Já revirei tudo, olhando trajetos no Google Maps. Medi
distâncias, busquei caminhos alternativos no Google Earth, e vi que pra chegar
até você… vai ser bem interessante.
A distância, que antes me parecia cruel e exageradamente
longa, já não parece tudo isso.
Afinal, até o Forrest Gump conseguiu.
O dinheiro, que parecia curto e enormemente importante, já
não me assusta tanto assim.
Se até o Bill — o Gates — conseguiu, é moleza pra nós.
Os costumes, que no início pareciam tão diferentes, agora se
misturam. Até trocamos sotaques.
Bem... se milhares vêm daí pra cá e se viram bem, por que
não inverter a ordem do mundo e ir daqui pra aí?
O trabalho que parecia complicado, difícil, pesado… já não
me incomoda.
Tô até aprendendo a cozinhar e lavar pratos.
Aliás, quanto ganha um diarista por aí? Também sei cuidar de
criança!
Então...
Enquanto buscava mil alternativas pra essa mudança de ares, fiquei pensando...
Acho que pra ser feliz, as coisas deveriam ser mais fáceis.
Pra todo mundo.
Não devia ter tantas complicações e preços. Devia ser automático.
Quero ser feliz. Pronto.
Sou.
Por que distâncias, valores, culturas e tantas outras coisas
sempre pesam mais que a nossa felicidade?
Por que sempre escolhemos o lado que deixa os outros felizes — e esquecemos de
nós?
A gente se preocupa tanto com tantos, e quando olha pro
lado... tá sozinho.
Esse mundo é tão invertido, tão contraditório.
Pois bem... voltemos.
Fiz e refiz cálculos, pesquisas, simulações...
E cheguei a uma conclusão:
Daqui até aí é um pulinho.
Ou melhor... pulinhos.
Fácil.
É só pular pra dentro do ônibus.
Pular pro aeroporto.
Pular pro avião (essa parte com uma boa reza).
Pular pra fora de outro aeroporto.
Pular pra dentro do táxi.
E pronto.
Onde você mora mesmo?
Sei lá...
Eu chego.
Agora é só pular pra dentro da sua vida...
Ou seria da nossa?
Tô dentro.
Fácil demais.
Tô chegando!
Só falta inventarmos um teletransportador, aí fica ainda mais fácil, não vai nem dar tempo de terminar a frase...Tô chegando....muito bom!
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