terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Eu x Banheiros

Não ia escrever sobre o assunto, acho um tanto... Complicado. Mas lá vai...

Não me dou bem com banheiros de outras casas ou locais fora do meu domínio residencial. Sempre acontece algo desagradável. Tinha prometido a mim mesmo não tocar no assunto, mas fui desafiado. As pessoas não acreditam que coisas aconteçam comigo. A cada vez que fecho a porta, desses geralmente pequenos espaços de quatro paredes, o risco é grande. Não me venham com probabilidades, é Murphy. Se existe alguma possibilidade de que acontecer, pode ter certeza que estarei por ali.
Um pequeno bar que frequento e tomo minhas cervejinhas, junto com Maninho, me faz de vítima sempre. Espera chegar minha vez e quando fecho a porta do banheiro, à luz se apaga. Imagine um cara apertado pra caramba, tentando acertar o alvo no escuro. Sou salvo sempre pelo barulho, quando acerto de primeira. Quando volto e pergunto aos colegas, quem usou diz que não teve problemas com a iluminação. Só eu mesmo, e ainda sempre tem um engraçadinho dizendo que molhei o chão.
Alguém já viu vaso de flor num banheiro? Pois bem, eu tropecei em um e quase o quebrei, fazendo um barulhão. Correram bater na porta pra ver se eu estava bem. O duro foi sair do banheiro limpando os pés sujos de terra preta. Como negar algo? Também, onde já se viu ter um vaso dentro do banheiro? 
Ficar trancado já é comum. Uma vez fiz de tudo e não consegui abrir, tive que berrar até um funcionário da loja vir me soltar. Mais um mico. 
E essas maleditas cordinhas de descarga, eu já perdi a conta de quantas arrebentei, e é não é por força exagerada, elas sempre me esperam para romper. É impressionante. Até uma dessas caixas suspensas eu já derrubei.
Ainda bem que só faço o número dois em casa, porque senão ia dar mer...
Na facu já entrei no banheiro errado, no feminino, e por duas vezes. Juro que olhei o homenzinho na porta antes de entrar. Ainda bem que nunca tinha ninguém pra me flagrar.
Mas a minha maior proeza, foi numa casa especial. Não vou entregá-la, não insistam. 
Assim que entrei, já muito apertado, percebi que o trinco não fechava. Pensei... Como vou me aliviar com a porta aberta, alguém poderia entrar. 
A primeira opção foi a de segurar a porta com um pé. Não deu certo, o vaso ficava longe demais. Procurei algo pra travá-la. Nada,
A necessidade me apertava cada vez mais e não tive escolha, pensei em fazer rapidinho e de olho na porta, se alguém tentasse entrar eu travaria o serviço e empurraria a porta. Não dava mais tempo, lá fui eu.
Um olho no vaso e outro na porta.
Foi só começar e tentaram entrar. Era a vovózinha da casa. Rapidamente empurrei a porta e disse:
- Tem gente vó.
- Gente? Sou eu quero entrar, Tô apertada.
- Eu também vó, só um minuto.
Foi largar a porta para terminar o serviço e a vó empurrou tentando entrar novamente.
- Vó espera um pouco já tô terminando.
- Sai logo meu filho, vou fazer nas calças.
- Eu já tô fazendo vó.
- Vai logo que eu não vou aguentar mais meu filho.
Sem chances. Parei por ali mesmo. A bexiga implorando pra ser esvaziada e a vó berrando pra entrar. Decidi tentar de novo e novamente ela empurrou a porta tentando entrar.
- Só um minuto vó, já tô terminando. 
Tá certo. Menti pra velhinha, nem havia começado, mas estava por um triz. A vó tentou de novo. Não tinha jeito eu tinha que sair e deixá-le entrar. Seja o que Deus quiser. Ajeitei-me e saí.
Para minha surpresa, não era só a vozinha que estava ali do outro lado da porta, tinha pelo menos três velhinhas. Ferrou.
Sai na velocidade para frente da casa, procurando algum lugar para me aliviar e a rua estava lotada de gente. Que desespero. Mal conseguia andar. Então vi um comércio na esquina da quadra. Com um sacrifício muito grande, me apertando ao máximo fui em sua direção.
Chegando lá, só perguntei pelo banheiro e corri na direção que o balconista mostrou. Enfim me aliviaria.
- Não acredito a porta está trancada! Balconista, por favor, a chave. Rápido.
Ele levou séculos para dar a volta no balcão e me entregá-la. Todo tremulo e nervoso, não acertava a fechadura e ele me socorreu, mais uma vez. Entrei e bati a porta. Cadê o interruptor da lâmpada? Deixa pra lá. Aaaaaaaaaaaaaaaaah... Enfim.
Eu sai mais corado e leve daquele bar. Voltei pra casa do colega. 
Quando cheguei todos me procuravam preocupados e expliquei o que aconteceu e descobri que havia outro banheiro no mesmo corredor, próximo daquele. O problema é que a vó só usava aquele.

Ah! Saudades lá de casa.


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