Assistindo
ao filme "Marley e Eu" pela terceira vez, e não pensem que é por
falta de opções é que eu gosto mesmo, me peguei sorrindo novamente.
Além de
me divertir, o filme trás ótimas lembranças de dois bons companheiros caninos que
tive: "Hulk" o pai e "Bolinha" seu filhote, meus cachorros
prediletos.
O Hulk
era incrível. Se vocês assistiram ao filme "Marley e Eu" e
acharam que os roteiristas exageraram, estão enganados. Esses amigos caninos
fazem tudo aquilo e muito mais.
Hulk
era tão esperto, que tudo, absolutamente tudo que fazia tinha que estar ligado
ou ele aprontava. Sempre estava por perto me observando e quando dava por mim,
ele já tinha aprontado.
Só pra
entenderem, na época em que trabalhava num clube e ele ficava lá a semana toda, um dia enquanto consertava um
motor, com a caixa de ferramentas aberta no chão ao meu lado, fui pegar uma
chave de fenda para fechar o motor e não a achei. Havia usado a chave naquele
mesmo momento e sumira. Procurei em volta e nada, até ouvir um latido.
Lá
estava Hulk, parado e me olhando com a chave no chão á sua frente, estava todo
feliz abanando o rabinho. Resultado, uma
canseira pra pegar a chave de volta.
Até hoje me pergunto... Como ele sabia que era aquela chave que
eu iria precisar? Não sei.
Essa imagem dele abanando o rabinho, com a carinha de
provocação ainda está viva em minha memória. Grande Hulk.
Um amigo depois de ter que reformar por duas vezes o banco de
sua moto, destroçados por seu Dalmata, resolveu contratar um adestrador para
melhorar seu comportamento. Realmente ele não teve mais problemas com o banco
da moto, seu amigo canino aprendeu... Ou quase... No final ele apenas tinha
mudado a dieta e devorou o capacete dele... Esses amigos.
O Bolinha, filho de Hulk, veio de uma ninhada que tinha ainda
o Frajola, o Aranha e o Sem Fim, não estranhem os nomes, o nosso gato
chamava-se Atum. Ele seguiu a linha do pai, brincalhão demais, sempre
arrastando algo para além do nosso alcance. Genética? Não sei.
O que mais marcou minha história em relação ao Bolinha, foi a
mania que tinha de encostar o nariz gelado em mim. Acho que tinha prazer em ver
minha reação. Tenho certeza que fazia isso propositalmente.
Ainda hoje depois de tantos anos, quando alguém de casa nos
beija e encosta o nariz gelado no rosto, imediatamente o outro diz "Pára o
Nariz de Bolinha".
Agora é à hora e vez do Bethoven, um poodle devorador de
chinelos de todos daqui de casa, menos o meu...
Mas isso é outra história.
Mas isso é outra história.
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