domingo, 19 de agosto de 2012

Adoniran, um gênio.

Volto a agradecer aos amigos, ainda bem que os tenho assim sempre me alertam a corrigir meus erros e gafes. Muito obrigado
Mas há erros, que não são "erros", explico. Há um propósito na escrita "diferenciada" digamos assim.  
Quem foi um gênio, um especialista nisso, foi Adoniram Barbosa. Demais.
Por mais que eu adore rock, principalmente os irreverentes, não me permito perder ou deixar de desfrutar maravilhas como as músicas que Adoniran compunha. Não só pela letra escrachada de suas canções, mas também pela irreverência com que tratava todos os temas, seja uma simples visita como no "samba do Arnesto" ou como na tragédia em "Iracema!". Ambas imperdíveis.
O que dizer de "Tiro ao Álvaro", "As mariposa", e a genial "Saudosa Maloca".
Aliás, a música "Samba do Arnesto", teve até a intervenção da censura no tempo da ditadura.
Os censores a vasculharam toda em busca de uma mensagem subjetiva, oculta e direcionada. Recursos esses usados fartamente por outros gênios da composição, como: Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso e até quem diria Roberto Carlos.
Em "Samba do Arnesto", os censores devem ter achado ser uma mensagem explícita, direcionada a alguém e tentaram mudar tudo. Alegaram até em razão ao bom gosto, sugeriram alterações na letra. Ainda bem que não aconteceu. Vejamos a letra:

O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás
Nós fumos não encontremos ninguém
Nós voltermos com uma baita de uma reiva
Da outra vez nós num vai mais
Nós não semos tatu!

No outro dia encontremo com o Arnesto
Que pediu desculpas mais nós não aceitemos
Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa
Mas você devia ter ponhado um recado na porta
Um recado assim ói: "Ói, turma, num deu pra esperá
Aduvido que isso, num faz mar, num tem importância,
Assinado em cruz porque não sei escrever"

Pelas letras das canções que hoje são comercializadas e enfiadas "guela abaixo", reconheçamos... Adoniran era demais.
E pra provar sua genialidade em suas letras, antews que algum desinformado comece a ironizar suas canções, escutem "Trem das Onze", incrível.
"Nóis fumo... Mas nóis vortamos."
Adoniran... Um gênio.





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