O álcool e o menor., a responsabilidade é de quem?

Impressionante a irresponsabilidade de alguns pais. Numa festa particular flagrei um desses, dando cerveja a uma criança que me pareceu ter por volta de quatro anos, não agüentei e o reprimi, conseqüência: fiquei em maus lençóis com os donos da casa, o cara não concordou com minha opinião e veio pra cima. Apesar de ter feito com muito tato, criei um clima horrível o cara era um grosso e o dobro do meu tamanho, sai de fininho sentindo ter criado um mal estar aos donos da festa que na verdade mal conhecia, mas fiz minha parte.

Hoje se falam em tantas drogas, mas a bebida alcoólica, junto com o cigarro,  talvez seja umas das piores. Por ser de fácil acesso, independente da proibição a venda para menores, em qualquer lugar se consegue e com facilidade. Nos eventos de  jovens é comum ver uma garrafa de vinho ou outra bebida qualquer sendo ingerida normalmente.

Cada organismo reage de uma forma quanto ao abuso de álcool, porém, crianças e adolescentes com seus corpos em formação absorvem mais rápido seus efeitos e criam mais facilmente uma dependência. Pais irresponsáveis como o caso citado, ignora o encaminhamento ao vício que condiciona seus filhos.

Esse tema é muito complicado e perigoso. Não é só o copo de cerveja o problema, mas sim o comportamento que o segue, a partir do momento que dá um copo, manda uma mensagem ao seu filho que aquilo é normal e legal, então, fora do alcance dos olhos dos pais, isso pode progredir e complicar muito.

O governador de São Paulo enviou para aprovação a Assembléia Legislativa um projeto com a intenção de tornar maior e mais rigorosa, a fiscalização e assim, responsabilizar o estabelecimento pela venda. Ótimo, acredito que realmente a fiscalização tem que ser forte mesmo, agora, quanto a responsabilidades, há que se estudar melhor a questão.

Se um menor comprar a bebida no balcão está correto à responsabilidade do estabelecimento, mas e se o pai comprar no balcão e levar à mesa, deixando o filho beber, de quem é a responsabilidade?  A lei diz do estabelecimento, está correto? Ou o dono do estabelecimento terá que impedir que o pai faça isso?