meus pés que
estavam repousados sobre a mureta da varanda. Não recolhi, ao contrário,
estiquei as pernas para que eles ficassem mais expostos e recebesse os pingos
refrescantes e intensos.
Peguei
meu companheiro no colo e enquanto acariciava suas orelhas, vi a chuva ir
diminuindo sua intensidade aos poucos até ficar como uma garoa. As terríveis
nuvens negras desapareceram. Elas se dissolveram e deram lugar a um céu cinza
bem clarinho.
O
vento também se foi de repente, assim como chegou. Ficou no ar ainda, o cheiro
gostoso da chuva.
Do
local privilegiado em que eu estava, pude ver depois de tudo que aconteceu aparecer
um pequeno raio de sol e com ele, um pedacinho do azul no céu. Aquele mesmo
azul, que encobria tudo antes da tempestade.
Tempestade?
Que
nada, foi mais um espetáculo de Deus.
Levantai-me,
coloquei o animalzinho no chão e aplaudi.
Ele
é incrível. Que show.
.
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