segunda-feira, 2 de julho de 2012

Bons amigos




Assistindo ao filme "Marley e Eu" pela terceira vez, e não pensem que é por falta de opções é que eu gosto mesmo, me peguei sorrindo novamente.

Além de me divertir, o filme trás ótimas lembranças de dois bons companheiros caninos que tive: "Hulk" o pai e "Bolinha" seu filhote, meus cachorros prediletos.
O Hulk era incrível. Se vocês assistiram ao filme "Marley e Eu" e acharam que os roteiristas exageraram, estão enganados. Esses amigos caninos fazem tudo aquilo e muito mais.
Hulk era tão esperto, que tudo, absolutamente tudo que fazia tinha que estar ligado ou ele aprontava. Sempre estava por perto me observando e quando dava por mim, ele já tinha aprontado.
Só pra entenderem, na época em que trabalhava num clube e ele ficava lá a  semana toda, um dia enquanto consertava um motor, com a caixa de ferramentas aberta no chão ao meu lado, fui pegar uma chave de fenda para fechar o motor e não a achei. Havia usado a chave naquele mesmo momento e sumira. Procurei em volta e nada, até ouvir um latido.
Lá estava Hulk, parado e me olhando com a chave no chão á sua frente, estava todo feliz abanando o rabinho. Resultado, uma canseira pra pegar a chave de volta.
Até hoje me pergunto... Como ele sabia que era aquela chave que eu iria precisar? Não sei. 
Essa imagem dele abanando o rabinho, com a carinha de provocação ainda está viva em minha memória. Grande Hulk.
Um amigo depois de ter que reformar por duas vezes o banco de sua moto, destroçados por seu Dalmata, resolveu contratar um adestrador para melhorar seu comportamento. Realmente ele não teve mais problemas com o banco da moto, seu amigo canino aprendeu... Ou quase... No final ele apenas tinha mudado a dieta e devorou o capacete dele... Esses amigos.
O Bolinha, filho de Hulk, veio de uma ninhada que tinha ainda o Frajola, o  Aranha e o Sem Fim, não estranhem os nomes, o nosso gato chamava-se Atum. Ele seguiu a linha do pai, brincalhão demais, sempre arrastando algo para além do nosso alcance. Genética? Não sei.
O que mais marcou minha história em relação ao Bolinha, foi a mania que tinha de encostar o nariz gelado em mim. Acho que tinha prazer em ver minha reação. Tenho certeza que fazia isso propositalmente.

Ainda hoje depois de tantos anos, quando alguém de casa nos beija e encosta o nariz gelado no rosto, imediatamente o outro diz "Pára o Nariz de Bolinha".
Agora é à hora e vez do Bethoven, um poodle devorador de chinelos de todos daqui de casa, menos o meu... 
Mas isso é outra história.

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