quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Teria eu sonhado? Ou...



Nunca fui de impressionar-me com as coisas desde mundo, e do "outro" mundo, nunca vi nada até aquele sábado de outubro.
Sempre disse a todos os amigos quando começavam com história sinistras, de eventos sobrenaturais, que não tenho medo e que nunca vi, ouvi nada desse tipo e que não saberia como me comportaria diante de uma situação como essa.
Sempre soube de casos de objetos voando sozinhos, de imagens distorcidas que evaporam ou mesmo de vultos. Em uma casa perto da minha diziam que aconteciam coisas estranhas, minha curiosidade fez como que fosse até ela algumas vezes tentar ver algo, sempre que os moradores diziam ter visto naquele momento algo estranho. Mas quando eu chegava ao local, tudo estava tranqüilo e silencioso, talvez por isso nunca me preocupasse com histórias assim.
Mas naquele sábado estava em casa somente eu e meu velhinho, todos os outros 5 que habitam conosco estavam passeando e passariam o fim de semana fora. Tudo tranqüilo, não tenho problemas com isso, me viro bem. Comidas instantâneas, cervejas e uns salgados resolvem a alimentação e o silêncio sempre é bem vindo.
O dia transcorrera tranqüilo e a noite chegará, fiquei acordado até por volta das 23 horas assistindo filmes na sala e por lá dormi. Não havia assistido nada que me impressionasse apenas uma comédia romântica muito legal. Acho que estava meio cansado da semana puxada, apaguei rápido no sofá da sala.
Foi então que escutei três pancadas na parede e acordei.
Olhei para a porta da sala, estava aberta como sempre. Fiquei em silêncio por um momento e ouvi novamente as batidas e vinha atrás de mim, na parede em que o sofá estava encostado. 
Virei lentamente o corpo e vi próximo ao interruptor da lâmpada um ser, parecia um arlequim, com roupa xadrez preta e branca.
Tentei chamar alguém, mas a voz não saia, fiquei congelado, não consegui mover um músculo.
Não movi a boca também, mas me ouvi perguntar-lhe se era ele quem fizera aquele barulho, essas pancadas às vezes eu escutava pela casa, mas que nunca me preocupei de verificar o que poderia ser talvez um de meus filhotes aprontando algo. Ele respondeu-me que sim, era ele, também sem movimentar os lábios como por telepatia.
Disse que seu nome era Adriano e que morrera naquela casa, mas estranhamente não sei como, senti que ele não morrera, mas fora morto ali.
Em sua volta havia uma luz bem clara, como que saindo de suas costas. Perguntei que ele era e disse-me que era cozinheiro e morou com sua mulher naquela casa.
De repente ele ficou sério e olhou para o lado e disse que tinha que ir embora, parecia muito assustado e olhando para mim e para a porta da sala, falou ela está vindo, vou embora e foi.
A luz que estava em sua volta se apagou.

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